Harriet Potter e o Enigma da Sonserina ( Harry x Draco)

5.Jantar

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— Ainda não acredito que Viktor Krum, está aqui — Rony sussurra ao meu lado, segurando uma taça de suco de abobora, sua mão treme quase derramando em meu ombro.

— Eu também não, somos tão sortudos. — Meus lábios se repuxam em um sorriso que não consigo conter — Esse vai ser o melhor ano de todos!

Os alunos das outras casas também sussurram alto, alguns animados outros em um resmungo irritado. Draco está estupidamente sentado próximo ao Viktor, segurando os talheres de prata como se fosse só mais um dia normal de fuinha.

— Eles deveriam ter se sentado com a gente — resmungo fazendo Hermione revirar os olhos do outro lado da mesa.

Seus olhos de corsa espiam o irmão mais velho de Rony com um beicinho nervoso, a maioria dos meninos ainda flutua os olhares sonhadores para as garotas francesas. Fred parece alheio cutucando o outro gêmeo e soltando gargalhadas.

— Vamos à biblioteca, meia-noite, Harriet? — Hermione questiona tão baixo que preciso adivinhar, mas aquela sobrancelha conspiradora se ergue.

Oh, vamos quebrar algumas regras essa noite.

Pego uma tortinha de morango distraidamente, balanço a cabeça confirmando. Cutuco o braço do ruivo ao meu lado, sua atenção dividida entre nossa mesa e a das cobras.

Apoio minha mão em seu ombro, meus lábios roçam suavemente a orelha dele em um sopro.

— Esteja no salão comunal à meia-noite. — sussurro, meus olhos encontram os do Malfoy, ergo o dedo do meio para ele.

Claro que o garoto sangue puro, não sabe o que um gesto trouxa significa. Ele franze as sobrancelhas, fazendo uma careta metida, seu nariz perfeito empinado. Quase quero quero que ele saiba o que tem por trás de todos os gestos que faço, mas é engraçado de qualquer jeito.

Me ajeito no banco, deixando os olhos estupidamente prateados para trás.

— Sim... sim, eu vou.. eu. — Rony gagueja seu rosto ficando tão vermelho quanto o cabelo, que estranho.

Antes que eu possa pensar muito, o céu estrelado calmo se transforma na tempestade que bate contra as janelas e arranca as folhas das árvores lá fora. Rony aponta para o recém chegado.

— Olha, é o olho tonto Moody! — Seus olhos brilham em um emoção estranha.

— Alastor Moody? — Hermione se inclina na mesa para ver melhor, claro que ela sabe quem é...

Odeio viver com trouxas, não posso usar magia, não posso nem ao menos ler meus livros ou soltar minha coruja sem voltar para o armário. E está pequeno demais agora, preciso me encolher para caber, é escuro... os sussurros na minha mente ficam mais altos, tenho que convencer meu padrinho a me levar com ele nas férias.

— O captor de bruxos das trevas, dizem que está quase totalmente biruta, hoje em dia. — Rony conta enquanto meus olhos seguem o homem manco.

—Meu bom e velho amigo, obrigado por vir. — O diretor aperta o homem manco em um abraço gentil.

— Esse teto idiota! — Alastor reclama alto, virando um cantil em seguida.

— O que você acha que ele está bebendo? — Hermione questiona franzindo o nariz.

— Com certeza não é suco de abóbora.

Aproveito o discurso do diretor para esconder alguns biscoitos nos bolsos do manto, vamos precisar de açúcar para não adormecer

— Deve ser suco de limão, olha a cara dele. — Rony me empurra de leve com um sorriso brilhante.

Mordo o lábio rindo baixinho, pego um punhado de jujubas e escondo no bolso do ruivo que não hesita em seguir meu plano.

— O cálice de fogo! — Dumbledore anuncia estalando os dedos, fazendo um fogo azul sair do cálice gigante — Quem quiser se candidatar ao torneio só precisa escrever o seu nome no pedaço de pergaminho e depositá-lo na chama antes dessa hora na noite de quinta-feira. — A voz do diretor é alta e clara, seu sorriso calmo, depois da limitação de idade a maioria perdeu o interesse — Não se escreva levianamente, uma vez escolhido, não poderá desistir.

— Pegue aquelas balas de chocolate também. — Aponto para Hermione que pisca irritada para nós dois.

— A partir de agora o Torneio tri bruxo está começando!

Bato palmas com todos ignorando a ansiedade pela noite onde não podemos adormecer, não sem pegar alguns livros na ala restrita da biblioteca.

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Deixo meus sapatos de lado colocando outra meia, minha capa da invisibilidade sobre o pijama de coraçãozinho que Hermione emprestou, está um pouco apertado no peito e nas coxas. Logo não poderei mais pegar as roupas dela... suspiro em desânimo.

Com um sorriso conspirador que não promete nada de bom, descemos para o salão comunal igual duas cabeças flutuantes.

— Essa ideia é estúpida. — Ela reclama descendo os degraus como seu gato, nada além de um rangido suave na madeira.

— A ideia foi sua. — Digo sem reviravoltas, ela bufa como um leão cansado, seu cabelo rebelde em todas as direções.

Rony está andando de um lado a outro na frente da lareira, sua sombra trêmula. Ergo o braço acenando para ele ganhando um sorriso largo com todos os dentes à mostra, sempre pronto para quebrar as regras.

— Rony, venha. — Levanto a capa deixando o rosto emburrado de Hermione a mostra, ela sussurra muito baixo "não deveríamos levar ele, idiota" de forma amorosa. Ignoro.

— Hermione? — Rony pisca seus grandes olhos, parece chateado — Não sabia que você ia...

— Sem tempo, vamos logo. — Jogo meu braço por cima do ombro dele o forçando a se abaixar para ficar na nossa altura — Prontos para roubar uns livros proibidos? — Ergo uma sobrancelha maliciosa.

— Sempre. — Rony sussurra seu rosto próximo ao meu, nossas bochechas se tocando, viro o rosto para Hermione que está com a cabeça apoiada no meu ombro.

— Vamos só pegar emprestado, Harriet. — Brinca, mas posso ver o castanho em seus olhos ganhar um tom mais vivo, ela só vai devolver os livros quando tiver lido eles mil vezes.

Tudo bem, puxo o mapa do maroto, meus dois melhores amigos seguram as pontas. Aponto a varinha, meu coração acelera para o medo e a coragem imprudente, mas vagar pelos corredores do castelo a noite sempre foi meu hobby favorito.

— Eu juro solenemente não fazer nada de bom.

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Estou pensando em capítulos futuros, trazer o ponto de vista de outros personagens além de Harriet :) Gostariam?

Até o próximo capítulo, amores.