Capítulo 29

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Ótimo...

Espero que os outros estejam bem, preciso acabar com isso logo pra poder ir até eles.

Me preparo pra lutar.

Me concentro e faço a água formar um formato de espada, logo depois a congelo toda.

Era gelado e desconfortável segurar aquilo, mas melhor do que lutar de mãos vazias.

Vou pra cima da cobra ela desvia algumas vezes, consigo lhe dar um corte de raspão, vejo de canto o homem tentar me atingir com um soco, me abaixo fazendo com que ele acerte ela, que é jogada alguns metros reclamando do mesmo.

- Não me atrapalhe! - ela diz furiosa.

O homem continua tentando me acertar, atinjo ele e puxo seu chapéu, estava curiosa pra saber o que tinha por baixo de tanta roupa.

O homem era careca e cheio de queimaduras, queimaduras feias por todo o rosto que se estendiam até seu pescoço coberto.

Me distraio um momento e a cobra consegue me arranhar com aquelas unhas do caramba.

Sinto meu braço arder.

- Porque querem me matar? - digo e o cara nega com a cabeça.

- Não queremos te matar, vamos te levar até alguém...

Olho confusa, puxo o pedaço de pano rasgado em meu braço deixando ele exposto.

O arranhão foi fundo e estava com uma cor meio roxa.

Veneno.

Que legal.

- Vai estar apagada em três minutos - a cobra ri.

- Então tenho três minutos pra fazer purê de vocês - digo indo pra cima dela.

Consigo lhe dar um chute que a deixa desestabilizada, aproveito e enfio a espada em seu peito - a mesma me olha com dor.

- Desgraçada... - puxo a espada e ele aperta a ferida, tentando ficar de pé.

Não gostava da sensação de machucar alguém, mas eram monstros e sabia que iam sumir como fumaça depois que morressem.

Monstros quando são derrotados vão pro inferno.

Sinto algo quente me atingir, minha blusa pegar fogo.

Tiro ela rapidamente, estava em chamas.

Olho pro homem e ele tinha fumaça saindo pela boca dele.

- Você é o que? Um dragão? - pergunto irônica.

- Quase isso - vejo fogo começar a sair pela sua boca e tento escapar, em compensação a parede atrás de mim se torna agora um grande buraco.

Ele fez mais algumas vezes, consigo me desviar por pouco de seus ataques, agora a parede atrás de mim estava em chamas, as chamas subiam até o teto, saio pelo buraco indo pro lado de fora que era um corredor, ele começa a lançar suas chamas.

Começo a correr, não conseguia me concentrar assim...

Sentia seu fogo quase queimar minha pele, os pelos do meu braço já estavam chamuscados e acho que meu cabelo algumas partes também.
Conseguia até sentir cheiro de galinha queimada.

- Meu cabelo não! - me viro irritada fazendo uma grande barreira de água ao qual seu fogo bate fazendo uma fumaça de vapor inundar o lugar, mau conseguia enxergar.

Seus ataques continuavam vindo pra cima de mim, ele era forte.

Meu corpo estava começando a ficar lento, droga de veneno.

A Filha da Água Where stories live. Discover now