Six • The Museum Ball

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The Museum of Modern Art, New York, September 15th

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The Museum of Modern Art,
New York, September 15th

Em certas ocasiões, o lugar onde desejamos estar, não é exatamente aquilo que se define compatível a nós.

Contas bancárias recheadas em dinheiro e recursos abastados poderiam tornar alguém feliz. Todavia, embora apto para viver naquele glorioso mundo, tais características não o fariam ser aceito por aqueles que realmente formavam a alta sociedade.

Em uma sociedade onde o dinheiro era algo comum, o que prevalecia eram suas origens e aqueles que poderiam ser considerados a sua família. Deveria haver algo que o fizesse especial, no qual merecesse ser admirado. A necessidade de ser a estrela mais reluzente em um céu noturno do Upper East Side.

Harry não possuía uma real certeza de que aquele mundo algum dia pertenceria a ele, ou se faria parte verdadeira deste. E, embora sua casa estivesse distante das tendenciosas avenidas repletas com marcas e os salões de baile gloriosos, havia a pequena chama de esperança o guiando em meio a tormenta glamurosa.

Louis.

Jamais imaginara conhecer alguém que preenchesse cada um de seus requisitos para o padrão de um insensível homem de negócios, e que o mesmo acabasse por tornar-se a figura mais amável e segura existente em seu caótico universo pessoal.

O modo doce como lhe explicava como tudo aquilo funcionava, sem esquecer-se de compreender que Harry não estava completamente cômodo naquele meio, sem o cobrar além do que estava preparado para entregar àquelas pessoas.

Harry contara os minutos para vê-lo, as quarenta e oito horas distantes fisicamente, sendo agraciados com sutis mensagens trocadas ao longo dos dias. Nada lhe explicava a ansiedade de estar construindo familiaridade com sua nova rotina, não lhe parecia racional.

Horas maratonando episódios de Friends com Spencer, minutos longos resolvendo os mais variados problemas e complicações quanto a Francis e seus errôneos cometimentos, ou apenas o confortável momento no sofá da casa de seus pais, nada disso lhe safou de pensar em Louis inúmeras vezes.

Naquela manhã, um carro luxuoso parou em frente ao prédio onde morava. O motorista de Louis estava ali para buscá-lo.

Louis havia reservado para ele um horário no spa mais nobre em toda cidade, aquele cujo apenas o sobrenome lhe garantia uma vaga. Fora pego de surpresa, porém em poucas horas estaria no interior do luxuoso salão onde ocorreria o baile de apresentação a sociedade, no Museu de Arte Moderna, e deveria estar em sua melhor forma para o evento.

Mergulhado em silêncio, e na agradável companhia de George, minutos mais tarde Harry estava em frente a estrutura exuberante, o gosto refinado sendo exalado a cada novo detalhe percebido na fachada chamativa. Caminhou até o interior, ultrapassando as portas giratórias. Não carregava consigo nada além do celular em seu bolso.

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