Isso é Amor...

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Raios solares mornos e amarelados adentravam as portas da varanda do quarto do pequeno chalé juntamente a luz azul do céu, que refletia na água calma e reluzia no chão dali, sendo impedida de iluminar ainda mais o quarto, pois o tom azulado ainda era fraco depois de uma madrugada tempestuosa. Algo estava diferente naquela manhã.

Às 08hrs Yok ainda estava dormindo e Ayan observava aquele inicio claro de manhã. Lá fora o canto dos pássaros era baixo e melódico. O farfalhar das folhas de coqueiro faziam som junto às aves e o marulho calmo das ondas.

Yok dormia tranquilamente com os sons naturais e sem todas as vozes embaralhadas de seus amigos, parecia não haver mundo além do deles dois. Suas bochechas estavam coradas num tom de rosa claro, resultado de um curto, mas bom período de sono na madrugada. Seus cabelos estavam emaranhados e seu peito estava a mostra, pois, durante a madrugada, mesmo que estivesse chovendo, fizera um calor tremendo e ele retirou sua camisa.

O moreno que começara a acordar passou sua mão pelo lençol enquanto procurava a pessoa que havia deitado consigo, mas quando não o sentiu abriu seus olhos lutando contra a claridade fraca que ainda assim doía seus olhos, mas mesmo assim ele mirou o quarto na tentativa de vê-lo e de fato o viu, estava encostado nas grades da varanda encarando o mar.

— Por que essas janelas abertas tão cedo...? E por que você está de pé tão cedo? — perguntou sonolento com a mão à frente dos olhos e Ayan o mirou.

Seu olhar era leve e repleto por uma calmaria estranha, era brilhante e ao mesmo tempo era distante, porém alegre. Seus cabelos levemente penteados para trás e um meio sorriso no canto de seus lábios.

— Não acha que dormiu demais? — perguntou risonho e o moreno sentou-se enquanto se espreguiçava.

— Você disse que eu não tinha hora pra acordar... Eu mal dormi, Aye...

— Cansado de ontem? — perguntou e voltou a encarar o mar através da janela.

Yok ainda estava lento para raciocinar o que ele estava falando, então franziu o cenho tentando decifrar aquela pergunta, mas logo lembrou do que fizera na noite passada e um sorriso surgiu.

— Quem está cansado aqui? É só fazermos de novo e você vê quem está cansado... — retrucou brincalhão e Ayan o olhou depressa com um sorriso presunçoso nos lábios e um olhar puro.

— Certo!

Ayan jogou-se na cama, por cima de Yok e o arrancou risadas gostosas e altas. Seu sorriso era largo, de orelha a orelha e o do menor também era quase tão largo quanto o seu.

— Vá tomar banho! — conseguiu falar em meio a respiração descontrolada — Eu quero passar o dia todo com você, só com você...

Yok abraçou repentinamente a cintura de Ayan e o deixou por baixo de si num abraço quente e pesado. A risada do menor era abafada, pois sua boca estava contra a pele do pescoço de Yok, mas ele logo o abraçou, agora forte o suficiente para não deixá-lo sair.

— Fica assim comigo pra sempre... Eu vou te mostrar o que é amor... O que é amor de verdade e eu nunca vou machucar você...

— Fica assim comigo pra sempre... Eu quero aprender...

— Seu sorriso é minha luz, Yok... Você é o meu motivo...

— Você é a minha vida, Ayan... Eu não saberia como seguir sem você...

[...]

As risadas soavam alto na praia e as esguichadas de água salgada voavam em direções opostas. Yok e Ayan brincavam como duas crianças depois de um belo café da manhã. O sol agora queimava suas peles e as deixava vermelhas, mesmo com o protetor, mas isso pouco importava à aquela altura. As ondas eram fortes e agitadas e isso fazia a brincadeira fluir divertida, e, foi justamente numa dessas ondas, que Ayan agarrou Yok pela cintura e o puxou consigo para uma queda desajeitada.

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