Me Faça Sua

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A loira deu mais alguns selinho pelo rosto da mais velha, continuou iniciando um caminho até o pescoço alheio, esfregou o nariz pela região inspirando profundamente o aroma que tinha aprendido a amar.
Lena iniciou um passeio com suas mãos pelas costas largas da noiva, fazendo questão de passar as unhas de modo provocativo.
Kara se arrepiou toda, acabou soltando uma arfada diretamente no pescoço alheio, então sentiu o corpo da morena abaixo de si tremer, passou as presas levemente pela região recebendo mais uma onda de feromônios – Aaaaa... – Ganiu, passando a lamber a região em seguida.
A Ômega estava ficando cada segundo mais agitada, não que ela não estivesse gostando do que a mais nova estava fazendo, mas o cio fazia com que sua intimidade exigisse uma atenção maior neste momento. Então acabou fazendo ainda mais pressão com suas unhas.
A loira levantou o rosto sorrindo – Tem alguém com pressa aqui?
- Não seja má.
- Calma, eu vou fazer valer a pena – A loira então foi descendo alternando beijos e pequenas sugadas pelo corpo alvo de sua noiva, até finalmente alcançar os seios, passou a língua de leve por um mamilo o assoprando em seguida.
- Oh! – A mais velha gemeu e passou as pernas pelas costas da outra a trazendo ainda mais perto.
A Alfa sorriu repetiu a ação no outro seio recebendo uma reação quase igual, então para terminar de tirar a outra de órbita abocanhou o segundo seio o sugando com vontade. Kara fechou os olhos com força, depois levou a mão direita até o quadril da outra apertou levemente.
A loira ficou por alguns segundos alternando a atenção entre os dois seios, Lena estava ainda mais agitada, então aumentou ainda mais o aperto com suas pernas – Kara...
- Oi, princesa.
- Tá doendo – Em seguida a mais velha começou a mexer o quadril, pela diferença de altura a intimidade da Ômega estava exatamente no abdômen da outra.
Kara ergueu um pouco o tronco para ficar observando a morena se esfregando em seus gominhos, sentiu uma pontada forte em sua intimidade ao ver que a mais velha estava deixando seu abdômen todo molhado devido a lubrificação dela, sorriu de modo travesso – Eu vou dar um jeito nisso – Voltou com o rosto próximo do corpo de sua noiva começando a descer fazendo uma trilha de beijos e mordidas leves.
Lena arfou ansiosa, mal podia acreditar que finalmente passaria seu primeiro cio acompanhada com sua noiva.
A loira deu um pouco de atenção para o abdômen alheio, mas voltou a descer em seguida ao ouvir um gemido sofrido, passou a língua de leve na virilha da morena, porem desceu para a coxa onde voltou a dar mordidas e lambidas arrancando alguns gemidos que desta vez a arrepiaram toda – Você está bem?
- Sim, por favor continua...
- Se você se sentir mal e quiser que eu pare é só me dizer. Eu prometo que irei parar imediatamente.
- Oh! A única coisa que eu tenho certeza neste momento é que eu vou te matar se você não continuar logo.
A mais nova abriu um sorriso imediato, então passou a língua de baixo para cima pela intimidade alheia, arrancando um gemido de ambas.
- Porra, isso...
- Eu estou amando te ouvir xingando – Kara lambeu mais uma vez desta vez com mais intensidade. A mais velha tentou fechar as pernas por reflexo, sendo imediatamente impedida pela outra – Não...  – Em seguida fez com que a mulher apoiasse as pernas dela em seus ombros e aprofundou ainda mais o oral.
Lena foi sentindo um prazer cada vez maior, aquilo era infinitamente mais intenso do que tentar se aliviar sozinha. Depois de poucos minutos tinha perdido completamente o controle, gemendo e rebolando de modo indecente.
A Alfa estava amando aquilo, teve que se segurar para não levar os dedos em direção da entrada da outra então apertou as coxas e o quadril da noiva de modo possessivo, enquanto alterava lambidas e sugadas no clitóris da mais velha.
