𝙿𝚊𝚞𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘 ( 𝚅𝚞𝚕𝚝𝚘 𝚗𝚊 𝙰́𝚐𝚞𝚊 ) 𝙿𝚊𝚛𝚝. 6

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Depois daquele sonho maluco, dormir o restante da noite foi impossível pra mim. Não parava de pensar o que esse sonho maluco poderia significar, porque com certeza havia me deixado com insônia pelo resto da semana. Eram quase 5 da manhã, decidi me levantar e lavar meu rosto pra começar o dia.

Me encarava no espelho do banheiro, minhas mãos tremiam e meu coração ainda não se acalmara. Precisava ver se Sampa estava bem, de um jeito ou de outro.

Aproveitei a falta de sono pra fazer um café já que mainha ainda não acordara, mas ao descer as escadas vi o cafajeste saindo pra trabalhar. Menos mal, pelo menos isso.

Depois que aquele amigo estranho dele veio aqui, sempre que pensava sentia um arrepio na nuca. E com certeza não parecia tão boa gente como aparentava ser.

Ouvi passos vindos do quarto de baixo e dei de cara com mainha, ainda parecia cansada. Acho que não fui o único que não dormi direito está noite.

- Ricardo, filho.. - ela caminhou até mim esfregando os olhos. - O que faz acordado tão cedo? Estas de férias minino. - fui até ela e lhe dei um beijo na bochecha, depois fui no armário pegar as coisas pro café da manhã.

- Não consegui dormi mainha, mas relaxa... é bom que eu já saio pra minha caminhada matinal mesmo. - era mentira, mas eu tinha que dar um jeito de ver o Sampa.. tava preocupado.

- Tu pode ir fi, mas pelo amor de Deus toma cuidado por onde tu anda hein! - eu sorri e garanti que ficaria bem, deixei mainha terminar o café e já fui logo pegando minha bolsa no quarto.

Decidi levar as mesmas coisas que antes, mas dessa vez eu adicionei algumas novas. Coloquei no braço e fui escada a baixo, no meio do caminho peguei umas bolachas no armário.

Mãe me olhou com a sombrancelha levantada. - Quem sabe não sinto fome né? - dei uma desculpa, mas ela me deixou levar mesmo assim.

Sai de casa  e já fui direto pro leito do rio, as divisórias ainda estavam lá mas havia um comunicado em uma das madeiras. Era sobre o rio ser reaberto em breve, confesso que fiquei ainda mais preocupado.

Com os turistas, pescadores e um monte de gente na água, não teria como eu e Sampa nos vermos com mais frequência. Afinal, eu prometi pra minha mãe que não sairia a noite.

E também confesso que tinha medo de alguém me seguir, descobrir meu segredo e expor perigosamente a vida do meu amigo. Nunca gostei de mentir, eu tinha amigos que contavam comigo sempre. Mas... aprece que os estou traindo de alguma forma.

Dando atenção apenas para o desconhecido, e deixando pra trás o conhecido. Filosófico não?

Depois que pulei a cerca e me aproximei da linha das árvores, escutei alguns barulhos nas árvores. Tinha meu canivete no bolso caso precisasse, mas resolvi me aproximar devagar.

Fui chagando mais perto, e pude ver alguém perto de uma mangueira bem alta. Depois de mais alguns segundos escutei uma voz.

- Aí!!

Pera aí... essa voz fininha e... FOFA!!!

Sai do esconderijo e vi uma miudinha esfregando a cabeça por conta de uma manga que acabara de cair em sua cabeça.

- Capixaba?! O q-que tu tá caçando aqui menina?!! - me aproximei dela e vi uma sacola cheia de mangas e outras frutas no chão.

- Tu tava... caçando fruta madura a essa hora da manhã?! - ela riu um pouquinho e ajeitou a coroa de flores. - Bem.. eu tava passeando perto do rio e vi essa mangueira maior que qualquer outra árvore daqui... então eu vi que a divisória tava mei caída e.. pulei ela.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 31, 2023 ⏰

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