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NARRAÇÃO: LAUREN BARBOSA 🌆 | São Paulo,Brasil.
Eu já disse o quanto eu odeio clima de hospital? Eu estou me sentindo quase que desesperada para ir embora. Estamos há horas no hospital esperando os resultados dos exames e aparentemente isso só vai acontecer amanhã. Me deixaram internada em observação e eu odeio isso. O Giorgian não saiu do meu lado um minuto sequer, eu falei que tudo bem ele ir embora, mas ele falou que dormiria aqui caso fosse preciso.
― Ei.― O chamo,ao ver que ele estava todo torto dormindo na poltrona.
― Si? ― Diz sonolento, coçando os olhos.― ¿Te sientes mal?
― Não,é.. ― Limpo a garganta.― Deita aqui. Você está todo torto aí na poltrona e aqui tem espaço.
― Posso?
Dou duas batidinhas na cama,indicando que ele poderia se deitar ali. Em seguida ele se levanta e se deita ao meu lado, sem dizer uma palavra. Ele está virado para mim, ele não diz uma palavra..mas os olhos dele estão fixos em mim; como se estivéssemos tendo uma conversa silenciosa.
Nenhum dos dois tem coragem de falar algo, apenas ficamos calados. O polegar dele está em cima da minha mão, fazendo um carinho de vai e vem. Eu crio coragem de me deitar no peito dele. Eu sei que vou me arrepender muito disso. Ele beija o topo da minha cabeça, enquanto acaricia meu rosto. Meus olhos se enchem de lágrimas e isso é algo extremamente raro de acontecer.
As luzes do hospital parecem estar todas apagadas e aparentemente o resultado só sai amanhã pela manhã. Apenas a luz da lua ilumina o quarto e as minhas lágrimas não param de descer. Giorgian passa a mão na minha bochecha,limpando as lágrimas que não paravam de escorrer.
― No llores,amor.( Não chora,amor.) ― Ele me puxa para mais perto dele,me abraçando.― Está bien,hum? Y si no es así, lo solucionaremos juntos.( Está tudo bem,hum? E se não ficar,lidaremos com isso juntos.)
― Eu não gosto de me sentir assim. Eu não gosto de me sentir vulnerável,Giorgian! E eu não consigo não ser assim perto de você.― Soluço.― Eu não gosto disso.. de gostar de alguém.
― Estamos solo nosotros dos, princesa. Puedes abrirte a mí sin sentirte avergonzado, ¿qué achas? ( Somos só nós dois,princesa. Pode se abrir comigo sem sentir vergonha,o que você acha?) ― Ele beija novamente o topo da minha cabeça.
― Na verdade, acho que não entendi uma palavra.― Ele ri― Mas eu não consigo falar o que eu sinto por você, porque é muito confuso. Em alguns momentos eu te odeio e em outros momentos eu-... ― Paro de falar.―..eu gosto de você.