Explique-se

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Iaê meu povo! Estou de volta \o/ mais um cap de Festa para aquecer nossos corações~

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— Sul! Explique-se. — Matinha entrou de rompante na sala dos sulistas e se colocou na frente da mesa do loiro de braços cruzados.

O gaúcho a olhava sem entender o que estava acontecendo e até um pouco assustado com a atitude. Será que tinha feito alguma merda com ela? Mas o que? Não conseguia lembrar de nada.

— Que?

— Qui história é essa de festa?

— Barbaridade guria, tá falando do que? — Respondeu ainda um pouco confuso mas começando a entender o que se passava.

— A festa qui ocê i o Rio tão organizando. Num si faça di disintendido sô.

Catarina e Paraná observavam atentos ao diálogo, a loira estava completamente confusa com o assunto e o menor já sorria de canto gostando de ver o barraco.

A morena bateu na mesa e aproximou o rosto agressiva.

— Fiz o Matin i o Minas falá.

Sul sorriu de canto. Era claro que se era para alguma mulher descobrir sobre aquilo seria a Matinha. A guria tinha faro para essas coisas.

— Tchê, não era pra tu ficar sabendo. — Suspirou cedendo um pouco a pose. — O que tu quer saber mais?

— Por que eu num fui convidada? Mulher num podi í?

O gaúcho não estava tão surpreso assim, mas demonstrou o sentimento.

— Tu quer ir? — Acabou perguntando malicioso. — Mas só tem homem.

— Do que vocês estão falando? — Catarina não conteve mais sua curiosidade. — Uma festa que mulher não pode ir? — O espírito feminista da loira já gritava no fundo de sua mente incomodada. — Que preconceito todo é esse? — Se levantou e se juntou na rodinha de conversa, se posicionando afrontosa ao lado da centro-oestina.

Sul percebeu a má interpretação da amiga e, do jeito que era, escolheu incomoda-la. Quanto tempo ela brigaria por aquela pauta até entender do que se tratava realmente essa festa?

— Exatamente guria. A gente pensou que as mulheres não iam gostar da ideia, então não falamos pra vocês. — Aquela explicação servia também para Matinha.

— Quem disse qui mulher num ia gostar? — A morena estava focada na discussão com o barbudo e não percebia o erro da catarinense.

— É verdade! Quem vocês acham que são pra decidir isso? Nós temos sim o direito de escolher se queremos ir ou não nessa festa! Mas não é o seu papel escolher por nós!

O maior se recostou na cadeira levantando as mãos em defesa própria. Tinha um sorrisinho divertido no rosto.

— Ocê podi í tratando di mudá isso agora. — A morena indicou o papel na mesa. — Eu mesma vou convidá todas elas.

— Tudo bem por mim. — O gaúcho sorria largamente agora. Se virou para o namorado falando mais alto. — Paixão! O que tu acha disso?

Paraná prontamente levantou de seu lugar e se aproximou do loiro apoiando a mão em seu ombro, percebera a brincadeira que ele estava fazendo com SC.

A "festa"Onde histórias criam vida. Descubra agora