23° capítulo

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_ Treze anos

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_ Treze anos...

Aquilo mexeu com algo muito obscuro dentro de Rael, ele me encarou e vi seu maxilar trincar.

Não precisei de muito para me lembrar do tal Giovani, assim que cheguei na festa. Eu lembrava dele, ele era conhecido da minha mãe, ele pagava para ficar sozinho comigo. Tinham se passado dez anos, mas eu lembrava dele, não pensei que fosse vir atrás de mim.

Eu estava sufocada no meio daquelas mulheres, que me excluíram da conversa e só falavam de filhos e roupas, quando me retirei não vi que ele tinha me seguido só quando já estava na biblioteca.

_ Tira ela daqui_ Pediu e eu olhei o homem caído no chão com o joelho estourado. Não sentia pena.

_ Vamos_ Matheo disse e eu lhe encarei.

_ Não_ Falei e dei um passo a frente, passei os olhos na arma do meu marido_ Deixa eu matar ele?_Rael me olhou surpreso.

Eu não sabia atirar, não sabia usar uma arma. Mas estava me sentindo muito acima desse homem no chão, pela primeira vez, eu era mais forte do que ele.

_ Por favor_ Segurei a arma_ Deixa?_Puxei-a de sua mão e ergui observando por alguns segundos.

Abri um sorriso e mirei a arma nele, o homem me encarou em súplica.

_ Você tem que segurar assim_Senti quando Rael se posicionou atrás de mim tocando a minha cintura, e erguei o meu braço_ Segura com as duas mãos_ Fiz o que ele pediu_ Agora você mira...isso, e aí aperta o gatilho, a arma tem silenciador_ Balancei a cabeça levemente concordando, sorri sentindo o beijo na curva do meu pescoço.

_ Por favor...menina_ Não deixei que ele terminasse de falar e atirei no peito vendo a vida deixar o corpo podre.

Dei um sorriso satisfeita e abaixei a mão.

_ Caralho..._Fechei os olhos ouvindo Rael dizer baixinho contra meu ouvido.

Me virei pra ele e sorri, meu marido mordeu o lábio e tomou os meus num beijo gostoso, enfiei minhas mãos por dentro dos cabelos macios.

_ Vocês são muito loucos_ Ri contra seus lábios escutando Matheo dizer e logo depois passos apressados, ele deve ter ido embora.

_ Você fica muito sexy matando as pessoas_ Ele disse e eu puxei seus cabelos.

_ Você fica gostoso quando atira_ Falei ouvindo sua risada.
(...)

Sentei já cama e me inclinei tirando meus saltos. Rael era realmente muito poderoso, muito mesmo, saímos da biblioteca depois que eu matei o Giovani, e ninguém, absolutamente ninguém foi capaz de dizer um A sequer. 

Eu ainda não esqueci da nossa última briga, e ele se engana achando que não vou me vingar, o Rael acha que sou muito bobinha, que não sou esperta, essa é minha arma contra ele, ele não espera muito de mim. E eu sei exatamente o que esperar dele.

Mas não posso dizer que a não achei muito sexy ele me defendendo, me senti importante e poderosa.

Eu gostaria muito de ter uma virada nessa relação, que pelo o menos tivéssemos uma relação de amizade, de parceria. Tem alguma coisa que ainda bloqueia o meu marido, no fundo eu sei que ele tem é medo de mim. Medo de se apaixonar, não sei como sua vida antes de mim, mas talvez ele não queira ficar comigo com medo de outras pessoas perceberem que sou importante.

_ Tá tudo bem com você?_Ergui a cabeça e balancei devagar_ Parece que estou mais abalado do que você, com a situação_Deitei na cama e virei a cabeça_ Nunca me abalei por matar uma pessoa_ Rael caminhou até mim e tocou meus joelhos_ O que você já passou para reagir tão bem a esse tipo de coisa?

Ponderei por algum tempo. Essa foi a primeira vez que eu atirei em uma pessoa, a primeira vez que matei também, mas não era a primeira vez que eu via uma pessoa morta, nem que vi ser morta. A gente fica um pouco fria quando vive no meio de uma sujeira sem fim.

_ Nunca tinha atirado em ninguém_ Soltei a me sentar e espalmei as mãos em seus ombros_ Mas eu entrei pra vida muito nova, então não era a primeira vez que via um cadáver_ Fui sincera.

Sua testa se franziu e vi um pouco de tristeza neles, não sei exatamente do que.

_Gostaria de ter te conhecido antes..._ Ele me analisou e eu apertei seus ombros_ Acho que teria te protegido...você não tem nenhuma informação sobre quem seria o seu pai?

Balancei a cabeça negando.

_ Nem a minha mãe sabia_ Dei de ombros.

_ Me desculpa?_ Rael encostou a testa na minha e me olhou de pertinho_ Pelas coisas que eu já te falei?

_ Eu também já falei bastante coisa pra você.

_ É diferente_Afirmou_ Fui desrespeitoso, não queria me aproximar de você.

Desci minha mão pela camisa azul marinho, o tecido de algodão era muito macio.

_ Por que?_ Indaguei baixinho.

_ Porque no meu mundo não podemos demostrar carinho...pra ninguém_ Concordei.

_ Mas você pode me dar carinho quando a gente estiver sozinhos_ Falei erguendo o olhar_ Podemos ter uma vida de casal, e quando formos a público, seremos indiferentes.

Ele deu um sorriso de lado e mordi a bochecha esperando por uma resposta.

_Esta cansada?_Ele ficou de pé e eu me inclinei apoiando os braços na cama.

_ Um pouco_ Falei.

_ Então dorme_Ele me deu as costas e foi para o banheiro.

_ Por que a gente não pode ter uma noite juntos?_Indaguei subindo na cama_ Você tem problema pra..._Ergui o dedo_ Você sabe...

Meu marido parou na porta do banheiro abrindo os botões da camisa. Rael tinha o cenho franzido e me encarava incrédulo.

_ Você realmente não tem noção né_ Sorriu pra mim_ O problema...esposa, é que você é muito novinha, não ia aguentar tudo que eu iria propor.

Um sorriso brotou em meu rosto e eu levantei da cama animada, corri para dentro do banheiro e lhe encarei em expectativa.

_ Você curte BDSM?_Rael me encarou pelo reflexo do espelho. Então ele riu e se virou pra mim.

_ Não é pra tanto_Disse e se aproximou, me encostei no batente da porta e ergui o olhar piscando um par de vezes_ Não gosto da prática BDSM, não ela toda. Mas você é muito... pequenininha, muito delicada_ Mordi o lábio sentindo o cheiro de homem gostoso que ele tinha naturalmente_ Sou acostumado com mulheres da minha idade...

_ Te garanto que posso ser muito mais mulher que elas todas juntas_Levei a mão até sua calça e toquei o pau por cima do tecido.

Esperava que ele fosse fugir como sempre faz, mas apenas apoiou o braço na lateral do meu rosto, seus olhos desceram pelo meu corpo e quando voltou a me encarar, as pupilas estavam dilatadas. Eu sabia que tinha vencido!

                           ....😊....

Amo que eles vão de dez a mil em segundos!

Ela já disse que ele era gay, agora falou que era broxa! Como eu te amo Esmeralda.

Me dêem um feedback aqui, pra eu saber o que estão achando, é meu primeiro romance de Máfia!

Em Nome Da Máfia  Where stories live. Discover now