Mistérios

15 2 6
                                    

Minha mente vagou por horas pelas sombras do desconhecido. Não era um sonho, parecia mais real do que isso, uma espécie de aviso e aquela voz… a voz na escuridão chamava pelo meu nome, dizia algo sobre um perigo que se aproximava do além e novamente dizia que o tempo estava se esgotando.
Eu despertei, ao que parecia muito tempo depois do susto. Eu estava de volta a mansão, no meu quarto, na minha cama.

Mas, como eu cheguei ali, não sabia dizer.

Com dificuldade e as pernas tremendo me levantei e fui em direção ao corredor. Assim que abri a porta vi o Beliath e o Raphael parados na entrada.

Raphael: - Boa noite senhorita! Estou feliz que esteja de pé.

Eloise: - Vocês estavam de guarda na porta?

Beliath: - Nós ouvimos você levantar e viemos ver se estava tudo bem. Agora doçura, nos diga, o que aconteceu?

Eloise: - Eu lembro que estava na loja, mas, como cheguei aqui!?

Beliath: - Raphael ouviu sua amiga te trazer para cá com a ajuda de um homem pelo que se pôde notar. Como ainda era dia e não podíamos nos expor, ficamos nos quartos.

Raphael: - Assim que anoiteceu viemos ver o que tinha acontecido. Aaron e Ethan se encarregaram de fazer seus amigos se esquecerem da nossa presença na mansão, então, não se preocupe. Eles não se lembrarão de nada além de tê-la deixado em segurança em casa.

Eloise: - Obrigado rapazes!

Raphael: - De nada. Agora a senhorita teria a amabilidade de dizer o que aconteceu?!

Minha mente voltou aquele momento na loja

Eloise: - Raphael eu o vi. Sei que parece loucura, mas, ele estava lá, diante de mim, como se nunca tivesse partido. O Vladimir está vivo… VIVO!!!

* Beliath olhou para o Raphael *

Beliath: - Ei, vá com calma doçura! Acho que você bateu com a cabeça e está tendo alucinações. Vladimir está morto e infelizmente não vai voltar.

Eloise: - Eu sei o que vi Beliath. Ele estava na loja, ele é o Conde de quem todos falam, acredite em mim Beliath, por favor!

Beliath: - Eloise, eu sou o primeiro a acreditar em você e por mais que me doa negar o pedido de uma dama com tão belos seios… ér, ééé... quero dizer lábios, eu não posso acreditar que o nosso aristocrata esteja vivo e ainda mais que ande por ai a luz do dia.

Parando para pensar, as palavras do Beliath faziam mais sentido do que nunca. Mas, seria mesmo o fruto da minha imaginação, ou eu realmente tinha visto algo?

Raphael: - Beliath pare! Em todo caso, creio que a senhorita viu alguma coisa que a deixou em choque e não devemos ignorar isso. Vamos ficar atentos a tudo e se houver algo que possamos fazer para ajudá-la esteja certa que o faremos.

Eloise: - Obrigado pelo apoio Raphael! Eu voltarei a cidade pela manhã e tentarei me certificar do que vi.

Beliath e Raphael me deixaram sozinha no quarto para descansar. Minha cabeça girava sem rumo, eu estava confusa e preocupada. Talvez, depois de tanto ouvir a Melanie dizer que eu precisava ter alguém em minha vida, eu tenha projetado no Conde meu desejo de que o Vladimir estivesse ao meu lado. Era difícil dizer adeus as lembranças dele que ainda estavam vivas dentro de mim.

Na manhã seguinte eu estava mais determinada do que nunca a rever o Conde. Eu cheguei a loja e lá estava Melanie me esperando. Eu não diria a minha amiga a razão do meu estado no dia anterior e precisava de uma desculpa rápida, então, disse a ela que tinha sido uma pequena tontura e nada mais.

My LordOnde histórias criam vida. Descubra agora