Capítulo 86

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Pov Ballie Peak

Sento-me na mesa das meninas e elas olham para mim com um ar curioso, eu conhecia-as bem para saber o que elas tinha falado na minha ausência. A Izza aproxima-se também de nós e sorri para mim, reviro os olhos.

- Não aconteceu nada meninas. - elas suspiram e a Sabi encosta-se ao banco, a Val cruza os braços e olho para a Izza.

- Porque não fazes logo as pazes com o Derek? - olho da Izza para a Sabi e encolho os ombros - Eu chamo isso de orgulho, Ballie. - suspiro levemente.

- Não acho que ele mereça a minha confiança ainda. - a Sabi ri-se com o que digo e tento encontrar o que foi engraçado.

- Ballie. Tu foste ao Canadá por ele, ele veio por ti. Pára de ser orgulhosa antes que seja tarde de mais. Vocês amam-se, não andem aos círculos em vão. Aproveitem o tempo para estarem juntos. - olho para ela e engulo levemente em seco com o seu tom sério de voz. Olho para a mesa dos rapazes, eles levantam-se e saem do restaurante, observo o Derek que não olha para trás e ri-se de algo que o Theo diz e depois olho para a Izza.

- Eles vão para o campo agora, depois fala com ele amiga. - assinto levemente com a cabeça e a Izza afasta-se, indo atender outra mesa.

- O que acham de irmos já para o campo? Arranjar um lugar para nos sentarmos. - assinto com a pergunta da Val e elas vão pagar o que consumiram, saio do restaurante e após breves minutos elas vêm ter comigo. Caminhamos para o campo.

- O que é que eu digo ao Derek? - olho para elas, com receio. 

- Que o amas e que vão recomeçar o zero. - a Val diz o palpite e a Sabi concorda com a cabeça. 

(...)

As sombras começavam a alongar-se pelo campo enquanto o sol mergulhava lentamente no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa. Era um cenário digno de um grande jogo de futebol americano, e a atmosfera estava eletrizante à medida que as equipas preparavam-se para entrar em campo. Os adeptos enchiam as bancadas, vestidos com as cores vibrantes das suas equipas e agitando as bandeiras e os cartazes de apoio. O hino da universidade ecoava pelo estádio, unindo os espectadores num momento de orgulho e patriotismo antes do início do jogo. Finalmente, o árbitro soprou o apito e deu início ao jogo. Os jogadores correram para o campo com uma explosão de energia, todos sabíamos que estavam ansiosos para mostrar as suas habilidades e determinados a levar as suas equipas à vitória. No primeiro quarto, as duas equipas lutavam ferozmente pela posse da bola. Os tackles eram feitos com uma força impressionante, e as corridas eram marcadas por esquivas ágeis e velocidade incrível. Os adeptos aplaudiam e gritavam, encorajando os seus jogadores a darem o seu melhor.

- Vai porra! - grita um grupo de homens atrás de mim e nem me atrevo a olhar para trás. - O Derek voltou, agora é que estão feitos caralho! Vai Derek! - mais um grupo diz e todos começam a gritar para a nossa equipa atacar, observo o jogo com atenção.

Sinto um nó a formar-se no meu estômago. Não por causa da tensão do jogo, mas por causa das raparigas que estavam a elogiar constantemente o Derek. Ao meu lado, um grupo de raparigas, animadas e entusiasmadas, comentava sobre o desempenho do Derek com suspiros de admiração. Cada vez que ele fazia uma jogada impressionante, elas aplaudiam e trocavam olhares excitados. Por mais que tentasse ignorar, era difícil não sentir uma pontada de ciúmes a cada elogio que elas dirigiam a ele. Mordo o lábio inferior, lutando para controlar as minhas emoções. Sabia que não devia deixar que o ciúme me consumisse, mas era difícil não me sentir incomodada ao ver outras raparigas a mostrarem tanto interesse no Derek.

- Eu quero o número do quarterback da Lions! - olho para um grupo de raparigas à nossa frente e reviro os olhos com o que dizem. 

Tento distrair-me, focando-me no jogo e aplaudindo quando a equipa do Derek fazia uma jogada bem-sucedida. No entanto, mesmo quando o meu irmão marcou um touchdown espetacular, não consegui evitar o olhar de soslaio que lancei ao grupo de raparigas, que ainda estava a elogiar o Derek com entusiasmo. Por mais que tentasse, não conseguia ignorar o desconforto que sentia ao ver outras raparigas a mostrarem interesse no Derek. Era uma sensação frustrante e perturbadora, uma batalha interna entre o desejo de confiar nele e o medo de perdê-lo para mais alguém. No segundo quarto, uma jogada incrível mudou o rumo do jogo. O Derek lançou um passe perfeito para o Shane, que correu pelo campo com uma determinação feroz, evitando os defesas e chegando à zona de pontuação com um mergulho dramático. Os adeptos irromperam em aplausos e gritos de alegria, celebrando o primeiro touchdown do Shane, nesta época. A Val grita mais do que todos juntos e rio-me com a animação da minha amiga. À medida que o jogo avançava, a tensão ia crescendo. Cada jogada era recebida com suspense e emoção, e o resultado do jogo parecia estar sempre pendurado numa linha ténue. As equipas competiam com uma intensidade implacável, determinadas a sair vitoriosas. O jogo estava a decorrer num ritmo frenético, e os Lions, estavam numa posição crucial perto da zona de pontuação adversária. O relógio marcava os últimos minutos do jogo, e cada jogada era ainda mais crucial do que a anterior. O coração batia forte no meu peito enquanto observava a ação no campo. O jogo estava num ponto crítico, e a tensão era palpável no ar. Eu estava concentrada, os olhos fixos no Derek enquanto ele liderava a equipa numa jogada crucial. Quando o Derek recebeu o snap e começou a correr, o meu coração deu um salto. Ele estava a ir em direção à zona de pontuação, os adversários estavam a tentar detê-lo a todo custo. Seguro a minha respiração, os nervos à flor da pele enquanto o via correr com determinação. O estádio estava ensurdecedor, os gritos dos adeptos misturados com o som dos capacetes a bater. Mas no meio de toda aquela confusão, havia apenas uma coisa que importava para mim: O Derek. E então, aconteceu. Ele mergulhou em direção à linha de golo, estendendo os braços com a bola firmemente segura. O tempo parecia abrandar enquanto eu assistia à cena, o meu coração batia tão forte que podia ouvir o som nos meus ouvidos. E então, o apito soou. Era um touchdown. Ele havia conseguido. Um rugido ensurdecedor ecoou pelo estádio enquanto os adeptos celebravam a jogada incrível. Eu não pude deixar de sorrir, uma mistura de orgulho e admiração a encher o meu peito. Ver o Derek marcar aquele touchdown foi mais do que apenas uma jogada no jogo. Foi um momento de triunfo, de realização, não apenas para ele, mas também para mim.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Where stories live. Discover now