*Este capítulo contém cenas sexuais explícitas, se isso te perturba, recomendo que não leia*
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POV S/N
Draco costumava trabalhar no escritório da família em Londres das 6 a.m às 20 p.m, e geralmente chegava a tempo do jantar, mas ultimamente ele estava se prendendo naquela sala até tarde da noite, negociando com empresas do outro lado do mundo e disponibilizando horários para reunião de acordo com os fuso horários deles, e por isso costumava ficar acordado por muito tempo e se esquecer de que também tinha uma vida fora do trabalho.
Eu não o culpava pelo simples fato de que sei da importância de seu trabalho, mas aguentei isso por duas semanas e estou cansada de não ter meu marido para mim na nossa cama, no jantar ou em qualquer outro lugar.
Então, vestida com um vestido branco curto, justo e elegante que acentua minhas curvas da maneira certa, eu completo o look com saltos Saint laurent pretos e me cubro com um sobretudo longo da mesma cor, pegando minha bolsa e indo em direção a cidade com o motorista da família —uma vez que moramos em uma área arborizada afastada de tudo.
Quando eu entro no imponente edifício da Malfoy Enterprises no mundo trouxa, meus sapatos clicam no chão de mármore enquanto me aproximo do elevador, nenhuma das recepcionistas se movendo para me impedir porque sabem quem sou.
Antes de entrar nas portas de ferro abertas, eu avisto com o canto do olho quando uma delas anuncia minha chegada para a secretária de Draco, e sorrio para mim mesma, sabendo que a pobre garota— muito provavelmente a terceira somente esse mês— estará correndo para avisá-lo da minha presença.
Eu não me importaria com isso em dias comuns, mas hoje eu não quero que ele saiba que estou aqui até que eu passe por sua porta, e é por isso que eu interrompo a linha dela ao realizar uma ligação em seu telefone.
"Malfoy Enterprises, no que posso ajudar?" eu desligo antes de respondê-la, porque o elevador finalmente chega ao último andar e eu fico de frente com a garota loira atrás do balcão, que me olha com o cenho franzido enquanto descansa o telefone no ouvido, e então eu abro um sorriso para ela e ando na direção da porta do meu marido.
— Peço perdão por interromper sua ligação, mas não quero ser anunciada hoje. - e com uma última piscadinha para ela, eu entro na sala.
POV MALFOY
Décimo oitavo. Décimo nono. Vigésimo.
Eu assino o último contrato e suspiro em cansaço, olhando no canto inferior do notebook e percebendo que já são quase sete da noite.
Não ouso me levantar para me olhar no espelho do banheiro, nem um pouco a fim de encarar as possíveis olheiras debaixo dos meus olhos.
Ao invés disso, pego meu copo quase vazio de uísque e viro minha cadeira para assistir a cidade através da minha janela.
