Perguntas

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Cristian

Thea me olha com raiva, seus olhos estão quase soltando faíscas e minha respiração está um pouco difícil porque eu vim correndo todo o caminho depois que soube que meu filho estava ardendo de febre em um hospital.

Eu estava me sentindo mal, eu estava me achando um imbecil porque não havia nenhum almoço com clientes. Não havia nada tão importante quanto meus filhos e Thea, simplesmente nada tão importante.

Me sentia péssimo porque eu estava com Jasmine, eu e ela.... simplesmente não consegui me controlar. Achei que isso não afetaria meu trabalho, mas acabou me afetando na vida pessoal e estava me sentindo horrível.

-Thea...

-Onde você estava?- a voz dela literalmente fez um calafrio na minha coluna.

-Eu sinto muito.- fecho a porta atrás de mim.

-Sente muito?- franze a testa.

-Thea, eu sinto muito.- começo a me aproximar e ela ergue a mão.

-Eu liguei centenas de vezes, Cristian.- a voz dela está muito baixa.

-Eu sei...

-Eu liguei para sua secretária, para você e para sua mãe e nenhuma delas tinha informações suas.- ela respira fundo- Qual era o cliente?

-Não importa, eu estou aqui...

-Depois que eu já fiz tudo.- diz.

-Querida, por favor, eu errei...

-Sim, você errou.- assente- E agora eu quero que me diga exatamente o motivo disso.

-Eu...- respiro fundo- Eu fui jogar golfe no clube do cliente para conhecer melhor o espaço.- digo e ela me observa- Deixei o telefone dentro do armário. Eu sinto muito, estou péssimo, por favor, me perdoe.

-Cristian...- ela começa a falar e então seus ombros se encolhem- Ele está bem, o médico disse que parece uma febre psicológica.

-Uma o que?- me aproximo de Taylor, que está dormindo.

-Uma febre psicológica.- ela parece cuidadosa- Acho que a mudança de casa o afetou, estamos mudando muitas coisas em pouco tempo, ele deve ter se sentido afetado.

-Mas está melhor?- ergo o rosto e os olhos azulados de Thea me observam.

-Sim, está.- assente- Mas vai ficar aqui para observação a noite, as crianças estão sozinhas com Susan e devem estar ficando preocupadas...

-Claro.- beijo a barriga de Taylor e me ergo- Eu fico aqui, você devia ir para casa, eu posso pedir o dia de folga amanhã.

-Ok.- ela se abraça.

-Cadê seu casaco?- pergunto sabendo que a temperatura está caindo rápido aqui no estado.

-Eu sai de casa muito rápido.- ela diz me ameaçando a dizer algo.

-Aqui.- tiro o meu- Está muito frio lá fora.- a observo vestir o casaco com cuidado.

-Tem certeza que vai ficar com ele?- pergunta acariciando a cabeça de Taylor.

The Perfect Family Where stories live. Discover now