Capítulo seis

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26 de julho

Mais uma vez Yuki larga do trabalho, e se caminha até a estação para retornar para sua casa.

Ele faz a rotina de sempre, vai ao banheiro, faz suas necessidades. Compra uma água na máquina de bebidas, e entra na cabine para fumantes. Ao olhar pra fora, a lâmpada que estava piscando no dia anterior, voltou a piscar, porém ele avista algo estranho vindo dos trilhos do outro lado da estação. Ele avista uma criança parada olhando para Yuki lá de longe. Do nada a menina desaparece como um passe da mágica e a lâmpada se apaga novamente. Ele ignora, pois tava muito estressado e achava que era coisa de sua cabeça.

O trem chega e ele entra. Yuki como sempre vai pro vagão onde tem seu acento preferido e espera encontrar a moça de sempre. Mas a moça não estava lá naquela noite, ele achou estranho.

Yuki se senta no seu acento, mas ele percebe que daquele vez ele estava completamente sozinho dentro do trem. Enquanto o trem andava, nada demais acontecia.. Quando eu certo momento, todas as luzes do trem se apagam, sobrando só as luzes das lâmpadas do túnel do trem, que eram bem fracas. Ele não enxergava quase nada lá dentro.

- O que tá acontecendo? Tá rolando um Black out no trem? Com certeza tem alguma coisa errada com esse trem.. — Yuki tava muito assustado. - Que horas são? DUAS HORAS DA MANHÃ? O horário tá muito mais tarde do que eu costumo pegar esse trem! Eu preciso conversar com o condutor!

Ele caminhava pelos vagões para chegar a cabine do condutor, porém ele olhava pra trás sempre, com medo de alguém aparecer atrás dele. Ao se aproximar do último vagão, ele passa pela porta e toma um susto que quase infartar, porque tinha uma mulher parada no canto, atrás da porta.

- O que há de errado? — Perguntou a mulher.

- O QUE HÁ DE ERRADO? Primeiro, você tá aqui no canto parada nesse escuro numa boa, e quase me mata do coração. E você não vê que o trem tá agindo de forma esquisita? Eu tentei entrar na porta do contudor, mas tava trancada. Como você consegue permanecer tão calma?

- O que você escutou? — Perguntou esquisito a mulher.

Yuki fica muito confuso com essa pergunta.

- Eu apenas posso te ajudar se você escutar as vozes do mundo natural, mesmo no meio da maior das crises! Então por favor, me diga!

A mulher diz que cada vagão tem sons parecidos com: Cigarra, sino de templo, festival do verão, floresta, mar e começar de novo.

Yuki acha esse papo muito estranho, mas ele começa a agir e volta todos os vagões pra começar a ouvir os sons.

No primeiro vagão, Yuki ouve um barulho de sinos de festa, ele arriscaria barulho de festival do verão.

Yuki vai pro próximo vagão. Ele fica em dúvida se era sons de cigarras ou de floresta, mas ele opta por cigarras.

No próximo vagão, ele escuta sons lentos de sinos mais graves, ele então acha que é sino do templo.

No próximo vagão, ele escuta sons de pássaros e ventos, com certeza é sons de floresta.

A cada vagão que ele passa, ele se sente horrível, ele imaginava que aquilo era mais um pesadelo, ele não achava real.

Chegando no próximo vagão, ele escuta barulho de água, provavelmente era sons de mar, pois só faltava esse som.

Ele vai até a mulher e fala em ordem do que ele escutou. Primeiro festival de verão, segundo cigarras, terceiro sino do templo, quarto floresta e por fim, sons de mar.

- O outro mundo disse que de fato você consegue escutar vozes do mundo natural! — Dizia papos estranhos a mulher. - O outro mundo me permite convocar um ajudante!

Que papo é esse de ajudante? Yuki tava ficando cada vez mais louco da cabeça.

- Não se preocupe, ele estará aqui em segundos! Quando você conversar com o ajudante, o trem deve parar!

O Trem Fantasma Where stories live. Discover now