Capítulo 42

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  Na manhã após a tempestade que havia caído sobre a cidade de River City, o dia havia recebido os moradores dela. Havia sol e calor, como se o temporal nunca houvesse passado por ali e os alunos que haviam passado a noite na escola, estavam finalmente sendo liberados e dispensados das aulas do dia.

  Por Ansel Rivers ele teria passado a tarde inteira ali, não se importaria desde que Ashley continuasse deitada em seu peito, dormindo sobre ele tão serenamente quanto um anjo, mesmo que aquela sala fosse pequena e cheirasse a produtos de limpeza, mesmo que seu corpo doesse por estar deitado no chão duro. Ela estava ali com ele. Passaram a noite toda ali e ela havia encontrado paz somente quando deitara em seu peito. Dormirá. Ele por outro lado, não pregará o olho a noite inteira, segundo a abelha rainha, o anônimo iria ferir seus amigos e Ansel queria estar acordado para se certificar de que não seria ela.

  Parecia que haviam ficado um século lá, o sinal por conta da tempestade havia falhado durante a madrugada e não haviam conseguido entrar em contato com ninguém para informar que estavam presos, mas com o passar da chuva, pela manhã Ansel enviou uma mensagem para cada um de seus amigos, contando que algum deles lesse ela logo e fosse solta-los.

  - Bom dia, princesa. - sorriu para Ashley, observando ela despertar.

  - Princesa? - sua voz saiu sonolenta enquanto o via e se questionava como alguém podia ser tão bonito quando acabava de acordar? Chegava ser ofensivo para pessoas que não tinham esse privilégio. - O que aconteceu com o diabinha?

  - Você é uma princesa diabólica. - Brincou com o nariz dela e a envolveu em seus braços, querendo mantê-la ali para sempre.

  - Não me abrace dessa forma. - ordenou, mandona. Odiava como se sentia boba perto de Ansel, ninguém mais tinha aquela versão sua.

  - De que forma? - a apertou mais ainda contra seu corpo, sempre tivera mulheres em seus braços mas nunca fora tão bom quanto era tê-la neles.

  - Como se fossemos um casal apaixonado.

  - Um dia, Ashley Folley, seremos um. - sério e com seus olhos fixos nos dela, falava como se fizesse uma promessa.

   Ela ergueu levemente seu rosto, queria beija-lo, ansiava por aquele beijo mas então quando sentiu o rosto dele próximo do seu, ouviu a voz de sua mãe dentro de sua cabeça, dizendo que deveria fugir do amor. Se fosse amar alguém um dia, não se surpreendenderia se fosse Ansel. Eles eram duas forças que se atraiam. Abriu seus olhos e se afastou.

- Isso nunca vai acontecer, Rivers.

  - Eu já entendi, Folley. - parecia magoado, afastou-a de seu corpo e se ergueu, indo checar a porta. - Está aberta.

  Ele saiu da sala e fechou a porta, ela suspirou e sentiu toda alegria que sentirá quando havia acordado mais cedo se esvair naquele momento. Não havia gostado de tê-lo magoado.

  Ansel andava pela escola sentindo dores em alguns lugares do corpo por conta da forma que havia dormido. Todos os adolescentes se encaminhavam alegremente para a saída da escola e entre todas as pessoas ele buscou somente pelo rosto da sua irmã. Quando se encontraram, deram os braços e foram para o carro, Violet dormiu em todo o trajeto para casa. Quando desceu do carro, estava sonolenta, mal conseguia pensar de tanto sono, abriu a porta do primeiro quarto que viu e sequer deu-se conta de que não era o seu. Assim que entrou no aposento, cansada demais para pensar em qualquer coisa, se deitou na cama e sentiu a suavez do lençol abaixo de seu corpo. Não era os seus lençóis mas reconhecia aquele perfume.

   Apoiou seu corpo nos cotovelos e olhou em volta, avaliando carinhosamente o quarto de sua mãe. Seu pai lhe mataria se lhe visse ali mas ela se sentia tão em paz que tinha certeza que dormir ali lhe daria um sono muito tranquilo e tudo o que queria naquela tarde após a noite agitadíssima que tivera, era tranquilidade.

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