Vai sê legal!

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— Vamu Goiás! Vai sê legal! — Matinha conversava com o namorado agarrada à sua mão.

— Eu num sei Matinha.... — O cantor desviava o olhar um tanto quanto desconfortável. — Só tem ocê di mulhé na lista sô.

— Exatamente por isso qui ocê tem qui í. Pra sê minha companhia, meu namorado. — A morena suspirou um pouco cansada, mas sabia quais os argumentos que moveriam ele. — Eu vô convidá mais mulher assim qui acaba di fala cocê. Tenho certeza qui vai di tê mais. — Se aproximou e falou em seu ouvido. — Essa é a sua chance di pegá quem ocê quisé sem culpa di nada. Í elas ainda vão di tá mais disposta pra isso. — Se afastou mordendo o lábio sedutora. — Í eu num mi importo di ti dividi cum outra ao mesmo tempo.

Falou devagar as últimas palavras enquanto passava a mão em seu peito. Podia ver a resolução dele cada vez mais fraca. Desceu a mão por seu corpo, o lembrando do que exatamente que estava em jogo ali, não hesitou em passar os dígitos rapidamente por cima de sua virilha, tendo a certeza que ele estava prestando atenção.

— S-si ocê insisti.... — Goiás derretia nas mãos de Matinha, a mulher sabia como manipula-lo.

A centro oestina se aproximou novamente de seu ouvido murmurando convincente.

— Ocê tem alguém qui qué qui eu convide primeiro?

O maior mordeu a boca. Tinha. Mas talvez fosse um objetivo muito inalcançável. Já tivera um momento com ela, mas devido às circunstâncias não deu certo, mas quem sabe ela gostaria de repetir a dose? Juntou coragem e sussurrou um pouco incerto desviando o olhar tímido.

— Brasília.

O nome da chefe fez a morena parar um momento quase chocada. Aquilo seria mais difícil do que imaginara. Ou melhor, não esperava que Goiás a tivesse na mira de alguma forma. Se bem que.... Foi ele que cedeu parte de seu território para ela para início de conversa....

Se afastou apoiando ambas as mãos em seu peito. Suspirou e sorriu.

— Tudo bem, eu falo cum ela. Mas obviamente eu num posso garantí nada. — Viu o maior sorrir desacreditado. — Qui foi? Achou qui eu num ia concordá? — Deu dois tapinhas em seu peito. — Mais ocê tem qui í lá coloca seu nome na lista. Í si ocê fô agora eu insisto mais cum ela.

— E-eu vô. — Finalmente concordou já se virando para fazer aquilo.


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— Já era sem tempo tchê! — Sul exclamou ao ver o irmão e o cunhado entrando na sua sala.

— Achei que meu nome já estava na lista entendesse homi. — Norte correspondeu à energia do gaúcho que logo lhe estendeu uma folha.

— Barbaridade, vamos resolver isso agora então! — Ambos sorriam largamente.

Enquanto isso Paraná se aproximou de Sergipe alegre.

— Tu demorou pra vir aqui piá.

O surfista corou um pouco com a proximidade.

— Foi o que o Poti falou, a gente achou que já estava na lista entendesse.

— Ué? Matinha também vai? — Norte exclamou interrompendo os outros diálogos.

— Sim. — O barbudo sorria largo e divertido relembrando como foi a cena. — A guria veio aqui e exigiu que abrisse as inscrições para as mulheres também.

— Foi engraçado. — O paranaense complementou e deu uma olhada rápida para Catarina. — Tu tinha que ver a cara da Cat quando descobriu tudo.

A loira cora e rapidamente joga uma bolinha de papel no menor, não queria que ele contasse. Aquilo só fez os outros dois sulistas rirem mais e os nordestinos a encararem curiosos.

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