Maya Baker, uma dançarina de 16 anos se muda para a Califórnia graças ao trabalho de seu pai. Ela imaginaria qualquer coisa, menos que seria vizinha de um youtuber famoso que a sua irmã era super fã. Mason Hastings e seus milhões de seguidores irão...
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— Ainda não acredito que o plano de vocês funcionou. — Clara diz, incrédula enquanto abria a janela do meu quarto e tentava se ventilar com o vento quente que vinha do lado de fora. Nosso ar condicionado tinha quebrado, e como o universo definitivamente não conspira ao meu favor... O dia estava terrivelmente quente.
— Eu sei! — Dou risada, procurando um biquíni para que pudéssemos passar o dia na piscina. Já fazia uma semana desde que o vídeo havia sido publicado e meus seguidores não paravam de crescer. — A internet é maluca.
— Você vai demorar muito? É só um biquíni. — Clara pergunta, saindo da janela, parecendo cansada de me esperar.
— Eu quero um biquíni específi... Achei! — Exclamo contente ao achar o biquíni que eu havia comprado com Mason no dia em que ele me ensinou a surfar.
— É o biquíni do surf? — Clara sorri sugestivamente para mim. — Agora eu entendi porque você 'tava tão cismada com isso...
— Não tem nada a ver com o que você tá pensando, senhorita Clara... Ele só fica muito bonito em mim.
— Claro que fica. — Ela diz sarcasticamente. — Tem memória afetiva, né? Ele é fácil de tirar?
— Para com isso! — Jogo um travesseiro em sua direção, dando risada da sua malícia. — Mason e eu somos amigos.
— Uhum...
— Amigos que compartilham gostos fashion, só isso. — Respondo com um sorriso travesso, vestindo o biquíni e pegando uma toalha. — Vamos logo antes que eu derreta aqui dentro.
Clara revira os olhos, mas aceita minha explicação com um aceno de cabeça. Saímos rumo à piscina, prontas para aproveitar o dia escaldante. O sol nos castigava, mas a água cristalina da piscina prometia alívio imediato.
Chegamos à beira da piscina e nem sequer nos importamos com nossa tradição de tomar sol com uma música e algum drink. Ficar deitadas expostas ao calor seria tortura, então nos jogamos na água com um suspiro de alívio. O calor intenso logo dá lugar a uma sensação refrescante. Rimos quando uma criança tropeçou na beirada e se desesperou, nos fazendo receber um olhar de repreensão de um homem que provavelmente era o seu pai. Enquanto flutuo na água, não posso deixar de pensar em como a minha vida costuma mudar tão rapidamente. A alguns meses, a esta hora, eu provavelmente estaria na sala de música de Rachel coberta na maior quantidade de casacos que eu conseguisse vestir.
— E então, como estão as coisas com o Luke? — Clara pergunta, mergulhando um pouco antes de voltar à superfície. Eu havia contado pra ela sobre a suposição levantada na detenção sobre o garoto estar afim de mim, e agora ela insistia que só podia ser verdade.
— Tudo tranquilo. — Respondo, nadando até a borda da piscina e me sentando na beirada, ficando só com meus pés e parte das minhas pernas na água. — Ele tem sido um ótimo amigo.
