Dead world | jjk + pjm

O garoto na loja de antiguidades.

Woburn, Massachusetts, ás 15:00 da tarde.

O loiro passa os dedos entres seus cabelos, jogando-os para trás enquanto suspira em frustração. Olha novamente para o mapa da cidade na mesa a sua frente, riscando o local no qual haviam passado a dois dias atrás. Estava chateado pois em uma de suas fugas acabaram pegando chuva, o que resultou em seu rádio de comunicação pifado.

Aquele rádio era a única esperança que tinham pois poderiam a qualquer momento se comunicar com alguém, principalmente com o refúgio no qual estão tentando chegar.

A algumas semanas, em uma de suas tentativas de comunicação acabou conseguindo contato com um refúgio, conversou por pouco tempo com o rapaz no qual entrou na ligação consigo, infelizmente a conexão estava muito ruim e falha. Conseguiu coletar poucas informações, mas até hoje não teve sucesso em contatar novamente.

O lugar ficava em Boston, o que é uma grande merda para si e para seu grupo, que estavam na cidade de Woburn.

Boston não era assim tão longe de Woburn, mas ainda assim era arriscado. Para conseguirem chegar até a cidade desejada, precisariam de dois carros, para poderem transportar a todos, e os suprimentos. Mas usar carros ou motos no mundo de hoje era extremamente perigoso, atraia muitos infectados por conta do barulho, além de ser bastante difícil encontrar gasolina.

Morde as laterais de suas unhas, arrancando as pelinhas de seu dedo, denunciando seu nervosismo. Ele realmente não fazia idéia sobre o que fazer. Sabia que seus suprimentos estavam acabando, precisavam de medicamentos, comida, produtos de higiene e roupas. Na fuga de algumas semanas acabaram abandonando muitas coisas, pois tiveram de sair às pressas.

Perdido em seus devaneios, não nota uma outra figura entrando na cozinha da pequena casa. Ele para ao seu lado observando atentamente seu rosto e suspira, percebendo o quão sobrecarregado e quase que desesperado o loiro estava por conta de tudo que estava acontecendo. 

Coça os cabelos, e vendo que o loiro não irá o notar tão cedo decide chamá-lo.

- Ei, Jimin. – O loiro sobressalta por conta de seu chamado repentino, logo olhando para si. – Ta tudo bem cara? – Coloca sua mão direita no ombro do amigo.

- Caramba Taehyung, você não pode chegar de fininho nas pessoas assim. E se eu estivesse com uma arma? – Diz frustrado pelo susto, colocando dois de seus dedos no vão entre suas sobrancelhas, fechando os olhos. – Eu tô bem, e você? – Volta a olhar para o mapa a sua frente, buscando algum local para pegarem suprimentos.

- Bem tô' eu Jimin, você tá péssimo. – Puxa a outra cadeira ao lado do loiro, a virando ao contrário para se sentar enquanto apoia os braços no encosto dela. – Você tá pilhado, consigo ver as engrenagens da sua cabeça trabalhando daqui, e cara, se você continuar pensando de mais elas irão explodir, levando seu cabeção junto.

Jimin dirige seus mirantes para o avermelhado ao seu lado, se limitando a apenas dar como resposta um revirar de olhos, voltando a se concentrar em seu velho amigo mapa, circulando com o canetão vermelho uma área onde buscarão o necessário.

O rapaz de cabelos vermelhos suspira frustrado, notando que somente aquilo não faria o loiro relaxar por alguns momentos. Todos estavam preocupados, notaram que Jimin estava sempre com a cabeça cheia e mais nervoso que o normal. Era sempre ele a achar soluções para os problemas que o grupo tinha e isso estava sobrecarregando muito seu amigo.

- Jimin, escuta. – Chama a atenção de seu amigo, recebendo um acenar de cabeça, mostrando que estava ouvindo. – Eu entendo sua preocupação excessiva, beleza? Toda essa coisa do rádio, o refúgio, o tornozelo torcido da Nana e a perda de nossos suprimentos... Todos estamos preocupados, mas não é motivo pra você se afogar em frustrações, 'morô? Caramba Ji, ontem você não parava de se revirar no sofá, eu vi seus olhos abertos, você não dormiu! E você precisa urgentemente relaxar ou desse jeito você vai acabar pirando o 'cacholão! – Exclama, gesticulando dramaticamente com as mãos.