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“𝐀𝐜𝐫𝐞𝐝𝐢𝐭𝐞 𝐞𝐦 𝐦𝐢𝐦.”
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A chuva havia cessado um pouco, não se ouvia os trovões e não se via os grandes raios que traçavam linhas distorcidas no céu escuro, que continham poucas estrelas.
As luzes da cidade passavam rapidamente pelo carro enquanto ele dirigia em direção à delegacia. O silêncio predominava no interior do veículo, apenas quebrado pelo som suave do motor e dos pneus no asfalto.
Eu estava sentada ao lado dele, olhando pela janela, ainda me sentindo atordoada por tudo o que havia acontecido nas últimas horas. Era como se estivesse em um sonho, ou melhor, em um pesadelo do qual finalmente estava acordando.
O homem parecia concentrado na estrada, sua mandíbula tensa e os olhos fixos à frente. Eu sabia que ele estava fazendo o possível para me levar em segurança até a delegacia, um lugar onde finalmente poderia buscar ajuda.
A delegacia estava se aproximando, as luzes da cidade se transformando nas luzes brilhantes do prédio policial. Eu sentia uma mistura de ansiedade e alívio. Estava prestes a contar minha história, a revelar tudo o que vivi e testemunhei.
Ele estacionou o carro perto da entrada da delegacia, desligou o motor e olhou para mim com um olhar tranquilizador.
— Melanie, estamos aqui. Vamos entrar juntos e falar com as autoridades. Você está segura agora.
Assenti com a cabeça, engolindo em seco.
Saímos do carro e caminhamos lado a lado em direção à entrada da delegacia.
E, com o homem ao meu lado, eu me sentia mais forte do que nunca.
Ao entrarmos na delegacia, fomos recebidos por um ambiente que parecia saído de um filme policial. A iluminação era fraca, as paredes de concreto e as celas fortemente trancadas. O som de conversas abafadas e teclados de computadores enchia o ar.
Ele me conduziu até a recepção, onde um policial de meia-idade nos observava com uma expressão inquisitiva.
— O que posso fazer por vocês?— ele perguntou.
O homem, com a voz firme, explicou a situação. Contou sobre o meu desaparecimento e as circunstâncias.
O policial assentiu e nos encaminhou a um detetive encarregado de lidar com casos de desaparecimento.
Esse detetive, um homem de meia-idade com um olhar perspicaz, nos conduziu a uma sala de interrogatório. Era um lugar pequena sala, com uma mesa de metal e uma única câmera no teto.