Luz da Lua. (Taekook)

;hurts like hell;

"Seu coração se encaixa como uma chave
Na fechadura de uma parede
Eu viro-a, eu viro-a
Mas eu não posso escapar
Eu viro-a, eu viro-a
Eu amei e te amei e te perdi
Eu amei e te amei e te perdi
Eu amei e te amei e te perdi
E isso dói como o inferno."

— NÃO VOU DEIXAR VOCÊS ESCAPAREM DESSA VEZ!

Jieun havia soltado um grito tão doloroso e tão alto que o garoto tinha certeza que o Campus todo tinha ouvido sua angústia. Ela tremia, da cabeça aos pés, tentando usar as mãos para estancar o sangue de Namjoon enquanto as lágrimas inundavam seu pequeno rosto. Jungkook decidiu que deveria dar um basta nisso. 

Da última vez assistiu os sequestradores levarem Jaeik, incapacitado de fazer qualquer coisa. Ele tinha de fazer diferente, lutar. Tinha de tentar. O relógio indicava que faltavam apenas três minutos para as cinco. Se quisesse fazer a diferença, teria de correr. 

Correu para dentro da floresta, sua cabeça latejava e seus machucados ardiam como fogo. Mas não havia tempo para sentir dor. No escuro das árvores, três dos homens já estavam fora de vista. Apenas dois deles continuavam correndo entre os galhos. 

Pulou para um galho mais alto e começou a persegui-los das alturas. Iria descobrir como tinham entrado no Internato e se tivesse sorte poderia acabar com eles ali mesmo. Nada mais importava. 

Um dos homens ali era quem Jungkook tinha mordido na mão. Seu braço estava ensanguentado, porém não demonstrava estar nem minimamente afetado por aquilo. O Jeon achou que aquela perseguição não encontraria seu fim, até que pode ver um clarão da direção que iam. Era o fim da floresta. O fim da — suposta — proteção do internato. 

Os feitiços de proteção eram visíveis e palpáveis. Podia ver um tipo de redoma engolfando toda a floresta do ângulo que estava. O primeiro homem retirou algo do bolso, parecia um canivete e abriu uma fenda na proteção. 

Jungkook tampou os próprios lábios para que não fizesse nenhum som. O primeiro homem fez uma continência e passou. Antes que o segundo — Quem Jungkook tinha mordido — pudesse passar, o vampiro pulou novamente em cima do homem. 

Dessa vez, ele grunhiu frustrado. Jungkook sabia que não podia derrotá-lo sozinho e muito menos matá-lo. Não sabia muito bem exatamente o que queria ali. Poderia estar ajudando a garota que acabou de perder o amor de sua vida a salvar a vida de seu amigo. Ele só... Queria vingança. 

Queria ver o sangue escorrer daquele homem. 

Ao invés de manter-se em cima do homem, o Jeon puxou sua máscara para trás e pulou de seus ombros. Era um completo desconhecido, alguém que nunca tinha histórico na vida. Com feições inexpressivas, quase que vazio. E seus olhos... 

Marrons. Era um humano. 

Movido pelo ódio, abriu suas presas e avançou no homem novamente. O sequestrador se debateu, o pegou pelo braço e torceu. Quebrou seu braço sem esforço algum. Jungkook gritou pela dor lancinante, mas não desistiu. Chutou, socou, tudo que podia. O homem, sem demonstrar nenhuma emoção, o agarrou pelos cabelos e jogou-o longe contra uma árvore distante. 

Antes que pudesse se levantar, zonzo pela dor, o homem já havia fugido. 

A primeira coisa que Taehyung fez quando voltou para o Chalé foi tomar todo o vidro da poção que a enfermaria tinha lhe receitado para ataques de pânico e paralisia do sono. Tecnicamente, só deveria beber um gole por noite, apenas antes de dormir.