{ 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒍𝒖í𝒅𝒂 }
Noah (Hyunjin) é um homem de 19 anos com uma vida tediosa, o que pode acontecer se ele encontrar o diabo pelas ruas de São Paulo? Ou será um anjo?
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Lençóis quentes, quarto escuro, olhos ainda vermelhos e picantes como uma pimenta, ossos cansados mesmo após horas de descanso, barulho de uma chuva forte e violenta vindo do exterior.
Não tenho vontade de sair da cama, meu desejo atual é ficar desacordado por um longo tempo, mas minhas irmãs ficariam extremamente enraivadas, então não é um boa opção.
Resolvo levantar e sentar na cama, vejo meu celular em cima da mesinha que fica ao lado, ele está frio, congelando minhas mãos aquecidas pelos lençóis ferventes. Nesse momento, são 9 da manhã de uma sexta-feira, de acordo com o horário minhas irmãs já devem ter saído para o curso.
Vendo as notificações, avisto mensagens de Alice:
"Irmão, se tu acordar cedo e quiser tomar café da manhã, tem pão francês, manteiga e café que fiz agora de manhã. Se quiser almoçar e nós não tenhamos chegado ainda, cozinhe macarrão e frite a carne do sol que está no congelador. Beijos meus e da Sophia, nós te amamos!" 07:13 am
Desço da cama e abro as cortinas, a luz violenta esmurra meus olhos com tanta claridade. O dia está nublado, as nuvens carregadas pelas lágrimas daqueles que já partiram para outro universo, talvez estivessem chorando pela saudade de pessoas ou animais importantes? Ou talvez são apenas fantasmas solitários que têm nojo daquilo que chamamos de sociedade? Eu não sei, e não saberei até o dia em que me tornarei como elas.
Me olho no espelho e vejo meu rosto amassado e sonolento, meus olhos ainda doem pelo choro da noite passada. Minha camisa branca também está bem amassada, minha calça moletom cinza é a única que permace intacta junto com minhas meias pretas.
Saio do quarto sem arrumar a cama e vou até a cozinha, pego uma caneca azul claro e derramo o café quentinho que Alice preparou antes de sair com Sophia. Sento no sofá e ligo a tv, coloco na globo, ainda está passando o Jornal da Manhã.
Tempo passa e meu celular toca, era um número desconhecido, fiquei curioso e atendi.
- Alô? Quem é?
- Se lembra de mim esquisitão? - uma voz masculina e familiar atende a ligação.
- Espera, Isaac? É você? - fico surpreso, como ele conseguiu meu número? Eu dei e não estou conseguindo lembrar?
- E quem mais seria bocó?
- Como conseguiu meu número idiota? Por acaso é algum stalker agora?
