Sinopse
Chegou o Segundo Livro da Série "A Força do Amor"...
"LAÇOS de FAMÍLIA"
Eles foram intensamente apaixonados de uma forma que marcaria suas vidas para sempre.
Paola Mello e Felipe Braxton Turner não estavam procurando o amor qu...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Você é a página mais linda que o destino escreveu em minha vida.
Paola entrou na sala trazendo uma bandeja prateada e a pousou sobre a mesa de centro. Quando Felipe sentou-se no sofá, deu outra olhada para o sapato masculino perto da entrada.
— Imagino que seja bastante difícil para uma mulher sozinha criar uma adolescente. — Comentou.
— Sim, é muito difícil. Acho que falei um pouco demais na noite passada, não?
— O álcool soltou sua língua, mas pelo menos você disse coisas boas sobre Isabela.
— Ela é uma boa garota, Felipe. — Paola disse com um brilho de orgulho no olhar. — Não foi fácil para ela crescer sem um pai.
— O que lhe aconteceu, Paola? — Felipe perguntou de uma forma amigável e gentil.
Ela foi até a estante, pegou o porta-retratos e passou os dedos sobre a foto de Lipe.
— Ele ainda não voltou do Vietnã. — Estendeu a foto para Felipe. — Seu nome é Felipe Sheldon. Caiu numa emboscada nas matas e foi considerado como provavelmente capturado.
Felipe não deixou de perceber que Paola não dissera que Felipe nunca havia voltado, mas que ele ainda não voltara. A foto do soldado na parte interna da porta do armário fazia sentido, então.
— Quanto tempo faz?
— Vai fazer dezoito anos, quatro meses e dezesseis dias daqui um mês. — Ela disse com serenidade, recolocando a foto na estante.
— Sinto muito, Paola. Deve ter sido extremamente doloroso para você.
— Isabela foi a mais prejudicada. Nunca viu seu pai, nunca teve a chance de conhecer seu humor, sua bondade. Tudo o que ela tem são essas poucas fotos. Eu pelo menos tenho as lembranças do pouco tempo que passamos juntos, para me apoiar.
— Você nunca pensou em se casar de novo?
— Eu disse que ele foi dado como desaparecido, não como morto.
— Mas, Paola, o presidente não declarou a maioria dos soldados desaparecidos no Vietnã como mortos? — Sua voz adquiria um tom persuasivo.
— Sim, e por um ano eu quase perdi a esperança. Mas depois chegaram notícias de que muitos americanos eram mantidos presos em condições brutais no sudeste da Ásia. Pensei que Felipe poderia estar vivo em alguma parte, trabalhando como escravo ou talvez até aleijado, doente... — Sua voz era baixa, mas firme. — Não consigo deixar de me perguntar se ele pensa na criança que nunca conheceu, ou se foi torturado demais para se lembrar que estamos aqui, esperando por ele.
— Parece-me que as chances de que isso tenha acontecido sejam quase nulas, Paola.
— Mas você não vê, Felipe? Existem informações entre o pessoal das forças armadas que indicam essa possibilidade. E além disso, há o meu livro de poesias.
