Vale da Estranheza

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Ela estava toda arrepiada enquanto parecia que algo subia pelo seus pés, Elizabeth olha em volta pelo vale emborolado e atrás dela tem uma grande árvore seca e morta a qual tem um corpo pendurado por uma corda e um machado encravado em seu pescoço

Elizabeth agarra o machado e o puxa fazendo o pescoço se desprender do corpo inerte o fazendo assim cair no chão, Elizabeth estava arrepiada só de sentir a brisa daquele lugar solitário, ela então começa a andar ao norte da árvore, seu salto alto amassava a grama sobre seus pés enquanto ela arrastava o machado em seu lado, ao longe se é ouvido o leve som de água caindo, a cada segundo que ela se aproximava, mais o som aumentava, até que o nevoeiro foi se desfazendo lentamente e ao longe ela vê um vilarejo a beira de um penhasco e a grande cachoeira a qual ela ouvia, ela foi se aproximando com seu machado em mãos, o sangue de Rosalyne em seu rosto já estava seco, seus lábios estavam ressecados, seus olhos estavam profundos

Ela passa pelo portão do vilarejo enquanto as casas ainda estão distantes, o som da água caindo bate fundo em sua audição, Elizabeth estava incomodada só de respirar naquele lugar, ela teria que lutar para manter sua saúde mental, sua mão estava tremendo porém segurando firme o machado, ela então chega perto das casas que já estavam velhas e acabadas, as madeiras já estavam mofadas mas ainda se ouvia o som das vozes do habitantes, era baixa mas dava para ouvir sua vozes felizes, a música também se dava para ouvir, todos os sons vinham do velho celeiro ao fim do vilarejo, Elizabeth seguiu em sua direção enquanto seu vestido se arrastava pelo chão de terra

Ela então ficou frente a frente com a porta do celeiro e lentamente ela a empurrou a fazendo ranger, assim ela viu pessoas de todas as idades rodando e dançando ao redor de uma criatura alta e com chifres longos, ela era escura como a noite e tinha uma pelagem longa, a pequena orquestra caipira tocava melancólica porém uma música animada, Elizabeth olhou em volta um pouco ofegante até que a orquestra parou e as pessoas voltaram seus olhares todos a Elizabeth, a criatura alta bateu seus cascos e com sua voz profunda disse

-você forasteira interrompeu nossa comemoração das colheitas oriundas, diga oque quer para que possamos prosseguir nossas festividades

A criatura aproxima sua cabeça enorme para perto de Elizabeth, sua respiração pesada e o silêncio das pessoas estava matando Elizabeth por dentro

-talvez devêssemos mandar ela a casa de Eastwood, ela iria agradar os homens com esse corpo bonito - um caipira disse e deu seu sorriso banguela

Elizabeth com sua sanidade quase ao fim se aproxima do caipira fervilhando seus nervos, o machado arrastava rapidamente contra o chão de madeira, e assim ela levantou o machado e desceu com velocidade na cabeça do homem, ele caiu inerte no chão com sua cabeça partida ao meio, Elizabeth continuou a bater com um machado até que sua cabeça ficasse desfigurado tornando-se apenas um amontoado de carne

As pessoas começam a cochichar entre si e a criatura bate seus grandes cascos

-você invade nossa comemoração, interrompe nossas festividades e mata um dos nossos moradores, você, sua criança depravada, deve ser queimada no fogo, levem-a a casa de Eastwood - a criatura com semelhança a um bode gritou fortemente, Elizabeth com seu olhar profundo se vira lentamente e antes que atingisse a criatura com seu machado, os moradores a agarram e a amarram, assim ela é jogada em uma carroça partindo para tal casa, eles passam por trás da cachoeira, os cascos do cavalos estalavam a terra sobre suas pernas enquanto Elizabeth era jogada de um lado para o outro dentro da carroça, os cocheiros conversavam entre si quanto mais se aproximava do destino

Até que a carruagem foi diminuindo a velocidade e os homens ficaram apreensivos e em silêncio, ao longe se vê uma enorme construção que lembrava um sanatório, a carruagem passa pelos portões, todas as pessoas em frente a casa pararam oque estavam fazendo para observar a mulher que vinha, Elizabeth permaneceu em silêncio por toda a viagem até que a carruagem parasse em frente a grande porta

Redenção Das Almas: Queda Celestial Where stories live. Discover now