Pov Ballie Peak
Ligo ao meu irmão e ele aparece na escola de dança, em minutos. Tive medo que ele tivesse um acidente. Ele entra pela escola e abraço-o.
— Ainda bem que chegaste. Nem sabes oque eu li. — sussurro e ele olha para mim assustado, pego na folha e mostro-lhe, ele lê.
— Não pode ser. — ele diz sério e olho para ele, engulo em seco e assinto — Não pode. Como? — solto um soluço baixo e ponho a mão a tapar a boca — Ele devia estar no Brasil. O que é que ele está aqui a fazer? — ele olha novamente para a ficha — Vais aceitar?
— Eu não tenho escolha nenhuma no processo e a miúda é que quer dançar, não o pai dela. Ela não tem culpa. — ele sorri sem humor.
— És muito branda Ballie, eu vou a casa dele e vou falar. — olho para ele e pego na ficha, dou à Nicole.
— Não vais a lado nenhum. Vais ficar quieto. Ele não é nada nosso. — olho para os olhos do meu irmão.
— Não me vais impedir de fazer um dia com ele. — ele saí da escola e pego no meu saco, vou atrás dele.
— Nicholas! Não vais fazer nada que te arrependas. — ele sorri.
— Eu não vou fazer nada, Ballie. — assinto e suspiro — Mas estou muito revoltado. — rio-me levemente e ele suspira — Eu tenho de ir. — assinto e suspiro, ele vai para o seu carro. Caminho para a lanchonete e ergo a sobrancelha quando um carro pára ao meu lado, baixa o vidro.
— Queres uma boleia, boneca? — reviro os olhos.
— Que engraçado, Derek. — reviro os olhos e ele ri-se.
— Entra no carro, não sabes que perigoso andar sozinha? — reviro os olhos e entro, suspiro — Estás bem?
— Huhum. — murmuro e suspiro.
— Hm… Não acredito em ti. — reviro os olhos novamente — Tens sorte que não és outra, se não já te tinha castigado por revirares tanto os olhos. — olho para ele corando.
— Derek, hoje não. Por favor. — suspiro e ele ergue a sobrancelha.
— O que se passa Ballie? — ponho as mãos na cara e respiro fundo — Ballie… alguém te fez mal? — respiro fundo.
— Porque é que ele apareceu agora? — explodo, estava irritada, apetecia-me fazer o que o meu irmão queria fazer — Quando ele me vir o que vai fazer? Provavelmente nem me vai conhecer porque não me vê à 15 anos. 15 anos sem o ver. Provavelmente nem se lembra de mim. — rio-me sem humor e sinto o olhar do Derek sobre mim, respiro fundo. — O meu pai está nesta cidade. Nesta fucking cidade. Em tantos lugares do mundo, está aqui.
— Meu Deus… — ele diz baixo e começa a conduzir, suspiro — O que achas de irmos beber um café e me contares essa história? — assinto e engulo em seco. Olho para o vidro e ele estaciona momentos depois, saímos e entramos num café. Vamos para a mesa e pedimos dois chás ao garçom.
— Os meus pais abandonaram-me aos três anos e fiquei com o meu avô. — suspiro e ele olha para mim, assentindo — Desapareceram… mas a minha mãe sempre enviou dinheiro ao meu avô por mim e pelo meu irmão, mas o meu pai… bem… o meu pai não sei e agora ele está aqui. Tem duas filhas e uma delas quer ir para a escola onde eu trabalho e eu posso vê-lo! E eu recuso-me a ver aquele homem. — respiro fundo e o Derek suspira.
— Ballie. Tu não tens culpa do que aconteceu. Eles abandonaram-te mas tu tens o teu avô que eu aposto que se orgulha de ti. — olho para os olhos dele e começo a chorar, levanto-me.
— Desculpa, não posso… — soluço baixo e saio do café.
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Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)
RomanceDa mesma saga de "Thezza"... Derek Halles aparenta ter uma vida fácil, mas as aparências iludem. No seu interior, esconde um coração generoso que reluta em mostrar, mesmo perante os desafios que a vida lhe apresenta. Ele esforça-se para animar os am...