Prólogo

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A VERDADE É MERA QUESTÃO DE PERSPECTIVA.

As pessoas achavam que eu era um louco, e com o tempo, fui acreditando nelas.

Não é sempre que se aceita o que merece ser aceito, normalmente as pessoas preferem mentiras, porque gostamos de ouvir o que queremos ouvir, e nesse quesito, me incluo, também sou um ser humano. Mas diariamente, preparo meu psicológico para receber a verdade sendo ela a pior que for. Isso é bom. A verdade machuca apenas uma vez, como uma única facada. A mentira dói diariamente, como um martelo que golpeia um prego que permanece imóvel.

Não é fácil estar aqui, a minha vitalidade se esvai a cada dia, mas principalmente a minha capacidade de pensar, eu não queria deixar furos, mas, infelizmente tenho que dizer que o maior furo está onde se localiza meu coração.

Quero que aprendam a amar, não só as coisas bonitas, mas as consideradas feias também, pois ser otimista melhora o seu viver, ver a beleza em cada detalhe te faz ser mais feliz, então por favor, não julguem meus derrotados.

O mundo para os pecadores. Eu pequei, muito, mas estou aqui para provar que as piores pessoas são capazes de fazer coisas boas, ninguém é só ruim, como ninguém é bom o tempo inteiro.

Cartas dos derrotados... queria que esse livro se tornasse um sinônimo de esperança aos leitores, queria poder responder tudo que me foi questionado, porém, não é sempre que temos todas as respostas, às vezes, errar faz parte ou até mesmo se calar. Porque calar não é sinônimo de consentir, aprendi isso quando ela se foi, eu não conseguia falar, muito menos gritar, me perguntavam se estava bem, e eu permanecia calado. Eu não estava bem, estava péssimo. E foi aí, que aprendi que nem todo silêncio significa consentimento, aprendi que o silêncio é o pedido de socorro de quem sofre. Eu estava sofrendo, e me sentia culpado, e a culpa machuca, não é uma dor mortal, o que é a pior característica da dor da culpa, ela não mata, ela tortura, ela enlouquece, talvez, seja por esse motivo que as pessoas me consideram louco.

É nesse finalzinho de vida que tenho orgulho em ser considerado louco, lembra que disse que devemos enxergar a beleza nas pequenas coisas, olha onde um louco chegou, um escritor famoso, rico, bem-sucedido, com seus problemas, claro, e o melhor, nunca ninguém no mundo leu as lindas histórias que agora lhes mostro. Infelizmente, não caberá todo o conteudo aqui no livro, e por isso escolhi as histórias em que mais me apeguei, não que não houveram outras, mas meu câncer não ajudou muito na hora de me lembrar de todos os meus derrotados, ele está me destruindo.

A rotina, cansa, com a vida, se esgota, algumas pessoas enxergam beleza nos dias cinzas, mas logo cansam da mesmice, e puff! [...] A gente morre. Ou quando achamos que não chegou nossa hora, a vida nos mostra que não é bem assim, não é sempre que temos o que queremos. A vida é assim, normalmente nos dá o que não queremos, para mostrar que aquilo que queremos não nos faz falta.

Eu espero que um dia o mundo entenda o valor do sacrifício, e valorize isso, pois, diariamente pessoas se sacrificam por milhares de motivos diferente, muitas vezes se sacrificam por outras até, mas principalmente por expectativas quebradas.

Talvez esse amontoado de palavras não o tenha feito nenhum sentido. Talvez, o objetivo desse prefácio não seja explicar e sim agregar. Uma frase muito importante que ele lhe traz é: Nem sempre o início de tudo é por onde se começa a ler. Então, quebre esse paradigma chamado início e inove. O mundo precisa mudar, quem sabe você não faz parte dessa mudança.

I'm Sad. Sorry.

Sr. Fallen

Cartas dos DerrotadosWhere stories live. Discover now