Capítulo 2

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Acordo sentindo minha cabeça doer, me sentia estranha...
Abro os olhos e sou atingida pelo raio de sol, estava deitada em uma cama e o lugar não me era nada familiar, era limpo porém pequeno e simples.

Me levanto sentindo meu corpo pesar algumas toneladas e por conta disso vou de encontro com o chão fazendo um barulho.

Tento me levantar e ir até a porta que estava fechada.
Quando chego até ela e vou abrir alguém a abre me fazendo cair pra frente.

Novamente mãos me seguram, ao olhar pra cima vejo aqueles olhos... Aqueles que parecem carregar uma imensa escuridão.

- Parece que a princesa acordou - ele sorri ainda me segurando, o empurro por impulso me afastando do mesmo, indo de encontro com uma penteadeira pegando a primeira coisa que minhas mãos tocam.

- Vai me atacar com um pincel? Sério? - ele da um sorriso de lado, olho pra minha mão realmente era um pincel desses simples com o cabo de sereia que quase todo mundo tem.

- Quem é você!? - digo séria.

- Eu? - ele anda em passos lentos se aproximando de mim, automaticamente dou dois passos pra trás.

- Não chega perto, você não sabe com quem tá se metendo! - eu quase grito, mas a verdade é que estava com medo, ele da uma risadinha e toca a ponta do meu cabelo, segurando o mesmo e sentindo o cheiro, fico parada sem reação.

- Você cheira ao mar, deve ser mesmo filha dele - ele sorri encarando os meus olhos.

Puxo meu cabelo da sua mão e o empurro.

- Eu disse pra não se aproximar! Você ainda não me disse quem é você e nem o porque de eu estar aqui.

- Você é esquentadinha em! - ele sorri e se senta na cama.

- Acredite tem muitas coisas que se podem fazer com um pincel - digo não acreditando nas minhas próprias palavras, quem ameaça alguém com um pincel de maquiagem? Eu só posso estar doida.

Ouço sua risada preencher o quarto.

- Você é hilária Maya - em um gesto com as mãos o pincel simplesmente saiu voando para o chão, fiquei tão em choque que pulei.

- Como fez isso!? Não me diga que é um daqueles bichos horrendos e nojentos, como sabe meu nome?? - digo assustada.

- Tem muitas coisas que posso fazer - ele se aproxima de novo, o encaro séria, já tava me irritando com todo esse suspense do caramba - Mas com certeza não sou como os monstros que você viu ontem - ele segura meu pulso me puxando pra porta.

- Vamos! - sinto sua mão quente segurando meu braço de uma forma nada delicada

- Me solta! - tento puxar e o empurrar porém o mesmo parece se irritar.

Sinto meu corpo ser prensado na parede, sua mão está segurando a minha em cima da minha cabeça e a outra segurando a outra.

Ele aproxima seu rosto do meu e vai de encontro ao meu ouvido, sussurrando.

- Não sou muito paciente então coopere Maya, não estou feliz de ser babá então vamos logo - ele me encara, dessa vez parece com raiva.

Fiquei quieta, meu coração batia tão rápido que acho que ele conseguia escutar.

- Boa menina - o encaro com meu melhor olhar mortal.

- Gostei, fica sexy com esse olhar - ele passa o dedo no meu queixo.

- Como sabe meu nome? - Pergunto.

- Longa história, você só precisa saber que vai comigo pra casa do meu pai.

A Filha da Água Where stories live. Discover now