A morena começou a sentir um formigamento em seu ventre enquanto suas pernas contraíram fortemente, ela sabia que o orgasmo estava perto e desta vez seria muito intenso, muito mais do que qualquer outra vez que ela pudesse se lembrar. Então levou uma mão aos fios dourados os puxando enquanto a outra cravou no ombro alheio.
No mesmo instante Kara sentiu uma dor tremenda pelos atos da mais velhas, mas ela não poderia se importar menos, na verdade não é que ela não estava se importando, ela estava ficando mais excitada quanto mais sentia os arranhões. Então sugou com ainda mais intensidade.
A Ômega se contorceu chegando por fim ao clímax intensamente.
Kara ainda deu algumas lambidas porém logo voltou com o corpo para cima e capturou os lábios da noiva entre os seus, iniciou um beijo calmo, a morena logo intensificou o beijo voltando puxar os fios loiros, desta vez mais devagar.
O sorriso da Alfa se abriu ainda maior ao sentir que a outra havia voltado a mexer os quadris – Huuum, achei que eu tivesse feito um bom trabalho agora de pouco.
Lena separou seus lábios sorrindo – Você fez umpumpp trabalho excelente.
- E então?
- Você tem que saciar ainda mais a sua Ômega...
- Minha Ômega? – Kara passou a beijar e sugar o pescoço da mais velha – Eu gosto de como isso soa. Me deixa te montar?
- Sim. Me monta, Alfa.
A loira puxou as pernas da mais velha, as deixando bem abertas e então juntou suas intimidades. Soltou um rosnado longo ao iniciar os movimentos com o próprio quadril – Você está tão molhada.
- A mais velha sorriu aceitando a frase dita pela outra como um elogio – Eu... Eu posso me mexer também?
- Sim – A Alfa estava se segurando para não aumentar a velocidade de seu quadril, do jeito que estava era bem provável que tivesse seu orgasmo antes da outra.
Lena começou a se mexer de modo tímido, tentando acompanhar a mais experiente. Aquilo estava sendo fantástico, agora ela podia entender qual o fascínio que as pessoas tinham pelas relações carnais.
Pouco a pouca a Ômega foi se soltando e deixando seus movimentos mais relaxados, a mais nova começou a aumentar sua velocidade, uma grossa camada de suor cobria seu corpo – Oh, Lena... Você me deixa louca.
- Por Rao Kara, eu vou... Eu vou...
- Goza princesa, vem pra mim.
E Lena realmente chegou ao seu orgasmo logo em seguida, fincando suas unhas nas costas largas da Alfa e gemendo alto, a mais nova a acompanhou em seguida, Kara apertou as coxas da outra de modo firme, possivelmente deixaria marcas vermelhas, mas elas não poderiam se importar menos.
A loira deixou seu corpo pesar sobre a outra por um tempo, mas logo quis virar de lado, sendo impedida – Não, fica...
- Eu não estou te machucando?
- Não. É bom sentir o seu corpo colado ao meu.
Kara abriu um sorriso gigantesco e se ajeitou ficando ainda mais encaixada no corpo da Ômega, deitou a cabeça no peito alheio onde podia ouvir perfeitamente o coração da outra princesa se acalmando pouco a pouco. Foi impossível não soltar uma risada nasal.
- O que foi?
- Nada, eu só estava pensando que nós somos duas doidas.
- A sua mãe realmente sabe que você entrou aqui dentro?
- Sim.
- E como você conseguiu que ela permitisse uma coisa dessas??
- Apesar de parecer ser durona, minha mãe não consegue me dizer não. E eu prometi que não  iria ultrapassar nenhum limite.
- Ultrapassar limites? Fala sério... Eu tenho certeza absoluta que nós ultrapassamos vários limites agora de pouco.
- Ahn sim, mas eu não... Eu prometi que não tiraria sua virgindade.
- Entendi – A morena ficou alguns instantes em silêncio olhando o teto e logo pode ouvir que a mais nova estava ressoando de modo pesado, sorrindo levantou um pouco a cabeça para observar a noiva dormindo, colocou um mecha loira para atrás da orelha e permaneceu por diversos segundos velando o sono da amada. Acabou caindo no sono em seguida ainda abraçada ao corpo acima do seu.

