Sanatório Santa Rosa

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Elizabeth foi levada até a recepção, seus olhos percorriam de um lado ao outro loucamente em agonia, até que ela foi levada para um dos vários quartos, o lugar era frio e tinha um cheiro horrível de podre, haviam a botado aquelas roupas velhas e penicantes na pobre Elizabeth

Assim ela estava pronta para poder morrer naquele sanatório a qual ela ainda não sabia onde ficava, era outro mundo? Talvez

-você deveria matar todos Elizabeth - a voz em sua cabeça sussurrou

Elizabeth olhou para os lados em desespero, ela estava ali a tão pouco tempo e já estava ficando louca? Elizabeth se sentia como criança novamente quando ela foi jogada aos pesos da escola

Havia uma pequena grade como janela que dava visão para o jardim da frente, Elizabeth observou aquela gente decadente se debatendo e correndo por aí enquanto outras se arranhavam, os gritos dos outros pacientes dos outros quarto era baixa e longe, mas para Elizabeth era seu pior pesadelo

A porta do quarto de Elizabeth estava aberta e era possível ver os pacientes serem acompanhados de seus médicos, Elizabeth sempre cautelosa saiu de sua sala lentamente, ela olhou para o lado e para o outro antes de começar a correr em direção a portaria, seus pés estavam descalços, no meio do caminho vinha uma idosa com um sorriso macabro no rosto, Elizabeth com pressa a empurra e segue até a recepção

-vocês precisam me tirar daqui, eu não pertenço a este lugar, por favor eu não sou louca - Elizabeth gritou pulando sobre a bancada, as enfermeiras rapidamente tocaram o sino e uma freira se aproximou lentamente

-levem até a minha sala - a freira pediu as enfermeiras

E assim Elizabeth foi guiada até a sala principal, ela estava gritando e arranhando as outras enfermeiras, assim que ela chegou a sala ela começa a gritar com a mulher

-eu não sou louca, você precisa me tirar daqui irmã, você é uma mulher de Deus deve saber que isso é um engano - ela gritou como se fosse seu última dia de vida

a freira em silêncio pegou uma palmatória e pediu que Elizabeth estendesse a mão, Elizabeth com medo obedientemente levantou sua mão trêmula e assim a freira a puniu com 20 palmadas

-a senhorita deve ter bons modos no sanatório Santa Rosa, você não deve empurrar os outros pacientes e nem arranhar as enfermeiras, ENTENDEU? sua pentelha - ela gritou

Elizabeth estava com a cabeça abaixada ofegante olhando para sua mão vermelha, ela tomou a palmatória da mão da freira e a golpeou na cabeça, assim ela saiu correndo pela porta, as freiras que esperavam por Elizabeth do lado de fora não entenderam o por que dela ter saido correndo até ver a mulher no chão com a mão na cabeça, então as enfermeiras avisam os guardas para correrem atrás de Elizabeth

Ela foi pega e levada de volta a seu quarto e assim a amarram na cama enquanto ela se debatia, a freira chega no quarto acompanhada de dois médicos que traziam um grande maquinário

-vamos usar as ondas de choque para manter a senhorita na linha, assim quando estiver curada de seus problemas mentais você poderá receber alta

Assim levaram a máquina para cima de Elizabeth e botaram nas laterais do crânio dela, era como se fosse alavancas Com a ponta de ferro, a freira ordenou que botassem no máximo

-mas irmã Amélia, ela pode morrer - o médico alerta mas Amélia o interrompe

-faça oque eu mando doutor, eu comando esse sanatório a mais de 35 anos - ela diz convencida e bota os braços para trás

E então os médicos botam na mais alta voltagem e ligam a máquina, Elizabeth se contorce e se debate na cama gritando, era como se um demônio estivesse sofrendo dentro do corpo da garota, Elizabeth arqueia as costas e se debate cada vez mais até que ela cai sobre a cama, a alta voltagem fez Elizabeth desmaiar

Os médicos e as enfermeiras se retiram a máquina e a freira se aproxima do ouvido de Elizabeth

-agora você deve se portar bem no sanatório - ela sussurra antes de sair do quarto e trancar a porta

O raio de sol da manhã lentamente passa pela grade iluminando o rosto de Elizabeth que abre os olhos com um pouco de dificuldade, sua visão ainda turva avista uma criatura preta ao lado de sua cama, lentamente ela vai recuperando a visão, a criatura era uma menina que aparentava ter 18 anos

-você quer sair daqui? - ela não gesticulou seus lábios mas a voz dela ecoou na mente de Elizabeth, a voz era semelhante a mesma que ela tinha ouvido mais cedo

Elizabeth permaneceu em silêncio enquanto a mulher gargalhava baixinho

Redenção Das Almas: Queda Celestial Where stories live. Discover now