Futuro - Eu também amo você

146 15 7
                                    

Existem alguns capítulos que por motivos distintos se tornam especiais, esse com certeza é um deles!
Aproveitem a leitura 🙂

_Severo eu sei que está aí, temos uma emergência - o diretor disse o chamando pela rede de flu, ele não queria atendê-lo não porque fosse Dumbledore, e sendo assim um velho enxerido, que certamente já havia sido avisado do dom especial que o seu menino de ouro apresentou essa tarde na frente de toda a escola, e estava agora provavelmente tentando decifrar onde aquilo se enquadra em todo aquele caos que era o assunto da câmera secreta. Ele não queria atendê-lo simplesmente porque não queria mais ver ninguém naquele dia, nenhuma emergência o moveria dali, nem mesmo se a escola estivesse pegando fogo, houvesse um ataque em massa de centauros ou até mesmo se Voldemort tivesse ressurgido das cinzas, por fim ele não se importava... Ele ainda podia sentir os braços da criança envoltos na sua cintura, o olhar de desespero, buscando nele alguma remissão, coisa que ele não podia oferecer ali, não ele, e principalmente não naquele estado, ele estava irado e se sentindo completamente ameaçado, ela havia chego tão perto da verdade dessa vez.

Em uma crise de fúria ele arremessou e colocou abaixo todos aquelese malditos livros que cobriam aquela estante, como ele poderia ter sido tão tolo ao deixar a carta ali, vulnerável e exposta daquela maneira, um erro, algo imperdoável ele diria, algo que ele jamais teria feito se não fossem as distrações que estava se permitindo ter ultimamente e ela... como ela pode ter quebrado sua confiança daquela maneira e de forma tão descarada? o que ela estava pensando? ela havia planejado aquilo não havia? Garota estúpida... ele se sentiu traído, invadido, por que ele se sentia assim? Mas aqueles sentimentos acenderam o pior que havia dentro dele, um lado escuro e cruel, algo reservado para poucos, e dessa vez não importava o quanto aqueles olhos verdes podiam afeta-lo, já que ele não parou... ele foi terrivelmente frio com ela, quem sabe o problema ali fosse ele e não ela, já que ela era apenas uma criança, ele achou que ela havia passado dos limites naquele ponto, mas talvez quem tivesse passado mesmo fosse ele, e aquilo também o incomodava, ele que não costumava questionar suas ações, mas por mais que fosse difícil admitir, ele sabia que a verdade ali era que ele não estava preparado para assumir tudo que viria se ela descobrisse aquele segredo, e ela o deixou muito acuado com aquela carta na mão, e aquilo tudo representava uma ameaça, algo que ele não poderia sustentar, seria seu fim, ele sabia disso também.

Aquilo tudo foi um erro, desde o instante que ele havia permitido que ela entrasse em sua vida daquele jeito, desde o momento que ele deixou se envolver, Alvo estava errado, nunca esteve tão errado, não havia amor, não poderia... não havia nada, ainda mais quando o lado escuro dele ainda estava ali e podia ser despertado assim... ele se virou irritado, ao ouvir o barulho das chamas crepitando em sua lareira, aquele velho não o deixaria em paz.

_Severo - o diretor passou pela rede de Flu, sem esperar uma resposta dele.

_Como ousa! - ele encarou Alvo, notando o quanto ele parecia confuso ao se deparar com toda aquela bagunça que havia se tornado a sua sala de estar - se eu quisesse atendê-lo não acha que teria respondido? - ele usou o seu tom de voz mais hostil - vá embora ou garanto que vai se arrepender, meu humor como pode ver não está dos melhores - ele ameaçou.

_O que significa tudo isso? - Alvo perguntou o ignorando - Severo - ele disse o seu nome num tom diferente, ao encará-lo com aqueles olhos azuis de forma profunda, algo estava mesmo errado - onde está a menina? - ele perguntou e Severo sentiu um frio na espinha, desconforto e preocupação que ele não queria demonstrar naquele momento, então ele sorriu com certa ironia, sem perder a oportunidade de se manter no figurino.

_Isso... Alvo - ele disse se aproximando do diretor - embora não seja da sua conta, mas isso... - ele fez uma pausa dramática - representa o caos que vem sendo a minha vida ultimamente, justamente por causa da menina - ele sentiu vontade de gritar a última parte para ele, mas ainda assim ele não fez, por que o diretor estava perguntando sobre ela? Algo lhe dizia que ele não ia gostar daquela emergência.

Destinos improváveisWhere stories live. Discover now