Capítulo 14

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Soonyoung ficou perplexo e, inicialmente, sem saber o que fazer, ele não podia se aproximar do ômega ou este descobriria que acabou lendo a sua conversa sem querer, mas também não podia deixar ele daquela maneira... parecia tão vulnerável, seu coração acabou de ser partido por aquele alfa estúpido, e ele entendia bem o que era ter um coração partido.

Envolveu um dos braços ao redor de Jihoon tentando ser o mais invisível possível para as duas mulheres a frente, e antes que o cheiro do ômega se intensificasse, envolveu-o com o dele deixando seus feromônios um pouco mais fortes que o normal, mesmo sabendo que suas mães iriam sentí-los.

Mas ele teria desculpas para estar assim, diferente de Jihoon, que se começasse a chorar ali mesmo não teria como se defender.

Assim que o cheiro e o braço de Soonyoung envolveu seu corpo, Jihoon novamente travou uma briga interna sobre interesse e ódio contra aquele rapaz; ele pensou em se afastar, ao mesmo tempo que apenas o queria mais perto nem que fosse apenas pelo seu cheiro.

Soonyoung estava apto a qualquer movimento que este o fizesse, seja afastá-lo para longe ou, simplesmente, encostar-se nele para que controlasse suas próprias emoções.

E nem ele mesmo sabia o porquê estava fazendo aquilo.

Jihoon apenas aceitou a oportunidade que teve para se encostar no alfa ao seu lado e tentar engolir todo o seu choro que estava a vir à tona. Sentia sua garganta virar um nó a cada segundo que passava e isso estava o sufocando; a única coisa que ele poderia fazer naquele momento era só enxugar as lágrimas amargas que estavam escorrendo pelo seu rosto e aceitar que estava terminado.

Aceitou a atitude de Soonyoung, mesmo um pouco receoso, por ser a única oportunidade de ter alguém que lhe desse colo quando mais precisava, afinal, o seu único ombro amigo onde poderia chorar, tinha acabado de terminar o que tinham antes. E Jihoon amava o que eles tinham.

Tinha uma luta dentro de si, já que Seungcheol terminou o rolo que eles tinham justamente por quem estava lhe acalmando naquele momento. Estava tão confuso e vulnerável que apenas aceitou tudo o que o lúpus do seu lado lhe oferecia.

A mãe dos dois, depois de perceber o cheiro mais intenso dos dois, ainda que o de Soonyoung estivesse mais forte, olharam para os dois em um abraço e arregalaram os olhos, achando a cena completamente inusitada e extremamente fofa, por um lado.

— Er... Soohyun, eu te trouxe uma coisa, mas esqueci no meu carro. Vamos, venha, estava tão ansiosa para te entregar. — Claramente a mãe de Jihoon estava criando uma desculpa para deixá-los a sós. Ela nem disfarçou, já que Jihoon tinha a absoluta certeza que não tinha nada no banco de trás do carro de sua mãe.

Soohyun concordou, deixando com que os dois lúpus ficassem sozinhos na cozinha e Jihoon finalmente pudesse desabar sem medo de ser julgado; Soonyoung ficou parado apenas o abraçando desajeitadamente, ele não sabia o que fazer, não tinha todo o cuidado que o ômega teve consigo quando foi a sua vez, na verdade... o que ocorreu entre eles foi uma das poucas vezes que fora acolhido após descobrir seus genes naturais.

Para outros alfas, um alfa recém descoberto era simplesmente insuportável, e ele sabia que era aquele um dos motivos pelo qual seu pai ao menos ficava ao seu lado depois de descobriu-se ser um lúpus, nem mesmo quando estava irritado ao ponto de se descontrolar e apenas um semelhante pudesse segurá-lo. Sua irmã, sendo alfa, também acabou sendo afetada principalmente no início, ainda conseguindo ficar próximo a si quando precisava...

Agora sua mãe já era uma ômega, e justamente por ser sua mãe e não sua companheira era um motivo de irritação, agora, ao lúpus.

O único conforto que ele possuía nessa fase era de Hyunk, o ômega que não evitou sua companhia logo na primeira vez que se conheceram... e por quem teve interesse romântico, infelizmente tudo separando ambos.

Daqui Até a LuaWhere stories live. Discover now