6. Juro solenemente não fazer nada de bom.

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Olho os passos no mapa do maroto, procuro onde está cada monitor, desviamos de um corredor a outro. Rony descansa o braço meu ombro enquanto Hermione segura minha mão, está suada. Um passo por vez descemos a terceira escadaria para a fonte das sereias de mármore, quase erro um degrau, mas eles me apoiam, nossa capa escorrega revelando um pouco dos tornozelos.

— Snape, está vindo pra cá. — Murmuro apertando o mapa entre os dedos, tento não tropeçar correndo, Hermione aperta minha mão arrastando para trás da fonte.

A tempestade ainda ruge do lado de fora, relâmpagos iluminam o grande salão de descanso estendendo as sombras em monstros. Ignoro os arrepios, não só de medo, mas de frio também.

— Talvez devêssemos voltar amanhã. — Hermione hesita, seus olhos em direção às portas da biblioteca.

Seguro o mapa contando os passos, diria que temos menos de dois minutos, não é o suficiente para correr por outro lado e lançar um alohomora na porta. Snape e seu nariz gigante com certeza vão ouvir e desconfiar.

Meu coração pesa no peito, giro o anel em meu dedo, preciso de respostas e não amanhã... hoje. Em um ato de puro impulso saio debaixo da capa, ouço os passos precisos e calculista, reconheço a sombra do morcego da masmorra se estendendo pelo corredor em nossa direção.

— Se escondam, vou distraí-lo. — Digo baixo o suficiente, Rony pisca nervoso, Hermione se agarra no braço dele com lábios franzidos.

— Cuidado, Harriet. — Ela pede puxando a capa, eles desaparecem como fantasmas, não ouço mais que minha respiração agitada.

— Eu sempre tenho cuidado. — Sussurro de volta para o nada.

As meias são macias contra o mármore frio do chão, escorrego um pouco fazendo um assobio alto, subo os degraus para outro corredor no andar de cima, longe da biblioteca. Faço questão de respirar alto, agarro os corrimãos e corro.

— Ei, estudante! — Um rosnado baixo e frio ecoa pelo corredor caindo a temperatura mais ainda.

Corro contra o meu bom senso, contra a voz na minha cabeça me mandando parar. Sinto o vento jogando meus cabelos para trás, meus batimentos em meus ouvidos. Fodasse Snape, não vou ser pega!

Não preciso de capa da invisibilidade, subo os degraus empurrando uma porta, reconheço a sala de historia bruxa, passo pelas mesas agitando a varinha fazendo as mesas se jogarem contra a porta. Aquela vozinha na minha cabeça sibila elogios.

— Alohomora! — Minha voz sai pesada, respiro fundo recuperando o fôlego.

Giro a maçaneta saindo no corredor oposto perto das escadarias que se movem, não penso muito em ir em direção a estátua da bruxa caolha. Antes que eu possa me esconder e fugir para a passagem secreta reconheço a cabeleira loira de Malfoy.

— Potter! — Grita os olhos se arregalando quando não consigo parar a tempo.

— Doninha, estúpida. — Ranjo os dentes, minha voz baixa.

Apoio as mãos no peitoral dele erguendo a cabeça para a arrogância de sempre, ódio ferve na prata em seus olhos. Algo revira meu estômago, arrepia os pelos da minha nuca. Draco não deveria andar pelos corredores depois do toque de recolher.

Estreito os olhos, ele com certeza está tramando algo. Cravo as unhas no manto de Draco puxando para perto, tento não respirar porque ele cheira a minha sobremesa favorita, torta de melaço.

— O que está fazendo aqui? — Sussurro tentando soar ameaçadora, porém sai como um gemido angustiado.

Draco segura meus pulsos, espero que me empurre, no entanto ele me mantém no lugar, engolindo em seco.

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⏰ Last updated: Mar 18 ⏰

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Harriet Potter e o Enigma da Sonserina ( Harry x Draco)Where stories live. Discover now