A vida não foi justa com Park Jimin.Vivendo com um alfa abusivo e tendo um filhote pequeno para criar,o ômega passa a maior parte das suas noites atrás de um balcão de uma boate afim de sustentar a si e sua cria. Porém sentimentos diversos surgem ao...
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JIMIN
Woojin estava largado tragando um cigarro deitado ao meu lado. Tentei esquecer os últimos momentos, mas pareciam cravados em minha memória.
Nesses momentos sempre levo minha mente ao que gosto de chamar de "Lugar Feliz". Nele penso em como minha vida seria diferente se esse crápula não estivesse aqui, certamente eu teria alívio e meu bebê teria uma vida boa, mas hoje, diferente das outras vezes pedi para que Jungkook ainda estivesse ali, que ouvisse os gritos e viesse em meu resgate. Supliquei ao universo para que me concedesse essa dádiva, mas ele me negou. Me deixando aqui nas mãos nojentas desse alfa.
Depois de tentar me recuperar fui até o banheiro mancando, — ouvi Woojin rir— precisava me limpar o mais rápido possível para ir ao encontro do meu filhote. Ter Soobin nos meus braços é o que eu preciso.
JUNGKOOK
Assim que Jimin entrou em casa dei partida no carro contrariando meus instintos que gritavam para trazê-lo de volta, para que marcá-lo com meu cheiro como um verdadeiro alfa faz, porém sei que não posso. Jimin tem uma vida, suspeito muito das ações de seu marido, inclusive Seokjin hyung me contou das suspeitas de agressões sofridas, mas eu não sou seu alfa e por isso não posso fazer nada. Suspirei irritado.
Minhas roupas estão com o cheiro enjoado da dançarina, mas o carro tá impregnado com o do ômega. Seus lábios pequenos, porém tão convidativos, estavam tão próximos de mim. Queria saboreá-los, sentir em minha língua o seu gosto. Talvez com um pouco mais eu consiga. Afinal eu sou Jeon Jungkook e nenhum ômega resiste a dominância dos meus feromônios.
Quando a noite caiu me senti ansioso para voltar a Heart Of Glass ver mais uma vez o ômega que circula meus pensamentos, porém meus planos tiveram de ser adiados por conta de um problema envolvendo meus negócios mais particulares.
—...Por isso que não podemos.
Um dos homens terminava de se explicar, pude sentir seu medo e receio de me encontrar para dar essa infeliz notícia. O que está acontecendo aqui é: recebemos uma mercadoria especial do Japão que está presa na divisa de Seoul porque infelizmente a polícia está a procura de uma denuncia anônima sobre nossa cocaína. Antes tínhamos alguns aliados dentro de departamentos policiais, pagamos um suborno e então passamos, mas não seria prudente acioná-los agora.
Me joguei na cadeira confortável do escritório pensando numa estratégia. Quero vender meus produtos para esses degenerados ricos e mimados que frequentam minhas casas noturnas. Pelo menos o carregamento de armas chegou bem na Rússia.
— Mande um idiota qualquer que nos deve e não nos conhece para entregar uma enconda, coloca dez quilos com esse idiota e da um jeitinho da polícia pegar ele enquanto passamos com nossas coisas. Parte disso vai para Tailândia, então vamos logo.
