Eight • Tobby

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Upper East Side, Manhattan, September 19th

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Upper East Side,
Manhattan, September 19th

Por detrás das exuberantes persianas, escondia-se o glorioso sol que, embora não fosse exclusivo ao Upper East Side, parecia brilhar imensamente mais para a elite nova-iorquina naquela terça-feira.

As longas persianas tocavam o teto, este coroado por um elegante e exclusivo lustre de cristal, feito na República Tcheca como um pedido inegável a Diana Tomlinson, que presenteara seu filho único, há quase um ano. Apenas sessenta mil dólares, é claro.

Louis sentia o corpo quente, é claro que seu cobertor por cima do lençol de seda onde escondia-se tratava de lhe manter aquecido a todo momento, sabendo ele que o frio artificial facilmente poderia ser impedido de torturar seus pés gélidos se desligasse o ar-condicionado.

Mas ele parecia confortável demais para abandonar sua posição, mesmo que lhe custasse apenas retirar a cabeça do macio travesseiro recheado a penas, onde descansava naquele momento, para esticar seu braço e alcançar o controle sob o móvel espelhado ao lado de sua cama.

Oito horas da manhã era cedo demais para qualquer um, mas não para as obrigações que preenchiam sua agenda. O almoço em comemoração ao novo cargo de Harry, como o diretor da Adopt a Best Friend, seria em poucas horas e era o responsável por cada detalhe. Seria tudo perfeito, Harry merecia.

Além do mais, ele precisava lidar com os detalhes para a viagem a Hamptons. Isso, é claro, após seu encontro com Harry, à noite.

Ah, Harry.

Como explicar as conexões fortes, porém estranhamente repentinas existentes ao longo da vida?

Louis tinha consciência de que Harry havia aceitado estar naquela mentira por conta de um acordo, para ajudar a sua ONG e ajudar a si mesmo financeiramente. No entanto, os últimos dias haviam refletido em sua mente alguns detalhes que soavam alheios às formalidades do contrato.

Como explicar seu coração soando como um louco no peito a cada olhar trocado? A cada sorriso dedicado e a cada vez que recebia a gratidão de Harry por apoiá-lo em algo que importava para sua vida, mesmo não sendo de modo algum de interesse recursal para Louis.

Ele gostava de vê-lo feliz, de fazer parte de sua felicidade e, ainda mais, de ser o causador dela.

Louis não havia mentido quando o contou que gostaria de um falso relacionamento para lhe afastar dos olhares e especulações alheias sobre sua solteirice, porém nada havia lhe caído melhor em meio aquele acordo, do que a boa companhia de alguém que realmente enxergava a vida de outro modo.

Quem sabe, não fosse tão terrível buscar por um interesse amoroso. Ainda mais quando este interesse fazia parte de seus pensamentos diários desde que cruzou seu caminho, naquela cômica noite no Per Se restaurant. Poderia ser tudo diferente, bastava ele compreender-se.

fake fiancéWhere stories live. Discover now