Capítulo 59

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POV' Duda

Eu sabia que se um dia eu descobrisse que minha irmã não estava mais viva iria doer. Mas descobrir que ela não está mais viva e por causa da garota que eu amo, isso quase me matou. A dor de perdê-la outra vez foi dilacerante. Eu senti como se mil facas estivesse sendo cravadas em mim ao mesmo tempo.

Um ano se passou desde que eu descobri tudo, mas meu coração continua partido como se fosse no mesmo dia. É certo de que não dói mais como antes, não depois de ter ido naquele endereço que o detetive me deu.

Era a casa das pessoas que sequestraram a Maddie. A casa que ela morou por vários anos e só depois de ir lá eu descobri o porque ela nunca nos procurou ou tentou fugir.

1 ano antes...

Descobri que a Maddie é a ex namorada de Louise destruiu meu coração. Nós duas amamos a mesma garota, mas diferente de mim ela morreu por causa disso.

Quando eu encontrei aquela foto na gaveta de Louise, meu mundo desabou. Eu pensava em como ela pôde me olhar e me beijar todo esse tempo sabendo da verdade. Pensava em como eu iria contar isso para os meus pais. Naquele momento eu só queria que ela desaparecesse e que eu pudesse voltar no tempo para nunca a ter conhecido.

No dia que eu contei ao meus pais foi também um momento difícil, apesar de já terem se preparado para esse momento, isso não torna ele menos doloroso. Mamãe chorou e ficou sem falar por vários dias, papai foi mais forte, disse que iria conversar com Erick, pai de Louise, ele queria saber melhor como tudo aconteceu.

Dias depois conseguimos ir visitar o túmulo dela. Foi tão triste quanto no dia que ela foi sequestrada. "Eu não queria que o nosso reencontro fosse assim, irmã" - eu disse para a pedra de mármore.

Mais dias se passaram e cada vez parecia mais difícil de seguir. Eu não tinha mais a garota que eu amava ao meu lado e a esperança de encontrar a Maddie que era o que me fazia seguir também não existia mais. Eu não tinha mais um propósito.

Alice me contou que Louise mudou de escola. Isso não me deixou nem triste e nem feliz. Eu sinceramente não sei como me sentir mais em relação a ela.

Eu estava parada em frente a casa do endereço. A cada dia eu me perguntava mais o porque da Maddie nunca ter tentando chegar até a nós se ela estava tão perto. Depois de pensar muito, bati na porta que manteve minha irmã longe de mim todo esse tempo.

Uma senhora aparentando cinquenta anos atendeu.

- Maria Eduarda. - ela disse assim que me viu.

Ela me conhece? Como?

- Como você me conhece?

Eu nem sei o que estou fazendo aqui. O que eu deveria perguntar, "onde está os sequestradores?".

- Você é a irmã da April. - ela afirma.

- E você é a mulher que sequestrou ela. - deduzo.

- Não posso confirmar isso. - encaro essa mulher. Não sinto raiva como achei que iria sentir, apenas crio algumas questões que gostaria de entender. - Entre, acredito que você tenha perguntas.

Ela abre espaço e eu olho para dentro. É uma casa normal, sem grades nas janelas, sem jaulas ou correntes que dê sinal que alguém ficava preso ali dentro. Pelo contrário, é uma casa aberta, clara e bastante sofisticada.

Passo por ela até está dentro de sua residência. Ela fecha a porta e me guia até o sofá. Me sinto desconfortável.

Minha irmã sentava aqui? - me pergunto.

Um Olhar DiferenteWhere stories live. Discover now