013

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—Tej, o que conseguimos? — ouvi Hobbs perguntar enquanto chegava perto deles.

Respirei fundo ao perceber Riley junto deles e tentei manter a calma para não soltar piadinhas.

— A gente conseguiu rastrear o Shaw assim que ele deixou vocês, mas ele é esperto e conseguiu nos despistar. Parece que o cara conhece todos os pontos cegos da cidade. — se levantou e se aproximou do mapa exposto na tela de um dos muitos aparelhos eletrônicos expostos no local. — Perdemos ele por aqui, quer dizer que ele pode estar em qualquer lugar num raio de um quilômetro.

Rapidamente moveu os dedos sobre a tela e deu zoom na área citada.

—De repente, se a gente cruzar com ligações eletrônicas, cartões- — comecei, mas fui interrompida.

— Não. Tá' na cara que o Shaw tá por ali! — Riley apontou para o local no mapa — Tem lugares privilegiados; diversas saídas; metrô; rodovias e bueiros.

— É mesmo, é? — cruzei os braços e movi o corpo em sua direção. — Muito esperta você, Riley!

Tej me olhou apreensivo enquanto eu encarava a agente, que me olhava de volta.

— Chega, Summer! — Hobbs interviu enquanto colocava uma de suas mãos em meu ombro, me puxando para perto dele.

— Durona e inteligente. Se continuar assim, vai acabar tomando meu lugar. Tá legal, vamos lá pegar esse desgraçado! E Summer, vai tomar um chá pra acalmar esses seus nervos.

— Pode deixar, muralha! — bati continência enquanto o encarava irônica, o vendo sair junto com Riley. — Não gosto dela!

— Gatinha, não faz isso com a menina! Você é muito desconfiada. — Tej me abraçou e eu acomodei minha cabeça na curvatura de seu pescoço.

— E aquele chá que o Hobbs comentou? — perguntei sorrindo enquanto passava a mão sobre a correntinha que Tej tinha no pescoço.

O moreno me olhou sorrindo ladino e eu retribui, o puxando para onde dormíamos.

-

— Aí, é o Hobbs! — comentei ao ouvir o celular de Tej vibrar e o contato salvo como "Thor da Samoa" aparecer na tela.

Passei o celular para o meu namorado e me sentei na cadeira ao seu lado.

O que descobriu, Parker? Me dá uma boa notícia!

— A tinta que você recolheu no esconderijo do Shaw é bem específica: antitérmica e e com proteção contra infravermelhos.

— Militar. — Dom concluiu.

— Exatamente. Consegui uma lista de bases na Europa que usam esse tipo de tinta. Nessas cores específicas.

Tá', então cruza esses dados com a lista de alvos militares que o Shaw tem. Tenho certeza que um deles vai bater!

— Bingo! É a base da OTAN, na Espanha.

— Quer dizer que o Shaw foi pra outro país! — afirmei enquanto brincava de girar com a cadeira giratória. — Ele tá' oito horas a nossa frente!

Continuei dizendo enquanto girava, até que Dom veio ao meu encontro e segurou a cadeira.

Então vamos partir! Tej, me mande as informações. Eu e a Riley vamos na frente pra'  fechar a base e proteger o componente pessoalmente. — fez uma pausa — Toretto, eu vou arranjar transporte pra você e para os seus carros; e é bom desenferrujar o espanhol de vocês! A gente se vê na Espanha.

Hobbs encerrou a ligação e nós nos levantamos para arrumar os equipamentos para a viagem.

— Isso aqui tá pesado, hein! — resmunguei ao pegar uma bolsa que estava em cima da mesa.

— Me dá aqui, Sum. — Roman passou por mim e pegou a bolsa de minhas mãos. — Aquela ali tá mais leve.

Apontou para uma única bolsa que estava na mesa oposta. A peguei e saímos juntos, Tej vinha logo atrás.

A porta do elevador se abriu e assim que percebi, larguei a bolsa no chão e corri para abraçar Brian.

— Graças a Deus, graças a Deus você está bem! — respirei aliviada enquanto o apertava no abraço.

— Olha só, não é que esse safado conseguiu! — Roman ditou e se juntou ao abraço, que logo se tornou em grupo.

— Sentimos sua falta! — Han exclamou e nós desfizemos o abraço coletivo.

— O que tá rolando aqui?

— Descobrimos que vão atacar uma base militar na Espanha. A polícia informou que a equipe do Shaw cruzou a fronteira ontem a noite.

— O Hobbs e a Riley foram na frente para fechar a base. A gente vai se encontrar lá!

— Cadê o Dom?

— Ele não ia sair sem você! — Gisele disse e apontou para a direção que Dom estava.

— A gente pode parar pra tomar um milk-shake de morango no caminho? — questionei baixinho para Tej enquanto adentrávamos o elevador.

— Tudo que você quiser! — me beijou e eu sorri.

-

— Acabei de saber que pegaram um dos homens do Shaw lá na base. Tá na hora! — Tej disse enquanto passávamos pelo grupo.

— Tem alguma coisa errada! Ele queria que a gente achasse esse cara. Pensa bem, na Interpol você ficou frente a frente com ele. — Brian começou a dizer enquanto se desencostava do carro. Logo, todo grupo de juntou.

— Brian, o que quer dizer? — perguntei.

— O Braga disse que a gente só ia conseguir se aproximar do Shaw se ele quisesse isso. — continuou.

— Tej, cadê o tal componente? — Dom perguntou.

— Tão' levando ele para um local seguro.

Todos se entreolharam e Dom chegou a conclusão de que não iriam atacar a base, mas sim o comboio militar.

-

— Meu coração tá acelerado demais, tô com medo de morrer! — confessei ao estarmos juntos na ponte sobre a rodovia.

— Vira essa boca pra lá, mulher! Ninguém vai morrer não! — Tej me acalmou enquanto observava ao longe com o par de binóculos.

— Sei não, hein!

— Galera, se apressa. Acabaram de tomar o comboio. — Tej pegou o rádio e avisou o restante do grupo, enquanto se dirigia ao outro lado da pequena ponte. — Aí, Dom! A Letty tá com eles.

— Vamos seguir com o plano! — Dom avisou pelo rádio e eu troquei olhares apreensivos com Han e Gisele.

— Vocês ouviram! Rapidez e eficiência, o comboio tá indo praí'! — peguei o meu rádio e avisei o restante do grupo ao ver Gisele e Han saírem com as motos.

— O que? — Tej exclamou assustado e eu o olhei confusa, logo virando o corpo para olhar na direção em que ele estava olhando anteriormente.

— A gente vai precisar de um plano B! — murmurei pelo rádio apreensiva ao notar o ocorrido.

— Os caras tem um tanque!

MINA RALÉ - TEJ PARKER Where stories live. Discover now