(=^.^=)

A princesa de Luthesa acordou algumas horas depois, estava enrolada em seu lençol virada de lado, abriu os olhos e ficou observando a janela, ainda estava claro, que horas seriam? Primeiramente sentiu o estômago reclamar pela falta de alimentos o que a causou uma estranheza, não era nada comum ela sentir fome durante seu cio. Na verdade não era comum conseguir dormir também, pelo menos não no primeiro dia.
Então ela se mexeu na cama e sentiu um pouco de dor nas virilhas e tudo o que havia passado com a outra princesa veio como um flash em sua mente, em seguida se lembrou da loira e se sentou com tudo na cama – Kara?! – Para seu alivio viu que a mais nova estava deitada de bruços completamente nua, em um sono pesado.
Ficou por um tempo observando a loira e então se levantou, foi até seu tocador, vestiu sua roupa de baixo, foi ao toilette e depois se encaminhou em direção da mesa onde algumas vezes tomava o desjejum.
Ava tinha deixado algumas frutas, pão, queijo, vinho e água e estava tudo intocado, seu estômago voltou a reclamar, colocou boa parte dos alimentos sobre uma bandeja, foi em direção da cama e então acordou a outra mulher.
A loira abriu os olhos e sorriu manhosa esfregando o rosto no travesseiro – Está com o seu cheirinho.
- É óbvio, eu durmo nesta cama.
Kara então se sentou revirando os olhos, mas sorriu.
No mesmo instante o olhar da morena foi em direção dos seios da outra, para só depois desviar completamente embaraçada – Você está completamente nua.
- Tem algum problema?
Lena continuou olhando em direção da porta o que acabou fazendo com que a outra acabasse dando uma risadinha nasal, ato que piorou a vergonha alheia, fazendo com que a morena se levantasse da cama – Lee, não se afasta de mim – Mas não adiantou, a mais velha chegou a dar alguns passos, então Kara franziu a sobrancelha e usou sua voz de Alfa – Lena, olha para mim agora...
A mais velha mordeu os lábios e então voltou a encarar a loira as duas ficaram se encarando, desta vez quem desviou o olhar foi a mais nova completamente encabula pelo o que tinha acabado de fazer – Me desculpe, eu jamais deveria ter feito isso. Eu só fiquei um pouco frustrada.
- Está tudo bem...
- Não, não está! Você é a minha noiva, eu não sou sua dona para exigir daquela forma. Por favor, me desculpe. Eu prometo não fazer mais isso.
- Certo, eu prometo te desculpar, você pode por favor vestir uma roupa.
Kara firmou os dois pés no chão para ir atrás de suas roupas quando sentiu uma fisgada no tornozelo – Ai.
- O que foi?
- Meu tornozelo está doendo. Você poderia pegar minha roupa de baixo?
Lena foi até o montinho que a outra tinha deixado e recolheu tudo, entregou a roupa de baixo e esticou as outras no biombo que dividia o quarto. Só então se voltou para a cama, se sentando do outro lado do que a mulher estava.
As duas passaram a comer de modo voraz completamente em silêncio, estavam com muita fome. A mais velha deixou seu olhar ir em direção da outra, sentiu uma pontada gostosa em seu baixo ventre ao perceber que conseguia ver um dos seios de Kara pela abertura da gola, devido ao fato da outra estar meio deitada.
Logo seus olhares se encontraram, o que inicialmente era inocente se tornou intenso, a morena empurrou o pedaço de queijo que estava em sua boca com o vinho – Por que você está me olhando assim?
- Você está liberando feromônios.
- Ainda é o meu cio?
- Me diz você. Você neste momento está me desejando por querer ou somente por causa do seu cio?
- Nunca foi só por causado meu cio.
Kara sorriu – Então você me deseja da mesma forma que eu te desejo?
- Sim...
- Por que você não deixa essa coisas na mesa, retira essa roupa e volta pra mim?
- Eu achei que você iria embora para a cabana.
