trinta e oito.

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( toledo, ohio )

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( toledo, ohio )

EU entendia que eles não me envolviam tão afundo nas caçadas por eu ser uma criança de doze anos, mas eu sentia que estava sim sendo afastada, talvez fosse mais uma das minhas paranoias que criava.

Depois da morte de Eleanor, oque mas vem em minha mente são paranoias, pensamentos inseguros sobre absolutamente tudo. Aquilo era o pior sentimento. Insegurança. Eu sentia medo que Dean e Sam me deixassem de lado.

Aquele pensamento estava de volta, eu estava apoiada no capô do Impala em frente a casa da garota que havia falecido, Dean e Sam entraram pela janela e me pediram para que eu cuidasse do carro.

Aquilo não fazia o menor sentido, eles estavam me evitando? Eu estava alí a um bom tempo, realmente um bom e longo tempo. Quando avisto Dean e Sam andando em minha direção,  suspirei voltando para a porta do lado de trás do carro.

——  Certo, está com fome, Jo? — Meu pai pergunta assim que entra no carro e olhava para trás, eu apenas neguei.

—— Você não tomou café da manhã, não tá afim de comer nada? — foi a vez de Sam perguntar, e novamente eu neguei. — Joan, não pode ficar sem comer.

—— Se eu sentir fome, eu aviso, tá legal? — Falei rapidamente, não querendo ser grossa.

Os dois se encararam e logo Dean ligou o carro, partindo para o Hotel novamente. Eu estava com fome, uma das coisas que mais sinto é fome. Só não queria fazer com que eles perderem tempo comprando comida para mim a cada duas horas.

Senti a minha barriga roncar, fazendo um barulho, coloquei a mão sobre a barriga e vi Sammy já me olhava,  ele sorriu simples,  um sorriso fofo.

—— Está com fome, não é? — sem resposta, apenas sorri. De Sam não me sentia mal em pedir algo.

Agora com Dean era diferente, parecia que eu estava o obrigando, deve ser complicado ser um homem novo e ter um filha de doze anos.

Quando chegamos no hotel, Dean saiu e eu fiquei com Sam, sentada no sofá onde dormia enquanto brincava com uma mecha do meu cabelo. Ele se sentou na ponta da cama de solteiro em minha frente e me encarou.

—— Oque? — Perguntei deixando o cabelo de lado e prestando atenção no moreno. 

—— Você tá bem? — Perguntou e eu assenti. — não parece contente.

—— Estou bem.

—— Você não precisa estar bem, ou fingir que está bem. — ele começou. — você perdeu a sua mãe, você não pode estar bem. Te arrastamos para essa vida, não tem como você estar bem. — Ele disse com uma voz grave enquanto encarava meus olhos que estavam em minhas mãos. — você sente dor?

—— Sinto saudades. — Falei sem pensar. — não mudei, mas sinto saudades do meu eu de antes, me sinto um mistério para mim mesma por não saber porque penso nisso...

—— Noque você pensa?

Finalmente ergui o olhar para Sam, não havia percebido mas meus olhos já se encontravam marejados,  quando os ergui, lágrimas escaparam e percebi Sam me olhar com pena.

—— Porque parece que Dean me evita? — Perguntei com a voz falha. — ele é meu pai... Não deveria ser assim.

—— Você é uma cópia dele, acha que consegue tudo sozinha,  e talvez realmente consiga, mas precisa aceitar ajudas. Você é nova para isso, mas tem que começar a tomar decisões sobre você! — Ele falou enquanto se levantava e vinha ao lado do sofá se abaixando. — sente medo de se enroscar em uma decisão?

—— Sinto medo de não saber tomar uma decisão, eu não sei oque vou ser quando crescer...

Eu não queria ouvir aquilo, queria ouvir do porquê meu pai estava distante de mim. Mas antes que Sam falasse outra coisa, a porta é aberta revelando Dean com sacolas em mãos.

—— Trouxe a comida.  — ele falou se aproximando e Sam se levantou.  Sequei as lágrimas se forma violenta com as mangas da jaqueta e o loiro no encarou confuso. — oque tá havendo?

—— Não é nada. — Eu falei e percebi Sam suspirar. — oque comprou?

—— Para você, comprei Waffles, e um achocolatado. — me entregou enquanto se virava para Sammy.  — e para nós, Weffles também, e cerveja! — Falou entregando uma garrafa para o irmão.

Eu esperava que aquela conversa ficasse apenas entre mim e Sammy.

( ... )

A noite veio com tudo, e o sono também, eu capotei no mesmo sofá onde passei quase o dia inteiro. A diferença da outra noite, é que nessa, meu sono não foi tão bem.

Acordei cedo na manhã seguinte vendo os dois já acordados, eu me levantei sentindo as minhas costas doerem e um mal estar me atingiu de forma estranha.

Meu estômago revirou, e minha cabeça martelou,  um enjoo estranho me atingiu em cheio. Corri no mesmo instante para o banheiro do quarto e tranquei a porta. Me ajoelhei na frente do vazo sanitário e abri a tampa.

Liberei o líquido amargo que saiu da minha boca e senti minha garganta queimar.

—— Tá tudo bem,pirralha? — uma batida na porta e em seguida a voz de Dean.

—— Sim... — Falei sem força na voz. E puxei a descarga enquanto me levantava e ia até a pia lavar o meu rosto.

Destranquei a porta e dei de cara com Dean parado alí, tentei passar por ele mas o mesmo segurou o meu braço.

—— Você tá pálida! — Ele segurou meu rosto com uma só mão enquanto me analisava. — comeu alguma coisa que te fez mal?

—— Só o Weffles.  — Falei de maneira embaraçosa já que ele ainda segurava o meu rosto apertando as minhas bochechas. 

Ele me soltou e foi até a lixeira do quarto e pegou a embalagem do Weffles enquanto lia  a mesma.

—— Tinha amendoim, é alérgica? — ele perguntou.

—— Se ela fosse alérgica teria trancado a garganta dela na hora, e não teríamos mais JD conosco. — Sam falou chamando a atenção.

—— JD?

—— Joan Diaz. — Sam explicou.

—— Na minha escola antiga me chamavam assim... — Falei lembrando do quão horrível foi aquela época enquanto me sentava no sofá sentindo o meu corpo fraco.

—— Bom, JD! — Dean chamou. — eu e Sam vamos para Fort Wayne, na Indiana, se troca, vamos sair em dez minutos.

Eu assenti um pouco zonza e me levantei novamente enquanto ia para o banheiro com minha mochila, tomei um banho extremamente rápido e me vesti com uma calça jeans e um Moletom verde escuro que havia trazido.

Saí do quarto de Hotel com meu novo MP3 junto com Dean e Sam e fomos até o carro logo entrando.

—— Se você for vomitar, avisa! Mas por favor! Não vomita no carro. — Dean suplicou e deu partida enquanto sorria pelo retrovisor.

Derrepente ele mudou comigo? Ou Sam havia apenas resolvido com ele.




















































UNLIMITED ― ᵗʰᵉ ʷⁱⁿᶜʰᵉˢᵗᵉʳ ✡Onde histórias criam vida. Descubra agora