+18 || "A gente não encontra ninguém nessa vida por acaso, cada pessoa te faz tomar no cu de um modo diferente"
Após um terremoto destruir uma escola pública, o governo envia três adolescentes de classe operária para Las Encinas, uma das melhores e...
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Acordei e comecei a me arrumar para mais um semestre em Las Encinas. Assim que desci para tomar café meu pai já estava lá.
— Bom dia — falei me sentando e servindo um copo de suco.
— Bom dia, querida.
Terminei de comer e subi para escovar os dentes, peguei minha mochila, o celular e desci. Assim que cheguei até a porta já ouvi uma buzina. Sai e cheguei perto da limouzine o motorista abriu a porta e eu entrei.
— Bom dia, gatinho — sorri me acomodando.
— Bom dia — respondeu me dando um selinho — 'Tá pronta?
— Não — sorri fraco — Mas vai dar tudo certo, Polinho — lhe dei mais um selinho e em seguida o carro começou a andar.
Alguns minutos depois chegamos na escola, o Polo viu a Carla e foi falar com ela enquanto eu fui procurar a Lu.
Ela disse que tem algo para me contar.
Assim que estava virando o corredor a encontrei conversando com o Ander e o Guzmán.
— Oi — falei me aproximando.
— Luninha — a Lu me abraçou sorrindo.
Retribui o abraço e cumprimentei os meninos.
— Como foram as férias? — perguntei.
— Sabe como é — a Lu respondeu — Na casa dos avós do Guzmán não pega muito sinal.
Com a morte da Marina a Lucrécia e o Guzman acabaram de aproximando, até demais.
— Astúrias né? — sorri e me virei para Lu — O que você ia me contar?
— Bom... eu vou falar logo antes que você se assuste nos corredores — riu — O Valério 'tá aqui.
— O que?
Antes que a Lu pudesse falar algo vimos o Samuel descendo as escadas e ficou um baita silêncio enquanto o Guzmán olhava para ele. Ele começou a andar em direção a sala, inclusive a gente estava na frente da porta.
— O que 'tá fazendo aqui? — o Guzmán perguntou.
— Eu tenho o mesmo direito que você de 'tá aqui.
No mesmo instante o Guzmán jogou a mochila no chão e deu um soco no Samuel. Foi tão forte que ele caiu dentro da sala e o Guzmán continuou socando ele enquanto o Ander e o Polo tentavam separar. Puxei a Lu um pouco para longe e alguns momentos depois a diretora chegou.
— Parem agora!
Depois de separarem os dois e conseguirem se "acalmar" a diretora começou a falar enquanto todos estavam sentados nas cadeiras:
— A ferida que a morte da Marina deixou em todos nós vai demorar muito 'pra cicatrizar. Eu preciso da ajuda de todos 'pra isso. De todos! — ela parou um pouco e olhou para o Guzmán — Guzmán, eu não posso nem imaginar oque você está passando.