- Eu até poderia ir, mas pra isso eu não deveria ter vindo da área médica para nossa torre. Me diz como eu posso me afastar depois de te sentir mais cedo? Eu nunca mais vou me afastar de você, Lena. Nunca mais.
A mais velha engoliu em seco e então foi deixar o que sobrou da comida na mesa e voltou rapidamente.
Kara havia se sentado, encostada na cabeceira da cama, as duas permaneceram se encarando. A morena foi para o lado da cama em que a outra mulher estava, ela não teve coragem de retirar sua roupa, mas em contrapartida sentou-se sobre as pernas da noiva ficando de frente para ela.
A loira sorriu, levou as mãos até a cintura da morena e a puxou para mais perto. Suas intimidades ficaram coladas, mas para a frustração da Alfa havia muito tecido a impedindo de sentir mais o corpo alheio, rosnou antes de puxar a outra para um beijo necessitado. Deixou que as mãos escorregassem para as coxas alvas de Lena enquanto a morena puxava seu cabelo de modo possessivo.
A Alfa sorriu entre o beijo e foi fazendo um caminho de selares pelo queixo e pescoço até chegar na glândula de feromônios, passou as presas de leve arrancando uma arfada da outra mulher.
A morena levou as mãos até sua roupa arrancando de uma vez dando um tempo para a outra a comesse com os olhos – Você gosta do que vê, Alfa?
- Oh sim! Eu gosto demais do corpo da minha Ômega.
Lena sorriu e inclinou a cabeça de lado – Você gostaria menos se ele já tive sido tocado por outras mãos? – Então deixou que as próprias mão corressem por toda parte apertando de modo safado os seios.
A mais nova rosnou mostrando as presas, suas pupilas completamente dilatadas de tanta excitação. Levou a mão esquerda para os fios negros, puxando o rosto da noiva em direção ao seu – Eu não gostaria muito, mas me conformaria, desde que fosse só minhas mãos que te tocassem de agora em diante – Levou a mãos direita em direção da intimidade da morena, as duas gemeram juntas com o ato, procurou o clitóris iniciando um movimento lento em seguida – Rebola no meu dedo, vai...
Imediatamente a morena obedeceu passando a ditar o ritmo que mais a aprazia, Lena gemia e falava palavras desconexas que estavam deixando a mais nova em transe, por um segundo quase que a loira cravou suas presas no pescoço da Ômega. Isso provavelmente iniciaria uma guerra. Então para evitar mais problemas desceu a boca em direção dos seios e ali sim deixou uma marca.
A mais velha gemeu manhosa, a dor aumentando ainda mais sua excitação. Lena levou a boca para o ouvido alheio e gemeu mais uma vez, causando um arrepio generalizado na Alfa. Deu uma gargalhadinha ao perceber que havia mexido tanto com a outra princesa – Kara, me faça sua...
A mais nova soltou um ganido. Intensificou os movimentos com sua mão – Pode ter certeza que te foder bem gosto agora era tudo o que eu mais queria, mas eu prometi para a minha mãe que você sairia desse quarto intocada.
A morena gemeu liberando uma onda gigantesca de feromônios – Ninguém vai saber se nenhuma de nós abrir a boca.
A mais velha então ergueu o corpo invertendo as posições das duas. Ela então arrancou a própria roupa e encaixou suas intimidades – Mas eu saberia – Começou a movimentar o quadril de forma rápida arrancando gemidos altos da mais velha – Mas pode ficar tranquila, eu vou fazer você sentir tanto prazer que nem vai sentir falta de mais nada. Agora geme o meu nome, vai...
- Own Kara, isso!
- Isso Lee, fica bem louca pra mim.
- KARAAA.

(=^.^=)

As duas princesas ainda passaram mais dois dias trancadas naquele quarto, quando saiu de lá, Kara precisou ser carregada até a área médica, porque nos momentos de intimidade ela acabou forçando muito mais do que deveria o pé machucado.
Felizmente não era uma lesão permanente, mas ela teria que ficar com o pé imobilizado e fazer repouso por um bom tempo, a Rainha Alura apesar de ter ficado feliz de que as duas princesas haviam se controlado, apesar de que o castelo inteiro as ouviu e quem não ouviu ficou sabendo por outras pessoas, acabou castigando a filha, a deixando de molho em seu quarto até estar completamente recuperada.
Lena ficou todos estes dias subindo ao quarto da noiva para que as duas pudessem jantar juntas.
Isso não era visto com bons olhos, mas depois de terem passado todo o cio da Ômega juntas, um jantar nem era um motivo muito forte para discussões que já estavam perdidas, então o Rei relevou.
Apesar de ser muito benevolente e tranquilo Zor-El ficou extremamente possesso com a filha, e acabou retirando o cargo dela no conselho, antes que este acabasse deliberando uma punição ainda pior. A princesa somente poderia voltar a ter uma cadeira no conselho quando estivesse desposada e com um herdeiro a caminho.
Kara ouviu tudo calada e agradeceu ao pai, mas assim que o monarca se afastou falou de modo matreiro para Sarah – Eu faria tudo de novo.
- Imagino que sim, sua safada.
As duas riram e ficaram batendo papo por mais um tempo até a ama de Kara aparecer para a aprontar para o jantar, apesar de permanecer com as roupas de baixo e na cama o dia todo, a loira fazia questão de estar bem vestida para quando a noiva chegasse.
Depois de pronta a loira ficou deitada aguardando a chegada da mulher mais velha, para tentar passar o tempo o mais rápido possível alcançou um livro que estava na mesa de cabeceira, Lena havia esquecido lá na noite anterior e passou a folheá-lo de forma meio que aleatória, parava em algumas páginas que tinham desenhos e tabelas, tentando entender sobre o que diabos estava sendo dito ali.
Ficou tão distraída que nem ao menos percebeu a porta de seu quarto sendo aberta, mas logo foi retirada de seus pensamentos por uma risada nasal – Eu não sabia que você se interessava por astronomia.
A loira abaixou o livro com um sorriso enorme no rosto – Não é que não me interesso, eu só não consigo compreender muito das coisas que estão nestes escritos, mas eu acho fascinante quando você tenta me explicar.
- Não é tão difícil assim.
- Você quer dizer que não é tão difícil para você, não é mesmo?
Lena deu de ombros e sorriu sem se aproximar mais da cama. Ela acabou vindo para o quarto da noiva todos os dias desde o final de seu cio, era inegável a atração mútua entre elas, e ali residia um perigo enorme. Na noite anterior acabaram trocando alguns beijos que a deixaram em um estado que não era nem um pouco adequado a uma pessoa que ainda não era casada ficar.
Então suspirou, era melhor dar alguma desculpa e se afastar até o casamento – Kara, hoje eu realmente preciso estudar mais profundamente, acho até que vou pular o jantar e passar algumas horas na biblioteca.
A mais nova se sentiu murchar – O que você precisa estudar? Você pode fazer isso aqui. Eu prometo ficar quietinha ao seu laudo, só me deixa... Só me deixa ficar por perto. Eu senti tanto sua falta essa noite.
- Kara...
- Mas é a verdade, caramba. Está sendo um martírio dormir sem você do meu lado todas essas noites. Minha vontade era levantar desta cama e exigir que o padre nos casasse agora mesmo. Eu queria tanto poder passar o restante dos meus dias grudada em você o máximo possível de tempo.
- Mas você não pode fazer isso, nós devemos esquecer por enquanto aqueles dias e nos focar no nosso casamento.
- Pra você é fácil, você está indo para a Universidade, está conversando com as pessoas, vendo gente. Eu estou praticamente de castigo dentro deste quarto e quando eu sair dele só vou poder voltar aos treinos sabe-se lá Rao quando.
A mais velha abriu e fechou a boca algumas vezes sem saber direto o que dizer.
- A Alex está ocupada demais com a Sam grávida e todas as suas obrigações, a Sarah está me substituindo na guarda, o Mon-El e o Winn ainda não voltaram de Themyscera.
- E o conselho? Aposto que se você pedisse com jeitinho seu pai mandaria alguém aqui te buscar para você voltar a participar das reuniões.
