O horário do seu ponto havia terminado há vinte minutos mas Bucky não quis deixar o garoto novato descarregando as caixas sozinho. Ele era tão magricelo que era capaz de quebrar os braços ao erguer os caixotes mais pesados.
— Obrigada por me ajudar. — Teddy soltou um longo suspiro cansado. — Me deixa te pagar uma cerveja.
— Não precisa. — Bucky limpava a graxa das mãos com uma flanela suja. — Diz ao Sr. Marshall que eu venho buscar o meu pagamento amanhã.
— Para onde você vai? — Perguntou o rapaz curioso.
— Eu desenrolei um trabalho novo. — Bucky tentou conter seu sorriso. — Meio período mas paga bem.
— Me desenrola um trabalho assim? — Teddy se animou puxando as calças que caiam sem um cinto que as mantivessem no lugar. — A Marissa está grávida de novo e eu preciso encontrar outro emprego rápido.
— Vocês sabiam que existe uma coisa chamada camisinha, não é? — Bucky perguntou dando uma risada abafada mas o homem logo ficou sério.
— Nossa religião não permite usar isso.
— Claro, tem razão. — Bucky balançou a cabeça. Ele não sabia que Teddy e Marissa eram fanáticos religiosos que queimariam qualquer pecador na fogueira. — Eu vou dar seu nome na empresa.
— Uma empresa? — Lewis assobiou. — Está trabalhando com o Howard Stark?
— Quem dera. — Bucky riu. — Seria uma honra um dia conhece-lo pessoalmente.
Bucky jogou a flanela suja em cima do balcão encarando o relógio que indicava que ele estava atrasado.
— Eu preciso ir. — Bucky apressou os passos descendo as escadas e pulando o corrimão dos últimos degraus.
Ele precisava correr se não quisesse perder o bonde que o deixaria praticamente na esquina de sua casa.
Geralmente ele faria todo aquele percurso andando, seguindo pela rua de ladrilhos, descendo uma escadaria e seguindo pela rua principal onde ficava a lanchonete onde Penelope trabalhava.
E foi então que a ficha caiu.
Droga Penelope.
Ele havia prometido que iria encontrar a mulher naquela noite mas seu novo "trabalho" tinha atrapalhado seus planos e a única coisa que lhe restava era inventar uma desculpa bem cabeluda para que a mulher o perdoasse.
— Bucky!
A mulher de cabelos vermelhos em um penteado impecável acenou para ele animada se aproximando com seu vestido floral fazendo a saia balançar conforme ela corria em direção a ele.
— Merda. — Bucky tentou se esconder atrás de uma senhora que segurava um jornal.
— Bucky, oi. — Nicole cutucou o ombro dele.
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ROULETTE | BUCKY BARNES
Romantik1940. Os Estados Unidos se prepara para entrar em guerra e James Buchanan Barnes está a espera de ser convocado para servir ao seu país. Mas enquanto isso não acontece, ele procura usar seus últimos dias de liberdade para se divertir.