Capítulo 22| Feliz aniversário

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Alyssa White

O dia estava chuvoso lá fora, frio e úmido. Mas aqui dentro estava sempre quente e confortável.

Eu estava na cozinha, preparando uma torta de morango. Eu não era exatamente a melhor cozinheira do mundo, e muito menos chegava aos pés dos dons culinários do Damon. Mas eu sabia fazer muitas coisas, e torta de morango era uma delas.

Damon estava em algum canto da casa, nesta manhã ele acordou muito cedo. Achei que ele estivesse trabalhando, mas ele disse que não era para eu incomodá-lo, porque ele estava fazendo uma coisa que requia sua total atenção.

Estranhei mas decidi que talvez fosse melhor assim, estávamos sempre juntos e acho que talvez ele só quer fazer algo sozinho. Então aproveitei para fazer algo sozinha também.

Termino de ajeitar a torta e a coloco para assar. Descanso minhas mãos já limpas no balcão e olho em volta, reparando uma coisa que eu não tinha visto antes.

Quadros.

Muitos deles, de todo tamanho e excepcionalmente lindos.

Como é que eu não tinha reparado naquilo? Meu Deus, eu me sentia uma desatenta agora, não que eu fosse muito atenta as coisas que acontecem ao meu redor, mas quadros não são coisas que dá para se ignorar.

Acho que estive tão ocupada reparando em Damon, que me distrai do resto do mundo. Bom, de toda forma, era um pouco difícil não ficar presa naqueles olhos verdes, era realmente injusto alguém ser tão bonito daquele jeito.

Me despeço dos meus pensamentos quando Damon adentra a cozinha. Ele vestia uma bermuda soltinha, na cor cinza, e uma regata branca que mostrava seus músculos, seus braços cheios de tatuagens e veias saltando.

Senhor, este homem é um Deus.

O que você está fazendo, amor? — a voz rouca dele me desperta. Ele me encarava como se eu fosse uma louca.

— N-nada.... — digo desviando os olhos para o outro lado. — Estava fazendo uma torta.... de morango. — digo apontando para o forno.

Damon apenas assente e pega um copo de água. Eu gostaria de saber o que ele estava fazendo, ele esteve sumido a manhã inteira.

— Mas e você.... já terminou o seu trabalho? — pergunto e ele me olha desconfiado, mas rapidamente trata de suavizar a expressão.

— Ainda não, falta alguns detalhes. Desculpe pela ausência, é que é realmente importante. — ele diz vindo até mim e beijando minha bochecha.

— Não tem problema. — digo sorrindo gentil para ele. — Sabe, eu ainda não tinha reparado neles. — digo apontando para os quadros e Damon olha na direção do meu dedo.

— Sério? E então, você gostou deles? — Damon pergunta com um brilho no olhar.

— Gostei, eles são muito bonitos. Sua avó tinha um bom gosto para a arte. — digo e Damon abre um sorriso.

Ele não diz mais nada, apenas me beija. Eu o beijo de volta, confesso que estava saudosa dele.

Damon aprofunda o beijo e agarra minha cintura com força, seus braços me enrolavam como uma cobra, prestes a quebrar e comer sua vítima.

Mas não me importo, eu provaria do seu veneno. Sempre que ele me beijava, era uma explosão de sensações, como se eu estivesse drogada ou algo do tipo. E eu gostava daquela sensação.

Damon se afasta quando a falta de ar nos toma. Olho para ele, ele estava ofegante. Seus lábios estavam inchados e vermelhos, as pupilas dilatadas e um leve rubor em suas bochechas.

Hot as HellOnde histórias criam vida. Descubra agora