Pov Ballie Peak
Sento-me na mesa das meninas e elas olham para mim com um ar curioso, eu conhecia-as bem para saber o que elas tinha falado na minha ausência. A Izza aproxima-se também de nós e sorri para mim, reviro os olhos.
- Não aconteceu nada meninas. - elas suspiram e a Sabi encosta-se ao banco, a Val cruza os braços e olho para a Izza.
- Porque não fazes logo as pazes com o Derek? - olho da Izza para a Sabi e encolho os ombros - Eu chamo isso de orgulho, Ballie. - suspiro levemente.
- Não acho que ele mereça a minha confiança ainda. - a Sabi ri-se com o que digo e tento encontrar o que foi engraçado.
- Ballie. Tu foste ao Canadá por ele, ele veio por ti. Pára de ser orgulhosa antes que seja tarde de mais. Vocês amam-se, não andem aos círculos em vão. Aproveitem o tempo para estarem juntos. - olho para ela e engulo levemente em seco com o seu tom sério de voz. Olho para a mesa dos rapazes, eles levantam-se e saem do restaurante, observo o Derek que não olha para trás e ri-se de algo que o Theo diz e depois olho para a Izza.
- Eles vão para o campo agora, depois fala com ele amiga. - assinto levemente com a cabeça e a Izza afasta-se, indo atender outra mesa.
- O que acham de irmos já para o campo? Arranjar um lugar para nos sentarmos. - assinto com a pergunta da Val e elas vão pagar o que consumiram, saio do restaurante e após breves minutos elas vêm ter comigo. Caminhamos para o campo.
- O que é que eu digo ao Derek? - olho para elas, com receio.
- Que o amas e que vão recomeçar o zero. - a Val diz o palpite e a Sabi concorda com a cabeça.
(...)
As sombras começavam a alongar-se pelo campo enquanto o sol mergulhava lentamente no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa. Era um cenário digno de um grande jogo de futebol americano, e a atmosfera estava eletrizante à medida que as equipas preparavam-se para entrar em campo. Os adeptos enchiam as bancadas, vestidos com as cores vibrantes das suas equipas e agitando as bandeiras e os cartazes de apoio. O hino da universidade ecoava pelo estádio, unindo os espectadores num momento de orgulho e patriotismo antes do início do jogo. Finalmente, o árbitro soprou o apito e deu início ao jogo. Os jogadores correram para o campo com uma explosão de energia, todos sabíamos que estavam ansiosos para mostrar as suas habilidades e determinados a levar as suas equipas à vitória. No primeiro quarto, as duas equipas lutavam ferozmente pela posse da bola. Os tackles eram feitos com uma força impressionante, e as corridas eram marcadas por esquivas ágeis e velocidade incrível. Os adeptos aplaudiam e gritavam, encorajando os seus jogadores a darem o seu melhor.
- Vai porra! - grita um grupo de homens atrás de mim e nem me atrevo a olhar para trás. - O Derek voltou, agora é que estão feitos caralho! Vai Derek! - mais um grupo diz e todos começam a gritar para a nossa equipa atacar, observo o jogo com atenção.
Sinto um nó a formar-se no meu estômago. Não por causa da tensão do jogo, mas por causa das raparigas que estavam a elogiar constantemente o Derek. Ao meu lado, um grupo de raparigas, animadas e entusiasmadas, comentava sobre o desempenho do Derek com suspiros de admiração. Cada vez que ele fazia uma jogada impressionante, elas aplaudiam e trocavam olhares excitados. Por mais que tentasse ignorar, era difícil não sentir uma pontada de ciúmes a cada elogio que elas dirigiam a ele. Mordo o lábio inferior, lutando para controlar as minhas emoções. Sabia que não devia deixar que o ciúme me consumisse, mas era difícil não me sentir incomodada ao ver outras raparigas a mostrarem tanto interesse no Derek.
- Eu quero o número do quarterback da Lions! - olho para um grupo de raparigas à nossa frente e reviro os olhos com o que dizem.
Tento distrair-me, focando-me no jogo e aplaudindo quando a equipa do Derek fazia uma jogada bem-sucedida. No entanto, mesmo quando o meu irmão marcou um touchdown espetacular, não consegui evitar o olhar de soslaio que lancei ao grupo de raparigas, que ainda estava a elogiar o Derek com entusiasmo. Por mais que tentasse, não conseguia ignorar o desconforto que sentia ao ver outras raparigas a mostrarem interesse no Derek. Era uma sensação frustrante e perturbadora, uma batalha interna entre o desejo de confiar nele e o medo de perdê-lo para mais alguém. No segundo quarto, uma jogada incrível mudou o rumo do jogo. O Derek lançou um passe perfeito para o Shane, que correu pelo campo com uma determinação feroz, evitando os defesas e chegando à zona de pontuação com um mergulho dramático. Os adeptos irromperam em aplausos e gritos de alegria, celebrando o primeiro touchdown do Shane, nesta época. A Val grita mais do que todos juntos e rio-me com a animação da minha amiga. À medida que o jogo avançava, a tensão ia crescendo. Cada jogada era recebida com suspense e emoção, e o resultado do jogo parecia estar sempre pendurado numa linha ténue. As equipas competiam com uma intensidade implacável, determinadas a sair vitoriosas. O jogo estava a decorrer num ritmo frenético, e os Lions, estavam numa posição crucial perto da zona de pontuação adversária. O relógio marcava os últimos minutos do jogo, e cada jogada era ainda mais crucial do que a anterior. O coração batia forte no meu peito enquanto observava a ação no campo. O jogo estava num ponto crítico, e a tensão era palpável no ar. Eu estava concentrada, os olhos fixos no Derek enquanto ele liderava a equipa numa jogada crucial. Quando o Derek recebeu o snap e começou a correr, o meu coração deu um salto. Ele estava a ir em direção à zona de pontuação, os adversários estavam a tentar detê-lo a todo custo. Seguro a minha respiração, os nervos à flor da pele enquanto o via correr com determinação. O estádio estava ensurdecedor, os gritos dos adeptos misturados com o som dos capacetes a bater. Mas no meio de toda aquela confusão, havia apenas uma coisa que importava para mim: O Derek. E então, aconteceu. Ele mergulhou em direção à linha de golo, estendendo os braços com a bola firmemente segura. O tempo parecia abrandar enquanto eu assistia à cena, o meu coração batia tão forte que podia ouvir o som nos meus ouvidos. E então, o apito soou. Era um touchdown. Ele havia conseguido. Um rugido ensurdecedor ecoou pelo estádio enquanto os adeptos celebravam a jogada incrível. Eu não pude deixar de sorrir, uma mistura de orgulho e admiração a encher o meu peito. Ver o Derek marcar aquele touchdown foi mais do que apenas uma jogada no jogo. Foi um momento de triunfo, de realização, não apenas para ele, mas também para mim.
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Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)
RomanceDa mesma saga de "Thezza"... Derek Halles aparenta ter uma vida fácil, mas as aparências iludem. No seu interior, esconde um coração generoso que reluta em mostrar, mesmo perante os desafios que a vida lhe apresenta. Ele esforça-se para animar os am...