CAPÍTULO 39 O DIAMANTE

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Eu enfio a lâmina na minha pele até sentir um beliscão, sangue lentamente saindo da ferida. Os olhos de Sooyoung o seguem, seus olhos brilhando com fúria.

O homem de cabelo oleoso devolve a arma para minha mãe, com um sorriso espertinho no rosto.

—Touché, diamante. — Ele inclina o queixo para seu parceiro, que ainda está segurando sua arma para meu pai. — Agarre-a. — Então, ele se dirige a Sooyoung e Yeojin: — Vocês duas baixem todas as armas e as chutem para longe.

O homem com cara de bebê se aproxima de mim, e dou um grande passo para trás.

—Você não pode me tocar. Não até que eu saiba que você não vai machucar nenhum deles.

Seus olhos se estreitam, mas então eles voam por cima do meu ombro, e um momento depois, eu sinto o perigo atrás de mim.

—Porra, Jiwoo, mexa-se! — Sooyoung grita, mas é tarde demais.

Uma arma pressiona a parte de trás da minha cabeça, me distraindo por tempo suficiente para que seu braço dê a volta e pegue minha faca, jogando-a para o lado.

Concreto enche meus ossos, meu corpo se transformando em pedra enquanto ele envolve seu braço em volta do meu pescoço e me puxa de volta para ele, movendo sua arma para minha têmpora.

—Você esqueceu de verificar o sótão — o novo intruso sussurra em meu ouvido. Ele tira o braço da minha garganta e desliza a mão pelo meu cóccix e pelas minhas coxas, verificando se há armas, e depois as joga no chão quando as localiza. Ele aperta minha bunda para uma medida extra de segurança, e eu não consigo conter o rosnado de escapar.

Oh, sim. Ele vai morrer.

A tensão irradia de Sooyoung, seu olhar assassino rastreando a mão errante do homem. Aposto que ela está imaginando todas as maneiras de removê-la de seu corpo, assim como fez com a de Arch. Yeojin está parada, seus olhos saltando em todas as direções, provavelmente calculando a rapidez com que ela pode matar um deles antes que sua arma dispare.

—Melhor ter cuidado — murmura Sooyoung, seus olhos cravados no homem que me segura. — Esse diamante tem bordas afiadas.

O rosto de bebê vira sua arma para Sooyoung.

—Cala a boca. Vocês duas ficam contra a parede.

Sooyoung sorri, levantando as mãos em falsa rendição, mas o olhar em seus olhos é mortal.

No entanto, Yeojin se recusa a ceder, então o homem corre em direção a ela e a agarra pelo braço, tentando arrastá-la para lá ele mesmo. Ela enlouquece, arranhando-o e causando uma briga enorme.

Preso na parte de dentro da minha manga está uma arma caneta – uma pequena arma útil que Sooyoung me deu. Eu a coloquei lá para uma situação exatamente como esta, deliberadamente mantendo-a fora de qualquer ponto aparente para se esconder uma arma. Só tem uma bala, mas será suficiente.

O caos distrai todos os homens o suficiente para tirar a arma da minha manga sem que nenhum deles perceba.

O suor escorre pelo meu cabelo e, embora a adrenalina esteja correndo solta no meu sistema, a calma toma conta de mim.

Apressadamente, miro no homem de cabelos oleosos e clico no botão da caneta, a bala sai da pequena arma e atravessa o seu cérebro, matando-o imediatamente.

A total surpresa é tempo suficiente para eu tirar a arma apontada para a minha cabeça, os reflexos do meu captor lerdos enquanto ele dispara um tiro em meus pés, quase acertando meus dedos. A bala ricocheteia, e eu acho que ouço alguém ofegar, mas já me virei e estou mandando meu punho voando em seu rosto.

2°  Livro| Caçando Jiwoo (G!P Chuuves)Where stories live. Discover now