Nenhuma arte pode ser substituída, nenhum artista pode ser substituído. Ninguém pode parar um artista de fazer arte, apenas ele mesmo.
Todos os dias na mansão Black, desde de 1962, todos os presentes na casa podiam escutar um piano e um violino. Era...
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ADHARA SE SENTIA A PIOR IRMÃ DO MUNDO AO PEGAR RÉGULOS NO COLO. Ela chorava compulsivamente e não fazia ideia da onde tinha tirado força pra levantar e sair da gruta.
O som das água batendo nas pedras lhe dava pavor e o seu medo era nítido. Ela apertou mais ainda Régulos e sentiu seu cheiro, Monstro segurou seu braço e a apartou dali.
Ela caiu no meio do jardim e só conseguiu cair de joelhos abraçando seu irmão, as batidas dele ficavam cada vez mais fracas, suas lágrimas escorriam ainda mais rápidas e pesadas.
Não podia perder ele, não podia perder sua única razão de viver.
— ADHARA! — Snape grita e corre até ela, se jogando no chão e tocando o rosto dele. — Inferis, veneno de Alga e ácido de dragão. — Ela solta um soluço e Severus suspira. — Adh, se quiser alguma chance dele continuar vivo, preciso da sua ajuda.
A garota apenas sente seu queixo bater e Severus a ajuda a levantar, levitando o corpo de Régulos com magia e apoiando o de Adhara no seu. O garoto podia não sobreviver, mas ele precisava ser o suporte pra ela.
A maior utilidade daquele dia foi eles terem projetado a própria casa, eles tinham feito uma enfermeira e era lá que Severus cuidaria dele. Na verdade, a casa era um quartel, disfarçada de casa.
Ela tinha quatro quartos, todos suítes. Uma enorme sala de visitas, uma sala de chá, uma cozinha gigante, uma sala de jantar maior ainda, uma enfermeira, uma biblioteca, dois escritórios, um calabouço, uma sala de poções, uma de treino, uma sala de armas e uma quadros. Adhara e Severus tinham projetado, de forma que tinha diversas coisas chaves ali, para eles fugirem se fosse necessário. Seus pais tinham pago, o que ela agradeceu.
— Preciso de flor de lótus, casca de salgueiro e veneno de cascavel. — Severus fala assim que entram no cômodo, ele coloca Régulos na cama, começando a analisar os ferimentos dele. Chorando desesperadamente Adhara o obedece, pegando os itens e entregando pra ele. — Uma adaga pura.
— P-por quê? — Adhara pergunta desesperada e Severus olha pra ela, não se parecia com a Adhara de sempre. Essa parecia estar demorando aos poucos, mas ainda estava firme, como se tivesse tentando dar forças para o irmão desacordado.
— Preciso extrair o máximo de veneno possível. — Adhara assente e pega uma na gaveta, ele segura o cabo e suspira. — Aguenta ver? É o Reggie, não qualquer um.
— Eu preciso estar aqui. — Ela fala e Severus assente, tirando a camisa do Black com um feitiço e fazendo uma careta ao ver os ferimentos. Ele começa a socar as ervas com o veneno em um pilão, jogando na boca de Régulos. O garoto usa um feitiço para o cunhado engolir.
Com uma lâmina ele começa a pressionar nas feridas, tirando um pouco de veneno da ferida. Ele engole seco ao ver a pele de dentro da ferida, estava ficando podre, Régulos estava mais perto da morte do que ele achava.
