Capítulo 63

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Amaya Espinosa

Minha irmã tenta abrir a grade, mas eu a puxo para trás pois vi alguns homens.

- Vai na frente, eu já vou, preciso resolver algo - Eu digo a Rose e ela me olha - Vai, eu já te alcanço - Eu digo e a mesma vai embora.

Eu olho para frente e vejo Daniel, ele estava afastado, não tinha ninguém por perto, era a chance perfeita, eu sorrio e recarrego minha arma e posiciono meu canivete em mãos, eu vou até o mesmo, ninguem me impedira agora, e assim que ele me nota ele sorri.

- O que está fazendo aqui filinha? - Ele pergunta cínico.

- Vim fazer algo que já deveria ter feito a muito tempo, vingança.

- Ah, que fofa, acha que consegue me matar?

- Não me subestime! - Eu digo e avanço um passo, o mesmo vai para trás - Não tá com medo de uma garotinha né? - Eu pergunto debochando.

- Claro que não, eu sou bem mais forte que você, posso te matar sem nenhuma arma.

- Ae? Então tente! Quero ver conseguir, vem, vamos, mostre do que é capaz - Eu digo e o mesmo corre em minha direção, mas antes eu atiro em sua perna, o mesmo cai de dor com a mão na perna, eu sorrio - Minha vez.

Eu vou até o mesmo, ele tenta me derrubar mas eu desvio, eu dou outro tiro em sua barriga, eu subo em cima do mesmo pegando meu canivete, e eu enfio diversas vezes em sua barriga, ele já estava morto, eu o esfaqueava sem parar, eu sentia meu rosto cheio de sangue, minha respiração estava pesada e ofegante, eu sentia a adrenalina percorrer meu corpo, eu havia acabado de matar meu pai, e não estava sentindo nada além da adrenalina percorrendo meu sangue.

- Amaya? - Eu escuto minha irmã me chamar, eu me levanto olhando para trás, ela estava com um olhar um pouco assustado.

- Rose... - Eu digo sentindo um alívio ao vê-la - Eu, me desculpa, eu só... - Eu não termino de falar pois a mesma me abraça, eu retribuo o abraço me sentindo aliviada em seus braços.

- Você...

- Matei o nosso pai? Sim, eu fiz errado?

- Não, Amaya você fez algo que eu não tinha coragem de fazer.

- Você tá com medo de mim né? Eu tô cheia de sangue.

- Não, o que tá pensando? Você fez o certo, ele merecia isso - Ela diz colocando a mão em meu rosto.

- Eu sou uma assassina Rose, eu matei o nosso pai.

- Você fez o que eu ou qualquer um que te ama faria, ele te machucou muito, eu até hoje me culpo pelo o que ele fez com você.

- Não foi sua culpa, você sabe.

- Eu sei, mas eu tinha que te proteger e não pude fazer isso.

- Você não pode me proteger de tudo - Eu digo e ela fica calada.

- Vamos embora - Ela diz.

- Espera - Eu vou até o corpo de Daniel no chão, eu engato minha arma e atiro em sua cabeça, eu passo por minha irmã - Vamos.

Nós caminhamos de volta para Alexandria, no meio da estrada nós pegamos um carro, Rose o faz funcionar e começa a dirigir.

- Você tá calada - Ela diz depois de um tempo.

- Só tô pensando - Eu respondo.

- Você fez o certo.

- Oque?

- Você fez o certo em mata-lo, não se culpe pelo o que ele fez com você.

- Eu não me culpo, sei que ele era um péssimo homem, ele nunca foi nosso pai.

Resistance and loveWhere stories live. Discover now