Calor vivo

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— É o que o Minas falou.

O de cabelo comprido se limitou a sorrir, apoiando as mãos na cintura do menor o fazendo levantar, retirando-se dele. Deixou que sentasse novamente em sua barriga sentindo o calor vivo da intimidade dele em si. O sulista se debruçou e lhe deu um selinho, sorrindo maroto para si.

— Obrigado pela companhia. — Se retirou de cima dele, deitando ao seu lado um pouco mais afastado.

Agora o que se ouvia eram os sons eróticos que a outra dupla fazia. Minas ainda não havia deixado o loiro gozar, abusava de seu corpo com vontade, fazendo-o realmente não conseguir pensar em mais nada. O gaúcho tinha uma cara sofrida e arranhava as costas largas do outro sem nem perceber. Tencionou o corpo com força, quase gozando, para ser prontamente impedido pela mão firme do mineiro no seu pau o apertando forte. Choramingou revoltado. Lágrimas frustradas caiam por sua bochecha. Aquilo estava sendo demais para si. O maior se inclinou no ouvido alheio.

— Só mais um tiquin i eu dexo ocê gozá.

Isso desencadeou outra onda de prazer no barbudo, que sentiu seu corpo arrepiar inteiro. Novamente tencionando os músculos. Dessa vez Minas o masturbou forte e mordeu sua orelha com vontade, fazendo o loiro gritar sentido, finalmente autorizado a se desfazer intensamente. Podia sentir o outro gozando dentro de si enquanto ainda o estocava com força. Sua expressão era incrivelmente depravada e surpreendentemente agressiva, banhada de prazer.

Ambos tombaram na cama, cansados. Minas logo saiu dele, deitando ao seu lado, respirando forte. Sul sentia que genuinamente quase havia apagado de tanto estímulo. Estava um pouco irritado com o mineiro. Foi incrível, mas perdera completamente o controle de seu corpo e isso não lhe era confortável com ele como parceiro. Que seja também, não é como se estivessem num relacionamento mesmo.

Paraná percebeu a mudança de humor do namorado, o analisava intensamente quando cruzaram olhares. Lhe deu um sorriso terno, sendo correspondido por um cansado. Fora uma longa aventura dessa vez. O menor fez esforço de levantar e se aproximou do gaúcho, tocando em seu rosto com carinho, se acomodando perto de sua cabeça e acariciava seu cabelo.

Viu quando os outros dois fizeram algo parecido, trocando um selinho terno entre si e deitando de mãos dadas. Todos precisavam de um tempo para respirar e absorver o ocorrido. Até que o moreno sulista quebrou o silêncio.

— Isso foi intenso néh?

Minas foi o primeiro a responder, com sua usual animação.

— Podi apostá. Num é Matin?

O outro só murmurou um 'sim' cansado. O menor complementou, se dirigindo ao mineiro.

— Vão tomar banho aqui? Podem ir na frente daí. — Olhou para o loiro. — Acho que o Sul ainda precisa de uns minutinhos. — Abaixou e lhe deu um selinho na testa. — Néh paixão?

O gaúcho se limitou a fechar os olhos e virar o rosto timidamente. Realmente estava esgotado e ainda não tinha certeza se conseguiria ficar de pé sozinho.

— Intão nóis vai aceitá a oferta di í na frente.

O mineiro começou a se levantar, puxando consigo o namorado, que se deixou levar tranquilamente. Foram eficientes para o banheiro, logo fechando a porta. Paraná voltou sua atenção para o loiro.

— Tudo bem paixão?

O maior suspirou cansado, dando um sorrisinho de canto.

— Sim piá. — Passou a mão no rosto. — Só foi muito intenso mesmo.

— O Minas me surpreendeu também. Achei que ele ia ser mais tranquilo.... Um sexo mais vanilla.

Sul sorriu divertido com o termo.

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