003 ━ hello

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𝙍𝙚𝙗𝙚𝙘𝙘𝙖 𝙈𝙤𝙣𝙧𝙤𝙚━━━━━━━━━━━━ᵃᵗᵘᵃˡᵐᵉⁿᵗᵉ

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𝙍𝙚𝙗𝙚𝙘𝙘𝙖 𝙈𝙤𝙣𝙧𝙤𝙚
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Acordo com a luz do sol sobre meus olhos. A ardência me faz despertar e pular da cama ao olhar o despertador marcando sete horas. Corro para o banheiro, lembrando que minha aula começa às oito. Tomo um banho rápido e termino de fazer minhas higienes.

Vou até um dos armários e pego uma calça jeans, uma camiseta branca e um moletom preto. Olho-me no espelho de corpo inteiro preso no fundo do closet, ainda não acostumada a observar meu reflexo. Tento não olhar para o meu corpo, não me sentindo confortável com meu estado atual. Ficar sem comer direito por muito tempo não me fez bem.

Pego minha bolsa e verifico se tudo que preciso está lá. Coloco meu celular novo no bolso de trás da calça, calço meu tênis e desço correndo para me despedir das minhas tias.

— Bom dia, Les. – vou até a cozinha. – Bom dia, Han Han. – pego uma maçã do cesto de frutas.

– Bom dia, querida. – um largo sorriso iluminou o rosto da Hanna.

– Ansiosa pro primeiro dia de aula? – Lesli pergunta.

Ansiosa? Medo é mais apropriado.

Tentei preparar minha cabeça nesses três dias que passei em casa, mas aquele sentimento ainda está lá, corroendo tudo que vê pela frente.

– Estou bem. – menti. – Preciso ir.

– Nos avise se precisar de alguma coisa! – Hanna grita da cozinha.

– Boa aula!

É a última coisa que escuto antes de entrar no táxi e ir em direção a faculdade.

O caminho é silencioso e rápido. Passo o tempo inteiro ansiosa, tentando desacelerar o coração. Quando chego deixo o dinheiro da corrida e fixo meus pés no chão, encantada.

Esse lugar é enorme!

Sinto minhas mãos tremerem, ameaçando meu corpo a desmoronar. Tento ignorar a sensação enquanto ando até o auditório, empurrando para algum lugar, mas nada adianta.

A aula já começou quando passo pela porta do auditório. Há uma cadeira vazia no fundo da sala, longe de todos, é onde me sento.

Durante os sete anos que passei presa no manicômio tive muito tempo para pensar. Pensar na vida, no passado, no presente e no que faria futuramente. Se houvesse um futuro.

Antes de meu pai morrer, ele tinha uma empresa imobiliária. Que hoje é administrada pela minha tia.

Quando meu pai deixou no seu testamento que iria deixar a empresa para minha tia até que eu fizesse dezoito anos e fosse adepta a administrar seu negócio, e não para sua esposa, minha mãe surtou. Ela ficou puta da vida porque sua fonte de riqueza não iria para ela e nem para seu filho amado.

𝐕𝐄𝐍𝐎𝐌━ ᵈᵉᵛⁱˡ'ˢ ⁿⁱᵍʰᵗWhere stories live. Discover now