— Rhys, você precisa se acalmar — Feyre disse, seguindo o parceiro em passos largos enquanto o macho deixava a Casa do Rio. — Rhysand!
— Eu avisei a ele, Feyre — o Grão-Senhor respondeu entredentes. — Um passo em nossas fronteiras, e estará morto. E ele ousou vir até aqui, vir em Velaris.
— Nem sabemos o que ele quer! — Feyre o segurou antes que o macho atravessasse, acompanhando-o para os limites da cidade de luz estelar.
— Eu sei bem o que ele quer — Rhysand disse quando foram descobertos pela névoa escura de sua magia. Ele rosnou quando viu o loiro a sua frente, esperando-o. — Mais um passo e você morre, Tamlin. Estou avisando.
— Você ousa me ameaçar depois do que fez? — o Grão-Senhor da Corte Primaveril rugiu com ódio, os olhos verdes faiscando na direção de Rhysand. — Me odeia, ótimo. Mas não desconte no meu povo. Não se atreva a descontar em minhas terras de novo.
— Do que está falando? — Feyre franziu o cenho na direção de Tamlin, confusão nos olhos azuis.
Rhysand se colocou na frente da parceira e estava pronto para atirar sua magia no loiro quando o viu arremessar algo na direção deles, mas quando viu o que rolou no chão até chegar aos seus pés... Rhys pareceu preocupado. Chocado.
— O que é isso? — Rhys perguntou, o rosto franzido em confusão e nojo enquanto observava a cabeça aos seus pés.
Parecia de alguma besta escura, os olhos sem vida eram de um vermelho sangue, cabelos negros e ralos desciam oleosos pelo rosto ossudo e cheio de cicatrizes, a boca aberta expondo os dentes pontiagudos.
— Eu é que te pergunto. Centenas desses malditos estavam em minha floresta, tentando matar os meus aldeões. Mataram... devoraram dezenas — Tamlin parecia realmente aturdido. — Você não pode descontar sua raiva no meu povo. É uma tremenda hipocrisia...
— Não mandamos essas criaturas atrás de você, Tamlin — Feyre o interrompeu. — Sequer sei que coisas são essas. Quando... quando esse ataque aconteceu?
— Durante a madrugada. Meus guardas ainda não conseguiriam identificar todos os mortos. A aldeia está em ruínas.
— Não fomos nós — Rhysand repetiu dessa vez, e chutou a cabeça para fora das fronteiras de Velaris, como se quisesse expulsar aquele mal. — E lamento pela perda das vidas inocentes da sua corte. Realmente lamento. Não sei que bestas são essas...
— Eu sei.
Rhysand e Tamlin não conseguiram conter o choque ao se deparar com a figura esguia e cinzenta. Feyre ficou ainda mais preocupada, desviando os olhos para o parceiro para perguntar quem era aquele.
— Bruxo — Tamlin rosnou com desdém. — Pensei que tivessem sido extintos.
— Para a sorte de vocês, eu ainda estou aqui — o macho de barba rala e escura respondeu. — E sei quem enviou essas criaturas para sua corte, Grão-Senhor. Sei quem vai envia-lós para cada uma das outras seis cortes. Até que não sobre nada.
DU LIEST GERADE
𝗪𝗢𝗡𝗗𝗘𝗥𝗟𝗔𝗡𝗗, acotar; azriel
Fantasy*ೃ༄ WONDERLAND A irmã de Rhysand estava viva. Viva, e em perigo. Havia um feiticeiro caçando-a, querendo usá-la para fortalecer a própria magia e tomar todo o continente para si. Azriel precisava encontrá-la primeiro e levá-la para casa em segurança...