· o caminho para a alma ·

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O céu negrume, os clarões vindo de todas as direções possíveis e impossíveis, as pistas molhadas pela chuva que estava caindo. Carros e motos jorrando as águas imundas da rua nas pessoas que passam nos passeios, e as mesmas xingando os motoristas que fazem tal ato.

A brisa é leve porém fria o suficiente para arrepiar todos os pelos da pele, moradores de rua espalhados pelos cantos se protegendo com papelões e moletons sujos e velhos que encontram nos lixos.

A fumaça dos cigarros dominando o ar, alguns estão acessos nas bocas dos indivíduos sem rosto que vagam sem rumo, outros estavam apagados, sujos e jogados no chão sendo pisoteados.

Eu estou com um parte dos meus fios dourados amarrados por uma xuxa preta e fina, meu moletom é cinzento assim como as nuvens em um dia chuvoso. Minha calça de moletom preta aquece minhas pernas, igualmente as meias pretas dentro do meu sapato azul marinho, que fazem meus pés frios ficarem quentes como uma fogueira de São João.

Mais uma vez, saí de casa para andar pelas avenidas com meu skate, está desgastado, mas ainda possui os adesivos que minha madrasta comprou e colou nele, seu nome é Julina. Ele é vermelho, e mesmo que velho, ainda permace vivo e deslumbrante.

"Não importa quanto tempo passe, esse vermelho nunca deixará de ser vibrante e chamativo, assim como você Noah!", essas foram as palavras dela enquanto me dava o skate como presente de natal. Na época eu tinha 12 anos e minha madrasta estava namorando com meu pai.

Minha mãe biológica não queria engravidar, ela conheceu meu pai, Ricardo, em uma balada e não usou camisinha. No início ela até gostou da ideia, namorou com meu pai e alugaram um apartamento para morarem juntos, porém quando nasci, ela foi se desgastando e desistindo da ideia de criar um novo ser humano.

Ela esperou até que eu não precisace mais amamentar para ir embora, desde então foi só eu e meu pai. Eu não vou reclamar, ele foi um ótimo pai para mim, me criou e sempre dava o máximo de si para me sustentar. Quando estava com 11 anos, conheceu uma moça que trabalhava na lanchonete perto de casa.

Seus fios ondulados, macios e castanhos chamavam a atenção de qualquer um, seus olhos cor de mel se ressaltam pela forte melanina que sua pele possuí, sua altura era digna de uma modelo, "como essa mulher tão linda poderia existir em nosso mundo?", foi isso que ele pensou. Ela tem duas filhas, Alice e Sophia, mas isso não afetou em nada o encanto que meu pai tinha sobre ela.

Ao passar do tempo, comecei a sair com muitas pessoas diferentes, algumas eram boa companhias, outras não. Algumas me causaram certos traumas como coulrofobia, além da minha relação com meu pai ter naufragado como o Titanic.

𝐒𝐞𝐱𝐨, 𝐃𝐫𝐨𝐠𝐚𝐬, 𝐄𝐭𝐜 » 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗹𝗶𝘅Where stories live. Discover now