24: Só tem um sofá!

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Aurora

Não estava nos meus planos namorar, e muito menos morar com ele. Agora, tinha que tentar fazer isso dar certo. Mas simplesmente não consegui dividi a cama com a Teresa, ela chuta e fica roubando meu lençol e ainda ronca. No mesmo quarto, tudo bem, na mesma cama, eu nem dormo.

Pego o lençol e o travesseiro e vou para o sofá. Pelo menos o sofá é macio e confortável. Arrumo o travesseiro e tenho um susto com o Enzo na porta da geladeira. Ele bebe água e vira para mim.

Fecha a porta, tornando o ambiente escuro. Vem direto até mim:
— O que está fazendo aí?

— É impossível dormir com a Teresa, a Gabriele deve amar muito ela!

Sua risada é boa de ouvir.

— Não duvido.

— Boa noite. — Digo abrindo o lençol.

— Eu, eu posso… — Ele hesita. — Posso dormir com você?

Às vezes o Enzo conseguia ser muito fofo. Nem parece um cara de 2m que coloca medo em geral. O caderno vermelho, usei para falar bem e mal das pessoas no geral. Quase como um diário, risquei a parte que falava de mim.

 Quase como um diário, risquei a parte que falava de mim

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— Mas só tem um sofá!

— Você pode ficar em cima de mim.

Sua fala não tem duplo sentido. Ele é tão inocente que sinto como se fosse a safada da relação.

— E a sua cama?

— Posso me livrar dela. Tudo pelo romance! — Ri baixo junto dele.

— Vem logo. Antes que eu mude de idéia. — Suspiro desistindo.

Levanto e ele se deita. Apoio o joelho do lado do seu corpo. Ponho as mãos no seu peito por cima do tecido fino, para me apoiar. Enzo me puxa com impaciência. Suas mãos grandes tocar minhas coxas, ele aperta me puxando para cima. Seu rosto está tão perto.

— Não consigo dormir.

— Você nem tento… — Minha voz é um sussurro. — E o que espera que eu faça?

— Me beije até que eu me canse, ou me viciei em você! — Suas palavras são um murmúrio grave.

O som da sua voz me deixa fraca, minha pressão até baixa. E ele embaixo de mim é até confortável. É uma mistura de sensações que não sei explicar. Estar com o Enzo é como querer saber o que vai acontecer e também querer quebrar o relógio e parar o tempo.

Ele continuo me provocando. Suas mãos afundaram apertando a parte de dentro das minhas coxas. Cada toque seu é como uma tortura. Aproximo o rosto mordendo seu lábio inferior.

— Não me provoque!

— Você que está me provocando. — Acuso ele.

— Não me culpe, você me beijo primeiro. Lembra? Na festa, se não fosse aquele beijo, "nós", não existiria.

Garotos cruéis! - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora