Capítulo 17

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Evangeline


Evangeline

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Não houve rubro na mulher ao local com fileiras de cama e com alguns lobos deitados sobre ela, confortáveis o bastante para estarem sem camisa. Obviamente ela espiou aquele espetáculo, mas não demorou porque o seu objetivo estava no fundo do assentamento a olhando com uma sombrcelha arqueada e uma cara péssima. Diferente dos olhares confusos, curiosos e até mesmo maliciosos que a davam a medida que passava pelos soldados. Parece que eles usavam ali para dormir e descansar, ela comprimentou com um aceno e ganhou  leve abaixar de cabeça.

__ Olá Uri, podemos conversar? - diz ao anão que limpava suas botas, mas faz uma careta ao encara-la.

__ Ninguém que se preze quer está associado a uma humana burra como você, vá embora. Não quero que me vejam ao seu lado. - diz rudemente virando de costas e a ignorando.

Bom, aquele não foi um começo muito bom.

__ Você ainda está com raiva por ter me visto conversando com Berthor? - questiona com diversão. - oh querido, eu não gosto de homens comprometidos ou mais espertos do que eu.

__ O que quer então? - pergunta brusco, surrando as botas com um pouco mais de força.

__ Eu acho que entendo porque Berthor e tão paciente e calmo, você é muito esquentado garoto. Relaxe, eu vim como amiga...

__ Eu não quero ser seu amigo. - a corta.

__ Que pena, eu dou as melhores festas de pijama. Mas eu escrevi uma carta para você. - diz enfiando a mão no decote do vestido retirando o papel amassado. - é um pedido de desculpas, as palavras não são tocantes e poéticas. Eu não sou boa com isso, dá próxima eu peço para Drake escrever. - ela ouviu algumas risadas baixas em direção ao lobo parado na porta.

O peito dele sobe desce quando respira fundo.

Na sua frente, Uri não diz questão de pegar o papel.

__ Você quer mesmo ouvir onde deve enfiar essa carta? - pergunta sacartisco.

Evangeline rir com a grosseria do outro, mas seu olhar permanece incisivo.

__ Mas eu escrevir com tanto amor, pegue e leia por favor. - diz com uma insistência na voz.

Ele a fita desconfiado, mas a pega.

__ Você é mesmo louca como todos dizem. - afirma, mas há um pequeno sorriso me seus lábios.

__ Os loucos vão muito mais longe do que as pessoas normais. - diz dando uma observada em volta, sabendo que atraiu atenção demais. - nos vemos depois, tenho que voltar a cozinha. Espero que aceite o meu pedido de desculpa e leia a carta muitas vezes mais se for preciso. - destaca a última frase para aquilo que somente os dois entenderiam.

[...]

Uri

Uri olhou a mulher ir intrigado, os rumores eram reais

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Uri olhou a mulher ir intrigado, os rumores eram reais. Nunca se viu alguém como a companheira do Alfa, mesmo que ele pensasse que ela fosse uma suicida, admirava sua coragem.

Em meio às fêmeas submissas e um lugar comandado que funcionava por agressividade e poder, ele encontrou uma fêmea que não abaixava a cabeça.

__ Que ironia o Alfa ter justo uma companheira que não tem medo dele. - um lobo diz.

__ Ela é uma fêmea exótica, seria mais bela se fosse um pouco mais quieta. - outro fala.

Uri rola os olhos.

__ Vocês viram aquelas curvas? Eu não sei o que faria se tivesse uma fêmea gostosa assim na minha cama. - um lobo ruivo sorrir com malícia.

__ Que Håkon não os escute, muitas cabeças já rolaram por menos. - basta o anão dizer para que os lobos se entreolhem assustados. - ainda bem que eu não gosto de fofoca. - ele provoca saindo dali.

Uri olhou para a carta em sua mão pensativo, ele quase a amassou num impulso, mas resistiu. Era uma grande loucura o que a humana queria fazer e com consequências ainda maiores. Mas ele não pode de deixar de pensar em sua situação atual e a vantagem que tiraria ao ajuda-la, porém era ainda muito arriscado. Era  um plano que havia de ser descoberto rapidamente e ele conhecia a fama do Alfa para saber que nem Berthor podia impedir de ser punido. Entretanto ele pensou em sua mãe e irmão mais novo e seu peito doeu.

Uri tinha que os ajudá-los, mesmo que isso custasse sua vida.

Nos próximos minutos em que ele estava andando pelo castelo sem rumo, a sua cabeça trabalha com agilidade. Ele tinha que pensar em algo bom ou ao menos que o desse tempo antes de os lobos os acharem.

Não foi difícil para alguém inteligente e calculista como o pequeno anão pensar em algo.

Mas ele parou os passos assim que percebeu que estava perto dos aposentos do irmão.

Ele é Erin nunca tiveram uma relação próxima. A submissão do irmão o irritava, o outro era uma visão do que todos aguardavam dele.

Quieto, delicado, um garoto submisso, educado e dedicado. Coisa que estressa Uri somente em pensar e fazia com que o afastasse mesmo sem intenção. Mas não importa o quanto ele fosse grosseiro e frio, Erin continuava amoroso. Seu timbre doce e paciente ao falar com o irmão.

Decidiu que veria o irmão, talvez se despedir porque depois do que ele faria, seu futuro era incerto.

Contudo ao entrar no cômodo, escuridão o atingiu. O quarto estaria no completo breu se não fosse pela tocha acesa. A cortina estava fechada e Uri olhou para a cama onde o irmão estava enrolado até o pescoço.

__ Eu também sou preguiçoso com o frio, mas não acha que está tarde para ficar na cama?

__ Vá embora, eu não estou com disposição para escutar seu pessimismo.  - diz de mau humor.

O outro o fita surpreso, não importa se faça sol ou chuva, Erin nunca é grosseiro com ninguém.

__ O que você tem? Não se sente bem? Quer que eu chame um medico? - diz confuso e andando para perto da cama para ter uma melhor visão, mas o anão se vira para o outro lado ao notar.

__ Só fique longe de mim. - mumurra, sua voz parece cansada.

Uri o fita preocupado.

__ Porque está azedo? Eu não lembro de ter feito nada para você hoje. - diz em um tom divertido.

Erin se mexe por baixo das conertas, mas ficando imóvel no segundo a seguir .

Pensou que o ignoraria, mas ele voltou a falar.

__ Eu te odeio. - o timbre suave se tornou amargo derrepente. - não posso fugir disso. Esse sentimento está dentro de mim, crescendo aos poucos e me consumindo. Não faz diferença que eu procure ser um bom irmão, uma inveja habita em minha alma. - sooa deprimido.

Uri custa acreditar no que seus ouvidos ouvem, jamais pensou que o admirável é correto Erin carregasse desprezo por ele.

__ Porque me invejaria, e você quem todos veem como perfeito. - diz confuso.

O irmão grulhe irritado.

__ Eu o invejo porque tem tudo que eu me esforço para ter, não suporto que a vida tenha o dado o que eu sempre desejei. Você não sabe, mas roubou a minha vida. E o mais feliz de nós dois é nem liga pra isso. - ele cobre o seu rosto por completo.

O outro anão entendeu que ele não diria mais nada e apesar de estar descrente com a revelação, ele se virou para sair, mas parou na porta.

__ Eu também o invejo, mas por ser o que eu não posso ser. Somos iguais na aparência e diferentes na personalidade. - fala e sai dando uma última olhada no irmão com pesar.

Erin não estava bem, ele não gostou desse lado do irmão.

Aquele rancor não combinava com ele.

Uri foi então finalizar uma das partes mais importantes do seu plano.

A distração.




vai Evangeline aprontar.


DOCE DESEJOWhere stories live. Discover now