CAPÍTULO 10 A CAÇADORA

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—Tenho a localização da van — diz Jinsoul, virando em sua cadeira. Acabo de entrar em seu escritório, voltando da casa de Jungeun.

Uma semana se passou desde que eu a tirei das garras de Luke e, desde então, ela tem ajudado. Eu a encarreguei de investigar Rio e Rick, enquanto Jinsoul está focado em rastrear a van. Chegamos a um beco sem saída em Oregon. O veículo desapareceu das câmeras sem deixar rastro, e, a partir desse momento, estou enlouquecendo.

Já faz doze dias que ela se foi, e eu senti cada porra de segundo.

—Como você localizou?

—Finalmente encontrei uma imagem de satélite tirada ontem.

—Ande e fale — ordeno, girando e andando de volta para fora. — Qual é o endereço?

Ela recita o endereço enquanto se levanta da cadeira, seguido por uma maldição murmurada, um baque alto e um ou dois palavrões.

Olho para trás para vê-la se esforçando para colocar um segundo sapato, pulando em um pé e quase batendo de cara na parede.

Balançando a cabeça, desço as escadas, deixando que descubra como ser um ser humano funcional novamente.

No momento em que abro a porta do meu Mustang, Jinsoul está trancando a porta da frente e correndo para o carro.

Ela mora em uma casa modesta com seu irmão mais novo, Cameron, embora eu nunca saberia disso, se não fosse pelos gritos ocasionais que dá ao que quer que esteja jogando. Ou com quem esteja jogando.

Os pais de Jinsoul e Cameron eram viciados em drogas e fugiram quando Jinsoul tinha dezesseis anos e Cameron, sete. Felizmente, Jinsoul é uma gênia de verdade, e conseguiu manter o segredo bem guardado do Estado. Teve vários empregos para manter as contas pagas e seu irmão, em boa saúde. Seis anos depois, Jinsoul conseguiu a guarda legal de Cameron, e eles agora vivem luxuosamente. Cameron não tem conhecimento do que sua irmã faz para ganhar dinheiro e, no momento, é jovem demais para se importar. Eu acho que ele está preocupado demais em não morrer no

Call of Duty para notar, e Jinsoul está feliz em manter assim.

—Eu preciso chamar Michael para ficar de babá — diz ela, se jogando no banco do passageiro com um bufo. Seu telefone já está na mão, o polegar voando pelo teclado.

—Cara, ele tem treze anos.

Jinsoul faz uma pausa para olhar para mim, um olhar seco em seu rosto.

—Exatamente, o que significa que vai ficar acordado até as seis da manhã, com um pacote de Doritos em uma mão enquanto enche a fatura do meu cartão de crédito com pornografia. — Inclino a cabeça de um lado para o outro, concordando. — Além disso, eu não me sinto confortável em deixá-lo sozinho — ela termina, calmamente.

Meu olhar vai para ela enquanto acelero para fora de sua garagem. Claire está determinada a me ferir, o que também coloca a vida dos meus funcionários e suas famílias em risco. Eu faço muitos inimigos e, por associação, meus funcionários também. Ninguém entra nesse trabalho sem saber disso, e é por isso que a maioria deles opta por não ter esposa e filhos. Obviamente, nem todos podem ou se isolam de seus entes queridos; fornecer proteção para qualquer pessoa diretamente impactada pela organização, portanto, é essencial.

—Eu entendo. Vou chamar alguns homens extras também. Nada vai acontecer ao seu irmão.

Jinsoul acena com a cabeça, seus ombros relaxando um pouco. É a mesma coisa que eu disse para Jiwoo, e falhei com ela.

Tiro um cigarro do maço e coloco na boca. Eu não vou falhar novamente. 

***

—Este é o local? — pergunto, minha voz tensa. —Tem certeza? Estamos em algum lugar merda na cidade de Portland, Oregon. O endereço que Jinsoul me indicou é um prédio de tijolos, de três andares, que parece ter sido construído em 1800 e abandonado antes da virada do século.

2°  Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)Onde histórias criam vida. Descubra agora