- Meu pai me expulsou do conselho agora de pouco. Eu só tenho você para me distrair por algumas poucas horas.
- Por que você foi expulsa do conselho?
- Por causa dos dias que nós passamos juntas, eu quebrei várias regras ao fazer aquilo – A mais nova bufou e se ajeitou melhor em sua cama, passou a olhar suas mãos – Eu só vou poder voltar quando você estiver esperando um filhote nosso.
- O que?? Mas isso... E se isso nunca acontecer?
Kara levantou o rosto para a morena e deu um sorriso amarelo – Eu não faço ideia do que irá acontecer comigo se eu não tiver um herdeiro meu.
- Eles podem te deserdar?
- Acho que não, mas possivelmente me deixariam cozinhando até meu pai morrer e eu ter que assumir o trono.
- Eu sinto muito...
Kara desta vez foi quem deu de ombros, então esticou o livro em direção da morena – Toma, você vai precisar dele amanhã.
- Como você sabe que amanhã eu tenho astronomia?
- Eu sei toda sua grade curricular.
- Tá, eu vou fingir que isto não é estranho – A morena disse abraçando o livro.
- Eu só gosto de saber onde você está, para no caso de uma emergência poder ir te buscar, ou até fazer alguma surpresa e te esperar para caminharmos juntas de volta ao Palácio. Me desculpe se é estranho – A loira se encolheu um pouco – Eu acho que eu vou seguir o seu conselho e pular o jantar também.
- Achei que fossemos jantar juntas!
- Ahn não, eu não quero que você fique comigo por pena.
- Por pena??
- Sim, e me desculpe por descarregar toda a minha frustração encima de você. Eu estou trancada aqui porque eu escolhi forçar o meu pé, estou fora do conselho porque escolhi ficar contigo naqueles dias. Você não tem nenhuma obrigação de ficar comigo – A mais nova estava se segurando para não chorar na frente da outra mulher.
- Kah...
- É sério Lena – Uma lágrima teimosa desceu pelo rosto bronzeado – Me deixa sozinha agora, por favor.
A morena abriu a boca e fechou algumas vezes, mas então virou as costas e foi caminhando até a saída, trancou a porta e voltou a andar em direção da cama.
- O que você...
- Cala a boca, você já disse tudo o que queria, então agora você vai me ouvir – A morena deixou o livro na mesa de cabeceira e se sentou na cama – Você realmente acha que eu estava vindo aqui por pena? Por Rao Kara... Pra mim também está sendo angustiante dormir todas as noites sozinha, eu sinto tanto a falta do seu corpo junto ao meu.
A loira arregalou os olhos e em seguida abriu um sorriso enorme, deixou que mais algumas lágrimas escorressem – É sério?
- Sim, é bem sério – A mais velha inspirou profundamente – Você sabe por que eu disse que não iria jantar contigo?
- Por quê?
- Porque ficar perto de você e não poder te tocar o tempo todo me mata, eu queria tanto que aquela tivesse sido nossa lua de mel porque assim eu poderia fazer o que eu quero neste momento.
- E o que você quer fazer neste momento?
- Eu queria poder sentar no seu colo e te beijar como se não houvesse amanhã.
Kara soltou um gemido longo e fechou os olhos, respirou profundamente algumas vezes antes de voltar a abrir os olhos – Me diz, por que você não faz isso?
- Porque existe um amanhã, você foi retirada do conselho e nós tínhamos a desculpa de que eu estava no cio, se nós repetíssemos os atos sem pelo menos isso, com toda certeza sofreríamos alguma consequência bem pior.
- Então por que você trancou a porta?
- Porque eu estou enfrentando um dilema enorme, eu devo fazer o que eu quero ou o que é o certo?!
- Tem algum lado que esteja ganhando?
Lena abriu um sorriso e então ela desviou o olhar tímida, ficou de joelho na cama e foi  engatinhando até se sentar no colo da mais nova ficando de frente para a outra – O que você acha??
- Ahn, eu estou gostando bastante desse lado que está vencendo.
- Eu imaginei que sim.

Antes da TempestadeWhere stories live. Discover now