022

1.2K 166 27
                                    


—Droga! Ela apagou tudo. Levou o olho de Deus! — Ninguenzinho exclamou após vasculhar o laptop. — Era a única coisa que podíamos usar para encontrá-los. Perdemos tudo.

Estava bem a vontade sentada em uma das cadeiras e com as pernas em cima da mesa da sala, brincava com a barra da blusa que usava. Estava entediada.

— Tá fazendo o que, princesa? — ouvi a voz de Hobbs e levantei a cabeça vendo que ele estava, novamente, falando com o Shaw.

— Procurando o Toretto. Mas eu tenho alguns minutos sobrando, se quiser que eu te mande pro hospital. De novo.

Hobbs riu sarcástico enquanto matinha as mãos suas próprias cinturas. Me peguei pensando em quantas vezes ele treivana braço por semana. Três? Eu treinava uma vez só e já não conseguia esticar as articulações.

Quanto será que ele pega no supino? Eu não consigo aguentar nem o peso da barra direito, meu maior medo é aquilo cair no meu pescoço e eu morrer.

— E aí, Norma? — Hobbs perguntou ao garoto, me tirando dos pensamentos sem sentido.

— Pra começar, esse não é o meu nome!

— É o Ninguenzinho! — exclamei sorridente.

— Não me chama assim! — me chamou a atenção e eu arqueei uma sobrancelha para o lado dele.

— O apelido pegou legal! — Tej defendeu e eu sorri mais ainda dá cara de insatisfação do garoto.

— Olha, me faz um favor e avisa a sua majestade ali que vamos achar o Toretto e vamos achar juntos. Como uma equipe! E quando isso tudo acabar eu vou raspar esses pentelhos da cara dele! — se referiu ao Shaw.

— Só um minuto. Acho que o Deckard encontrou alguma coisa! Como acham que o Dom e a Cipher entraram no país sem a gente saber? — Ramsey perguntou e todos a encararam.

— Vôos fantasmas. — respondi, dando de ombros e os olhares se direcionaram a mim. — Que foi? Eu tinha vida antes disso aqui!

— Mas eu pensei que isso de aeronaves não rastreáveis fossem uma teoria da conspiração.

— Não é! — Ninguém exclamou e nós levamos a atenção a ele. — Satélites por todo o planeta se movimentam como o mar, eles tem canais que abrem e fecham...e teoricamente se você conhece as pessoas certas que conhecem os padrões certos...

— Dá pra voar direto pelos pontos cegos que são completamente encobertos. — finalizei.

— Sabe pra onde o Dom tá indo? — Letty perguntou, após ter ficado esse tempo todo em silêncio.

Deckard ficou um momento em silêncio, mas pressionou uma tecla do dispositivo que estava usando e se virou para a mulher.

— Sei. Nova York.

Deckard saiu da sala e Ninguém logo se levantou sorridente.

— Tá vendo só, Luke? Vocês dois vão se entender muito bem. O que prova a regra número dois: você nunca perde tudo. — Ninguém disse enquanto vestia o blazer. — Prepare o helicóptero. Amigos, divirtam-se na grande maçã!

Bufei e retirei as pernas de cima da mesa, me levantei e saí da sala junto com Tej. Estava cansada, sem paciência e com sono.

-

— Por que a gente tá viajando desse jeito, hein? — perguntei fazendo uma careta pelo odor no caminhão.

— Porque perdemos o olho de Deus, gatinha! Não podemos deixar rastros. — Tej me respondeu, enquanto passava a mão pelo meu cabelo.

MINA RALÉ - TEJ PARKER Where stories live. Discover now