ೃ༄ 𝗣𝗿𝗼́𝗹𝗼𝗴𝗼 ೃ༄

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Artemis chorava, esperneava e gritava em agonia enquanto sentia sua carne ser dilacerada, enquanto sentia a cerra partindo o osso, rasgando as membranas de suas asas

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Artemis chorava, esperneava e gritava em agonia enquanto sentia sua carne ser dilacerada, enquanto sentia a cerra partindo o osso, rasgando as membranas de suas asas.

— Ela não! Parem! Por favor! — sua mãe gritava desesperadamente, sangrando no chão, fraca demais para conseguir se mover.

As duas haviam sido emboscadas em uma das montanhas nevadas de Illyria pela família do Grão-Senhor da Corte Primaveril. Aqueles machos riam, se divertiam ao ouvi-las gritar de dor, se deliciavam com as lágrimas que deslisavam pela fêmea e por de sua filha, aquela garotinha de cinco anos.

Artemis tentou, ela realmente tentou usar seus dons daemati para chamar seu irmão mais velho. Mas ela ainda era muito nova, não havia aprendido como se comunicar somente com o poder da mente. Ela e sua mãe estavam sozinhas.

Artemis tinha medo de morrer.

— Seu amiguinho não vai gostar nada disso, Tamlin — o macho que estava por cima do corpo da garotinha zombou quando finalmente conseguiu arrancar as asas ainda tão pequenas. Ele as jogou na direção do loiro.

— Vamos colocar na parede da mansão, o que acha disso, Senhora da Corte Noturna? — perguntou o Grão-Senhor, rodeando a mãe de Artemis, quase desacordada no chão.

Artemis viu a adaga brilhando na mão do macho. Ela viu quando sua mãe foi puxada pelos cabelos para expor o pescoço.

— Não! — A garotinha gritou, e seu poder explodiu, névoa escura mandando os filhos e o próprio Grão-Senhor para trás, sendo jogados a alguns poucos metros de distância e caindo no chão.

Artemis tremia, os olhos violetas inundados de lágrimas conforme ela se arrastava pela neve ensanguentada para chegar a mãe.

— Vamos sair daqui. Agora — a fêmea falou, soltando um arquejo de dor ao se esforçar para ficar de pé, seu vestido lindo e azul completamente ensopado de sangue. Ela segurou o braço da filha, puxando-a para se levantar, e as duas começaram a se apressar para fugir dos machos que já se levantavam.

— Mamãe, eles estão vindo — Artemis chorou, ouvindo-os se levantar, ouvindo-os dizer que as matariam... e que fariam outras coisas ruins que Artemis não sabia o significado.

— Ao menos, poupem a criança! — Tamlin, tão amigo de seu irmão mais velho, pediu.

— Vão nos alcançar — a mãe de Artemis chorava com desespero, seu corpo tremendo de exaustão e dor, o sangue continuava pingando dos tocos que sobraram em suas costas. Ela parou de andar, e a garotinha quase se desequilibrou.

— Mamãe, não podemos parar! — Artemis tentou puxar a mãe consigo, mas a mais velha não se moveu.

— Vá. Se esconda e recupere as suas forças para atravessar. Procure seu pai e Rhys — a mulher dizia, segurando nas maçãs do rosto de Artemis com as duas mãos. — Vá!

𝗪𝗢𝗡𝗗𝗘𝗥𝗟𝗔𝗡𝗗, acotar; azriel Where stories live. Discover now